Canal da FAPERJ traz reportagem sobre projeto que aproxima jovens da Ciência
Vídeo publicado nesta quinta-feira, 4 de dezembro, no Canal da FAPERJ no YouTube, apresenta uma iniciativa que, há 15 anos, vem transformando a vida de estudantes do Rio de Janeiro. Projeto de extensão desenvolvido pelo Programa de Pós-graduação em Biociências da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPG Biociências/Uerj) em escolas públicas aproxima os alunos dos espaços de ensino e de pesquisa da universidade. Mais de 500 estudantes já participaram do projeto. A iniciativa envolve professores da pós-graduação, estudantes de graduação e de pós-graduação, além de professores e alunos da rede pública de ensino do Rio de Janeiro. Assista ao vídeo em https://youtu.be/aNcl_RuQh18. Você também pode nos ajudar a atualizar o Canal, sugerindo pautas sobre o seu projeto ou sobre as atividades do seu laboratório, instituição ou empresa. Envie sua colaboração para: boletim@faperj.br
Presidente da FAPERJ prestigia o VII Encontro de Inovação e Empreendedorismo em Turismo: Esporte, Saúde e Bem-estar
Será realizado na próxima terça-feira, 9 de dezembro, das 9h às 17h, no auditório da Unigranrio Afya, na Barra da Tijuca, o "VII Encontro de Inovação e Empreendedorismo em Turismo: esporte, saúde e bem-estar". A presidente da FAPERJ, Caroline Alves, prestigiará o evento, que conta com apoio da Fundação nesta e em outras edições. O 4HT – Quádrupla Hélice em Turismo promove o diálogo entre academia, mercado, setor público e sociedade civil, incentivando reflexões e parcerias que fortalecem o turismo como vetor de inovação, sustentabilidade e inclusão. O tema central desta edição “Esporte, Saúde e Bem-estar” destaca o papel transformador do turismo na construção de experiências mais humanas, equilibradas e inovadoras. Um dos focos atuais são os megaeventos esportivos que movimentarão o Brasil nos próximos anos, como a Copa do Mundo de Futebol Feminino 2027. O evento busca uma forma de pensar e agir coletivamente, criando caminhos para um turismo mais preparado, inclusivo e responsável. O futebol feminino ganha destaque como símbolo de igualdade, potência econômica e oportunidade única para reposicionar o Brasil no cenário internacional.
Livro sobre censura de coleção bibliográfica de clássicos latinos encomendados pelo rei Luís XIV será lançado nesta sexta
A Livraria Alento (R. Senador Vergueiro, 80, loja A, Flamengo) será o palco do lançamento, na sexta-feira, 5 de dezembro, a partir das 18 horas, do livro “O glossário do silêncio: aurora da censura na edição impressa de textos clássicos”, de Fábio Frohwein de Salles Muniz, atual coordenador do Programa de Pós-Graduação em Letras Clássicas da UFRJ. Publicado pela editora da UFRJ com auxílio do edital de Apoio à Editoração, da FAPERJ, a obra consiste em um glossário de todos os expurgos da coleção Ad usum Delphini (Os Clássicos de Delfos), conjunto monumental de 62 volumes de 40 autores latinos, preparado entre os séculos XVII e XVIII para a educação de Luís, o Grande Delfim (1661–1711), filho de Luís XIV (1638-1715). Conta ainda com um ensaio introdutório sobre a constituição do sistema censório ligado à Igreja Católica, abordando casos de expurgo de obras clássicas até o séc. XVII, o contexto histórico e as características da coleção Ad usum Delphini, além da história dos exemplares da referida coleção que se encontram na Fundação Biblioteca Nacional - dos 62 volumes originais, 47 exemplares sobreviventes estão hoje na FBN, uma das poucas instituições do mundo com um acervo tão expressivo dessa coleção rara. A obra apresenta ainda esclarecimentos acerca da estrutura e organização do glossário que se encontra na segunda parte do livro, reunindo palavras, expressões, versos, poemas e excertos de prosa expurgados na coleção Ad usum Delphini. Mais informações aqui.
Uenf realiza Jornada Jovens Talentos nesta quinta, 4 de dezembro
A Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) está realizando nesta quinta-feira, 4 de dezembro, no auditório principal do Centro de Convenções, a 4ª etapa da Jornada Jovens Talentos, reunindo 55 trabalhos, 93 alunos e 30 orientadores. O evento marca um importante momento de integração científica, divulgação de pesquisas e valorização da trajetória acadêmica dos participantes. A programação incluirá uma homenagem ao professor Jorge Belizário, 24 anos à frente do Programa Jovens Talentos, uma parceria entre a FAPERJ e a Fundação Centro de Ciências do Estado do Rio de Janeiro (Cecierj). Após a apresentação dos trabalhos de diferentes áreas, destacando a produção científica dos estudantes, foram anunciadas as premiações dos melhores projetos. A quinta e última etapa do Programa, quando os três melhores trabalhos de cada fase são selecionados para a apresentação no Rio de Janeiro, estava prevista para o dia 9 de dezembro, no Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) Maracanã. Entretanto, foi adiada para março de 2026, em solidariedade à perda de duas funcionárias do Cefet. O coordenador do programa, Jorge Belizário, informou que as inscrições continuarão válidas e, ainda que o aluno inscrito tenha concluído o Ensino Médio em 2025, poderá participar normalmente da etapa carioca.
Prêmio da UFF reconhece Excelência Acadêmica
A Universidade Federal Fluminense (UFF), por meio da Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação (Proppi) divulgou o resultado do Prêmio de Excelência UFF 2025, que reconhece e valoriza estudantes que se destacam por seus trabalhos acadêmicos e de pesquisa. Entre os homenageados, a biomédica Emanuelle Barreto-Reis, orientada pelo professor D’Angelo Magliano, Jovem Cientista do Nosso Estado da FAPERJ, e pela professora Eliete Frantz, recebeu destaque na área de Ciências da Vida. Seu trabalho de mestrado, intitulado "Avaliação do metabolismo lipídico, do estresse do retículo endoplasmático e da mitobiogênese hepática em camundongos machos obesos associada ou não a exposição ao Bisfenol S", investigou os efeitos dessa substância encontrada em plásticos – o Bisfenol S – sobre a estrutura e as vias moleculares do fígado. A pesquisa revelou que a exposição ao composto provoca acúmulo de gordura hepática, desorganização estrutural do órgão e o estresse celular, contribuindo para o avanço do conhecimento sobre os impactos de contaminantes ambientais na saúde.O Boletim FAPERJ publicou matéria sobre o assunto, que pode ser lida aqui.
Policlínica Piquet Carneiro comemora 30 anos de incorporação à Uerj com evento e exposição fotográfica
A incorporação da Policlínica Universitária Piquet Carneiro (PPC) à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) completa 30 anos em 2025, ano em que a Universidade comemora 75 anos. Para celebrar a data, a PPC/Uerj promoverá um evento em seu auditório, na próxima segunda-feira, 8 de dezembro, a partir das 10h, quando reunirá autoridades universitárias, colaboradores, ex-diretores e convidados para um reencontro e homenagens. Na ocasião, será inaugurada exposição fotográfica sobre a unidade. A Policlínica foi implantada, em 1995, no prédio onde funcionava o Posto de Atendimento Médico (PAM) São Francisco Xavier, o maior e mais moderno da América Latina, vinculado ao Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps). A PPC/Uerj surgiu no contexto de fortalecimento de um novo modelo de saúde pública no País, o Sistema Único de Saúde (SUS), implantado apenas cinco anos antes. Em novembro de 1995, na gestão do reitor Hesio Cordeiro – ex-presidente do Inamps e um dos criadores do SUS –, a Uerj e o Ministério da Saúde firmaram convênio de cogestão. O caráter universitário seria reforçado em 1996 com a denominação "Policlínica Piquet Carneiro", em homenagem ao médico e professor emérito da Uerj. Ao longo do tempo, a PPC/Uerj, tradicional parceira da FAPERJ, cresceu e tornou-se referência em atendimento ambulatorial de média e alta complexidade em mais de 30 especialidades. Realiza também pesquisa científica, formação profissional e atividades extensionistas. Das consultas e cirurgias ambulatoriais à infusão de medicamentos, são cerca de 80 mil atendimentos por mês, incluindo: 28 mil exames laboratoriais, 15 mil consultas, 420 infusões de imunobiológicos e 270 cirurgias. Boa parte dessa trajetória compõe a exposição “Do PAM à Policlínica Universitária Piquet Carneiro – 30 anos de história e conquistas”. A mostra reúne 90 fotografias retratando diferentes fases da instituição: imagens históricas da construção do prédio do PAM, inaugurado em 1967; a transição para a Uerj; o cotidiano dos trabalhadores e dos ambulatórios; os desafios da pandemia; os projetos científicos. A exposição estará instalada no corredor do Centro de Estudos da Policlínica, que fica na Avenida Marechal Rondon, 381 – São Francisco Xavier. O horário de visitação será das 8h às 16h e a entrada é gratuita.
Uerj promove o 1º Encontro de Controle Automático
Pesquisadores, professores e alunos estarão reunidos nos dias 4, 5, 8 e 15 de dezembro no 1º Encontro de Controle Automático - Control in Rio 2025 - para discutir os avanços na teoria e nas aplicações de sistemas de controle automático. A programação inclui nove palestras distribuídas pelos quatro dias de evento, de pesquisadores renomados na área de controle automático, promovendo um ambiente amigável que incentiva o estabelecimento de novas redes e a discussão aberta sobre os temas mais recentes. Esta edição inaugural celebra os 20 anos do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Eletrônica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PEL/Uerj) e os 75 anos da Uerj. O encontro, organizado pelo professor Tiago Roux Oliveira, Cientista do Nosso Estado da FAPERJ, é gratuito e não há necessidade de inscrição prévia. Saiba mais aqui.
IV Simpósio Internacional do Ladtef/UFRJ discutirá o tratamento do paciente de Parkinson baseado em exercício físico
Acontece neste domingo, 7 de dezembro, o IV Simpósio Internacional do Laboratório de Desempenho, Treinamento e Exercício Físico (Ladtef), sediado na Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EEFD/UFRJ). O evento será realizado no Instituto de Neurologia Deolindo Couto, no Campus Praia Vermelha da UFRJ (Av. Venceslau Brás, 95 - Botafogo, Rio de Janeiro), no horário de 8h às 18h. Esta edição terá como tema “Doença de Parkinson Tratamento Multidisciplinar Baseado em Exercício Físico" e seu objetivo principal é expor e discutir o que a literatura científica apresenta de mais recente no tratamento multidisciplinar baseado em exercício físico visando o controle dos sintomas e a melhoria da qualidade de vida de pessoas com Doença de Parkinson. Conta com a participação de profissionais de diferentes áreas - Medicina, Educação Física, Fisioterapia, Nutrição, Fonoaudiologia, Psicologia e Ciências Biológicas -, vindos de todas as regiões do Brasil e também do exterior. O simpósio tem financiamento da FAPERJ, por meio do Edital Apoio à Organização de Eventos Científicos, Tecnológicos e de Inovação no Estado do Rio de Janeiro, edição de 2024. Durante o evento, será lançado o livro “Cuidado interpessoal para pessoas com Parkinson”, organizado por Clynton Lourenço Correa e Vera Lúcia Santos de Britto (Editora UFRJ, 2025, 184 páginas), financiado pelo Edital Apoio à Editoração, da FAPERJ. Na obra, os autores fazem uma abordagem da prática clínica, a partir da experiência no ambulatório do Grupo de Estudos da Doença de Parkinson (Gedopa), do Instituto de Neurologia Deolindo Couto, e apresentam exemplos de tarefas (atividades dinâmicas) que contribuem nas diversas áreas da saúde no atendimento interprofissional à pessoa com Parkinson. O Laboratório de Desempenho, Treinamento e Exercício Físico foi criado em 2013 com o propósito de integrar ensino, pesquisa e extensão na área das ciências do exercício e apresenta uma vasta produção de artigos relevantes e o desenvolvimento de pesquisas nas áreas de treinamento de força, potência, desempenho esportivo e reabilitação de populações clínicas. O laboratório tem a coordenação do professor e pesquisador Humberto Lameira Miranda, que é Cientista do Nosso Estado, da FAPERJ. O evento é gratuito e as inscrições podem ser feitas no site do evento.
Uerj celebra 75 anos com iluminação do Cristo Redentor, apresentação de balé e show
A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) comemora nesta quinta-feira, 4 de dezembro, seus 75 anos de fundação. Entre os destaques da programação estão a iluminação do Cristo Redentor com as cores da Uerj, a apresentação especial do Ballet de Deborah Colker no Teatro Odylo Costa, filho, e um show de Fernanda Abreu, marcando a festa institucional com arte, memória e identidade. A iluminação do Cristo Redentor simboliza a projeção da Uerj no cenário carioca e nacional, reafirmando o impacto social, cultural e acadêmico da universidade. Já a coreógrafa Deborah Colker reforça a tradição da Uerj com a cultura e a inovação artística com o espetáculo. E por sua vez, Fernanda Abreu traz seu repertório icônico, conectando a história da instituição com a cultura popular e a música brasileira. Fundada em 1950, a Uerj consolidou-se como uma das instituições públicas mais relevantes do país, reconhecida pela excelência acadêmica, pela política pioneira de ações afirmativas e pela forte inserção social. Hoje, a Universidade reúne mais de 38 mil estudantes, 3 mil docentes e 6 mil técnicos (distribuídos em 35 unidades acadêmicas), 80 cursos de graduação, 73 programas de pós-graduação, além de 1.750 projetos de extensão que fortalecem a presença da Uerj em todas as regiões do estado.
Pesquisadores da UFRJ são referência nacional em análises forenses
Identificação de novas drogas, substâncias psicoativas, petróleo proveniente de crimes ambientais, além de evidências criminais são algumas das atribuições do Núcleo de Análises Forenses da Universidade Federal do Rio de Janeiro (NAF/UFRJ). É comum que, no imaginário popular, a ciência forense seja associada a cenas criminais e peritos, em que um crime supercomplexo é solucionado a partir do exame de um único fio de cabelo. No entanto, as análises forenses são muito mais que isso. Estão associadas a métodos que visam comprovar, detalhadamente, as evidências criminais pertinentes aos fatos ocorridos ou traçar estratégias de combate à criminalidade, em diversas áreas. Vinculado ao Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (Ladetec), do Instituto de Química da UFRJ, o NAF vem desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento de métodos de análise. Seu foco principal são as análises, investigações e pesquisas em matrizes forenses, utilizando técnicas analíticas de alto desempenho. O Núcleo realiza a identificação, caracterização química e a interpretação dos dados obtidos por meio de técnicas de análise de alta precisão realizadas em equipamentos de ponta. Referência na formação e capacitação de novos pesquisadores, é coordenado por Gabriela Vanini, doutora em Química pela UFRJ e professora do Departamento de Química Analítica da Universidade, além de contar com pesquisadores de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado de diversas áreas, como Química, Engenharia, Biomedicina e Farmácia. Oferece suporte técnico e científico a instituições como a Secretaria Estadual de Polícia Civil do Rio de Janeiro (Sepol), o Instituto Médico Legal (IML), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O Núcleo conta com apoio da FAPERJ por meio do Programa Redes de Pesquisa em Saúde.
Projeto sobre reprodutibilidade é o primeiro do Brasil a vencer prêmio da Einstein Foundation
A Iniciativa Brasileira de Reprodutibilidade, projeto apoiado pelo Instituto Serrapilheira, que publicou seus resultados finais em abril, foi uma das vencedoras do Einstein Foundation Award for Promoting Quality in Research 2025 e receberá € 100.000 (cerca de R$ 625 mil). É a primeira vez que um projeto brasileiro ganha a premiação, que homenageia pesquisadores e instituições cujo trabalho contribui para avançar a qualidade dos resultados científicos. A Iniciativa Brasileira de Reprodutibilidade é a primeira pesquisa com abrangência nacional que se propõe a reproduzir experimentos de forma sistemática nas ciências biomédicas. O projeto reuniu 213 pesquisadores de 56 laboratórios e, ao longo de oito anos, realizou 143 réplicas de 56 experimentos – identificando taxas de replicação entre 15% e 45%, a depender dos critérios, bem como fatores que influenciam o sucesso dos resultados. Ao longo do trabalho, o projeto mapeou dificuldades enfrentadas por laboratórios e potenciais oportunidades para tornar experimentos mais replicáveis. Também formou a Rede Brasileira de Reprodutibilidade, que reúne pesquisadores e laboratórios em busca de melhorias em protocolos e maior transparência – a primeira rede de reprodutibilidade da América Latina. O projeto ainda teve como legado a criação do Brisa, plataforma colaborativa para revisões sistemáticas e metanálises em pesquisa pré-clínica.
Pioneirismo marca nova expedição à Antártica sob coordenação da Uerj: a primeira missão com carbono neutro
Com coordenação científica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), pela primeira vez, uma expedição à Antártica vai compensar todas as suas emissões de carbono. Liderada pelo professor Heitor Evangelista, do Laboratório de Radioecologia e Mudanças Globais (Laramg) da Uerj, a Primeira Missão Científica à Antártica com Carbono Neutro acontece até o dia 18 de dezembro, com a participação de três pesquisadores ao laboratório Criosfera 1. Trata-se de um dos pontos de pesquisa mais remotos do continente gelado, localizado a cerca de 600 km do polo sul geográfico. Alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), a missão pretende introduzir um novo protocolo de sustentabilidade para a comunidade científica internacional, representando um marco importante para o Programa Antártico Brasileiro (Proantar), que, neste ano de 2025, celebra quatro décadas de atividades. Segundo Evangelista, que realiza sua 28ª missão antártica, muitas vezes não se considera que a pesquisa em si também gera impactos. Por isso, o processo criado busca a realização da pesquisa antártica com o mínimo de emissões. O objetivo é que no futuro todos os programas antárticos adotem esse mesmo critério, a fim de reduzir as emissões globais de CO₂. O pesquisador explica que, no Criosfera 1, não há emissões, pois apenas energia solar e eólica são utilizadas. No entanto, a logística do projeto (o transporte de pesquisadores até lá) emite poluentes. De acordo com ele, a compensação de carbono foi calculada baseada no número de pessoas e nos tipos de aeronaves e navios utilizados pela equipe, calculadas em aproximadamente 9 toneladas de CO₂ equivalente. As emissões de carbono da missão foram verificadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) utilizando o GHG Protocol (protocolo internacional que fornece parâmetros e ferramentas para alcançar objetivos climáticos). A compensação inclui o plantio de 200 árvores nativas da Mata Atlântica no Rio de Janeiro, em parceria com a Reserva Ecológica de Guapiaçu (Regua), e a aquisição de créditos de carbono de áreas preservadas na Amazônia. A FAPERJ é uma das apoiadoras do projeto, ao lado da Uerj, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade de São Paulo (USP), Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Faurgs), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (Secirm).
Professor da UFF é reconhecido em prêmio internacional de inclusão e diversidade na ciência
A Microbiology Society, uma das principais instituições científicas dedicadas à microbiologia no mundo, anunciou os vencedores do Equality, Diversity and Inclusion Prize 2026, reconhecimento internacional concedido a iniciativas que fortalecem a diversidade, a equidade e a inclusão na ciência. Entre os contemplados, está o professor Bruno Francesco Rodrigues de Oliveira, do Instituto Biomédico da Universidade Federal Fluminense (UFF), integrante do grupo que coordena a rede global Pride in Microbiology Network (PiM). A premiação foi atribuída à atuação da rede, que reúne pesquisadores LGBTQIAPN+ de diferentes países com o objetivo de promover ambientes acadêmicos mais seguros, acolhedores e representativos. A iniciativa se tornou referência global ao incentivar a visibilidade de cientistas queer, estimular mentorias e trocas, apoiar jovens pesquisadores e ampliar discussões sobre inclusão em eventos científicos da área de microbiologia, consolidando-se como um marco na articulação entre ciência e direitos humanos. Segundo o professor Bruno, a rede Pride in Microbiology Network foi fundada em 2023 e tem como um de seus principais objetivos destacar o trabalho e a pesquisa de microbiologistas LGBTQIAPN+ e, notadamente, aproximá-los para que se sintam seguros e confortáveis em compartilhar suas experiências profissionais enquanto membros da comunidade. Ainda de acordo com o pesquisador, dados publicados indicam que cientistas LGBTQIAPN+ têm maior tendência de abandonar suas carreiras em pesquisa ainda em estágios iniciais de formação na graduação e pós-graduação por não tolerarem o preconceito e não sentirem nenhuma sensação de pertencimento em uma academia ainda muito heteronormativa, o que reforça a importância de iniciativas como a rede PiM. Na UFF, Bruno é fundador do Laboratório de Bacteriomas Marinhos (BacMar), onde, junto ao seu grupo de pesquisa, investiga comunidades procarióticas associadas a hospedeiros marinhos sob as perspectivas ecológica e biotecnológica, com especial foco no holobionte de macroalgas.
Período de inscrições para seleção de grupos PET na UniRio termina nesta sexta
A Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) está com inscrições abertas para o edital de seleção de grupos do Programa de Educação Tutorial (PET), referente ao ano de 2026, até esta sexta-feira, 5 de dezembro. A iniciativa da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) tem como objetivo desenvolver atividades coletivas e interdisciplinares que contribuam para uma formação acadêmica ampla dos estudantes, estimulando novas práticas pedagógicas voltadas à redução da evasão e da reprovação, além da modernização da Educação Superior. O edital prevê a oferta de 20 bolsas, destinadas à criação ou continuidade de cinco grupos PET, preferencialmente um por centro acadêmico, compostos por quatro alunos bolsistas cada. Os projetos selecionados terão vigência de janeiro a dezembro de 2026, ou até que obtenham aprovação em editais MEC-Sesu para formação de grupos congêneres. As inscrições devem ser enviadas ao e-mail prograd.dpae@unirio.br. O resultado parcial será divulgado em 12 de dezembro, com prazo para recursos nos dias 15 e 16 do mesmo mês. O resultado final está previsto para 19 de dezembro e o envio dos dados dos bolsistas deverá ser feito até 20 de janeiro de 2026. O edital completo, com todas as informações e critérios de seleção, está disponível aqui.
Novas variedades e Indicação Geográfica impulsionam o abacaxi no Norte Fluminense
O “Dia D do Abacaxi”, realizado no dia 30 de novembro, em São Francisco de Itabapoana, município ao norte do estado do Rio de Janeiro, reuniu produtores, técnicos e pesquisadores. Realizado pela Associação dos Produtores de Abacaxi (Apra-Rio), que integra a cadeia produtiva da fruta no Norte Fluminense, o encontro contou com apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (Emater-Rio), Universidade do Norte Fluminense (Uenf) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), instituições que desenvolvem pesquisas fundamentais para o setor com apoio da FAPERJ. Para o presidente da Apra-Rio, Heraldo Meirelles, o crescimento produtivo do abacaxi só é possível graças às pesquisas conduzidas pela Uenf e pela Embrapa, que vêm lançando variedades mais resistentes e adaptadas à realidade do campo. São plantas mais resistentes, que ajudam a enfrentar doenças como a fusariose e garantem mais produtividade, além de atenderem a diferentes públicos, com sabor mais doce, mais ácido ou polpa mais firme. O Rio de Janeiro está entre os quatro maiores produtores de abacaxi do país. São Francisco de Itabapoana se destaca nacionalmente, por ser o segundo município no Brasil que mais produz. A construção da Indicação Geográfica (IG) “Abacaxi do Norte Fluminense” exige padrões técnicos, rastreabilidade e decisões coletivas. Além dos ganhos produtivos e econômicos, a IG pode ampliar o turismo de experiência, agregando valor ao território. Com o selo, propriedades poderão oferecer vivências de colheita, degustações, visitas guiadas e roteiros gastronômicos voltados ao abacaxi, fortalecendo o vínculo cultural e abrindo novas oportunidades para agricultores familiares, jovens rurais e mulheres. Saiba mais aqui.
L’Oréal Brasil e ABC realizam 20ª edição do programa Para Mulheres na Ciência e reconhece oito pesquisadoras brasileiras
Em seu 20º ano no Brasil, o “Para Mulheres na Ciência”, programa do Grupo L’Oréal no Brasil, em parceria com a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil, mantém sua missão de impulsionar trajetórias científicas femininas e ampliar a representação das mulheres em campos essenciais para o desenvolvimento do país. Na edição de 2025, oito pesquisadoras brasileiras foram reconhecidas com bolsas-auxílio de R$ 50 mil em áreas como Ciências da Vida, Ciências Físicas, Ciências Químicas e Matemática, além da inclusão inédita de Ciências da Engenharia e Tecnologia, que marca a expansão do programa e reafirma seu compromisso com a diversidade e a qualificação da produção científica no Brasil. A pesquisadora da Universidade Federal Fluminense (UFF) Vanessa Nascimento venceu na categoria Ciências Químicas. Na categoria Ciências da Vida, as vencedoras deste ano foram Jaqueline Sachett, Juliana Hipólito, Sonaira Silva e Luana Rosatto. Já na categoria Ciências da Engenharia e Tecnologia, quem ganhou foi Paula Maçaira. Renata Guerra foi reconhecida na categoria Ciências Matemáticas e Thaís Azevedo na categoria Ciências Físicas. O prêmio foi entregue nesta quinta, 4 de dezembro, em cerimônia fechada realizada no Palácio da Cidade, no Rio de Janeiro. A iniciativa faz parte de um programa global que contempla anualmente mais de 350 jovens cientistas pelo mundo em 110 países por meio das iniciativas regionais e nacionais. Saiba mais sobre os projetos aqui.
Coppe e Impa Tech firmam parceria estratégica para fortalecer a excelência em ciência e pesquisa em computação
O Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) e o Impa Tech, programa de graduação do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), assinam, na próxima segunda-feira, 8 de dezembro, um acordo de cooperação acadêmica, científica e cultural. O convênio marca a união dessas duas instituições, reconhecidas pela excelência na formação acadêmica e pela produção de ciência e tecnologia de ponta. Pelo acordo, alunos do Impa Tech poderão cursar disciplinas e participar de projetos de pesquisa e desenvolvimento na Coppe, fortalecendo a integração entre graduação e pós-graduação e oferecendo aos estudantes experiências acadêmicas, tecnológicas e científicas de alto nível. Os alunos do bacharelado em Matemática da Tecnologia e da Inovação do Impa Tech — com ênfase em Ciência da Computação — devem cursar seis disciplinas eletivas e realizar 300h de estágio supervisionado (em empresas ou em projetos). Parte dessa carga horária poderá ser cumprida no Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (PESC) ou em outros programas da Coppe, durante os últimos dois anos da graduação. O professor Daniel Figueiredo, coordenador do PESC, destaca que o acordo abre caminho para iniciativas ainda mais ambiciosas: está em estudo, um mestrado integrado, no qual o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do aluno do Impa Tech se tornaria o embrião de sua dissertação de mestrado na Coppe. Nesse modelo, o estudante completaria quatro anos de graduação e, em seguida, mais um ano de mestrado — um percurso estruturado, acelerado e de altíssima qualificação. A cooperação também prevê que professores da Coppe poderão ofertar disciplinas para a graduação no Impa Tech, e alunos dos cursos de graduação da UFRJ que possuem parceria com a Coppe poderão cursar disciplinas oferecidas pelo Impa Tech.
Coppe promove concurso de comunicação científica para aproximar a ciência da sociedade
O Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), um dos maiores centros de ensino e pesquisa em engenharia da América Latina, está promovendo um concurso de comunicação científica direcionado a alunos de iniciação científica, mestrado, doutorado, pesquisadores e técnicos de laboratórios que atuam na instituição. O objetivo é estimular que, ao apresentarem suas pesquisas, os participantes sejam capazes de traduzir conceitos complexos em linguagem acessível e destacando de forma clara o impacto que suas descobertas podem gerar na vida das pessoas. Mais do que desenvolver habilidades de fala, escrita e narrativa, o concurso reflete uma missão institucional: fazer com que os resultados e benefícios da pesquisa ultrapassem os muros da academia, democratizando o acesso ao conhecimento e mostrando para a população como os avanços científicos se traduzem em melhorias para o País. A competição integra ações da Coppe que visam a popularização e difusão científica, alinhadas ao compromisso da instituição de ampliar o diálogo entre universidade e sociedade e de promover uma cultura científica inclusiva. O anúncio dos vencedores será no dia 8 de dezembro, no início da Semana Acadêmica e Cultural da Coppe. Mais informações e o regulamento completo podem ser solicitados à Assessoria de Comunicação da instituição pelos telefones (21) 3622-3467 / 3622-3406 / 3622-3408 / 3622-3506.
Cidacs-Fiocruz promove webinário ‘Do conhecimento à ação: como a pesquisa científica contribui para políticas públicas?’
O Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde da Fundação Oswaldo Cruz na Bahia (Cidacs/Fiocruz Bahia) promoverá o webinário "Do conhecimento à ação: como a pesquisa científica contribui para políticas públicas?" no dia 9 de dezembro, às 14h, via plataforma Zoom. Gratuito, o evento on-line pretende mostrar o passo a passo de como as pesquisas são desenvolvidas, saem do computador, são publicadas e chegam até a mesa de quem decide os rumos da saúde pública no Brasil. Os participantes são Maurício Barreto, fundador do Cidacs; Pablo Ramos e Bethânia Almeida, coordenadores do Centro e pesquisadores que vivem essa rotina todos os dias. Os participantes poderão conhecer exemplos reais de pesquisas que influenciaram políticas implementadas e compreender como a pesquisa influencia decisões governamentais. As inscrições podem ser feitas aqui.