Cristina Cruz
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Em Tanguá, a presidente da FAPERJ, Caroline Alves, foi conhecer projeto que utiliza biotecnologia vegetal para assegurar padronização, uniformidade e maior segurança fitossanitária a mudas de plantas (Foto: Cristina Cruz) |
A presidente da FAPERJ, Caroline Alves, esteve recentemente no município de Tanguá (RJ), onde visitou as obras da nova sede da Casgen Biotecnologia em Mudas. Startup, que nasceu com fomento da Fundação por meio do Programa Doutor Empreendedor, é especializada na clonagem de mudas de plantas ornamentais, frutíferas e florestais por meio de técnicas de micropropagação vegetal.
Durante a visita, Caroline conheceu as instalações em construção e destacou o potencial da empresa para transformar o setor agrícola com inovação e sustentabilidade. “A Casgen é um exemplo de como a pesquisa de excelência feita nas universidades pode gerar impacto real na economia e no meio rural. Apoiar esse tipo de iniciativa é parte do nosso compromisso com a inovação, o desenvolvimento regional e a democratização da ciência”, afirmou.
Com investimento inicial de R$ 700 mil da FAPERJ, a Casgen está em fase de licenciamento junto à Embrapa e prepara uma nova etapa de expansão. Em 2025. A expectativa é que a nova estrutura permita a produção anual de até 3 milhões de mudas no prazo de dois anos, com retorno econômico previsto para o mesmo período.
Biotecnologia acessível a todos
A startup utiliza biotecnologia vegetal por meio da cultura de tecidos — uma técnica que permite clonar milhares de mudas a partir de pequenos fragmentos da planta, em ambiente asséptico, com controle total de temperatura, luz e nutrientes. O processo assegura padronização, uniformidade e maior segurança fitossanitária às mudas.
No portfólio da empresa estão espécies ornamentais como orquídeas, samambaias e bromélias; frutíferas como banana e abacaxi; e florestais, como o kiri-japonês — árvore de crescimento rápido e alto valor comercial. A empresa também prospecta mudas de mandioca, em parceria com a Embrapa, e oferece serviços personalizados de desenvolvimento de protocolos para produtores e empresas que desejam reproduzir variedades específicas.
A proposta da Casgen é democratizar o acesso à tecnologia, antes restrita a grandes players do setor agrícola, e torná-la uma ferramenta disponível também para pequenos e médios produtores.
“Acreditamos que todo produtor, independente do seu porte, merece ter acesso às melhores tecnologias para fazer sua produção crescer. Não vendemos apenas mudas — oferecemos a capacidade de multiplicar sonhos, expandir negócios e construir um futuro mais próspero e sustentável para a agricultura brasileira”, afirma Andressa Leal Generoso, doutora empreendedora.
Expansão e futuro promissor
Com sede provisória em Tanguá, a Casgen se prepara para inaugurar sua nova unidade às margens da BR-101, em um ponto estratégico para o escoamento da produção.
A empresa também aposta em projetos de educação e extensão tecnológica, buscando aproximar ciência e campo, além de fortalecer a conexão com cooperativas, produtores e instituições de pesquisa. Segundo os fundadores, a visão da empresa é clara:
“Ser a referência brasileira em micropropagação, transformando a agricultura nacional através da inovação biotecnológica e contribuindo para um sistema alimentar mais sustentável e eficiente.”
Com foco em sustentabilidade, acesso ao conhecimento e valorização da agricultura nacional, a Casgen se posiciona como uma das promessas da nova geração de empresas fluminenses que unem ciência, mercado e impacto social.