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Publicado em: 31/07/2025 | Atualizado em: 31/07/2025

IEN recebe estudantes de escolas públicas contempladas no edital Jovens Talentos, da FAPERJ

Débora Motta*

Bolsistas do programa Jovens Talentos, da FAPERJ, Gabriela Paixão (à esq.) e Luisa Muniz, estudantes no Ensino Médio, dão início às suas carreiras científicas no Instituto de Engenharia Nuclear (Fotos: Gledson Jr./IEN)

Duas alunas de escolas públicas fluminenses estão tendo o primeiro contato com o universo da pesquisa no Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), instituição ligada à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e localizada na Ilha do Fundão. Contempladas pela FAPERJ como bolsistas do edital Jovens Talentos 2025, Gabriela Paixão Cardoso, aluna do Ensino Médio em Química integrado no Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), e Luisa Muniz de Oliveira, do Ensino Médio da Escola Estadual Tia Lavô, deram início, em 1º de julho, a um estágio no Laboratório de Nanorradiofármacos do IEN, que terá dois anos de duração.

As bolsistas serão orientadas pelo coordenador do Laboratório, o farmacêutico e pesquisador Ralph Oliveira-Santos. Ele destaca que receber estudantes ainda em idade escolar será interessante para a rotina de pesquisa e para despertar nelas a vocação para as carreiras científicas. “As meninas vão ter contato com todas as atividades desenvolvidas no Laboratório de Nanorradiofármacos. Elas passam a integrar o grupo, que tem 30 bolsistas. Para elas, ainda no Ensino Médio, será uma oportunidade de conhecer a pesquisa na área de fármacos radioativos, e no Rio dificilmente elas teriam essa expertise em outro lugar como terão aqui. Elas serão grandes embaixadoras da ciência nuclear, uma ciência antiga que alavancou descobertas da humanidade. É importante essa abertura para novas gerações e para formar ciência de alto valor em uma área estratégica, como a nuclear, e de relevante cunho social”, refletiu.

O Laboratório de Nanorradiofármacos do IEN tem linhas de pesquisa inovadoras, voltadas ao desenvolvimento de medicamentos e terapias para o tratamento e diagnóstico precoce de doenças como o câncer. “Temos pesquisas voltadas ao desenvolvimento de radiofármacos, que são medicamentos que possuem na composição um ou mais elementos radioativos. Também desenvolvemos estudos para o diagnóstico precoce de doenças e terapia molecular. Nesse caso, realizamos exames por imagem usando a cintilografia ou tomografia por emissão de pósitrons (PET Scan), para detectar precocemente tumores e doenças neurológicas como Alzheimer e Parkinson”, detalhou Santos-Oliveira.

Chefe do Laboratório de Nanorradiofármacos do IEN, Ralph Santos-Oliveira destaca a importância de receber e formar jovens talentos na pesquisa nuclear (Foto: Divulgação) 

As estudantes reafirmaram que sonham em seguir carreira profissional na ciência e que este projeto se configura como uma oportunidade para aprofundar seus conhecimentos e viver novas experiências.

“Com o pesquisador Ralph e sua equipe, espero aprender desde os fundamentos teóricos até as técnicas práticas envolvidas na síntese de nanopartículas. Também quero compreender melhor os protocolos de segurança radiológica e boas práticas laboratoriais. Além do conteúdo técnico, quero desenvolver uma visão mais crítica da pesquisa científica, aprender a lidar com desafios experimentais, aprimorar minha capacidade de trabalho em equipe e contribuir, dentro das minhas possibilidades, para os projetos em andamento. Vejo esse estágio como um passo essencial para minha formação como cientista ou profissional da área Química”, disse Gabriela Paixão.

“Minha expectativa para o estágio é aprender e crescer academicamente, mesmo ainda estando no início da minha formação. Sou aluna do 1º ano do Ensino Médio e, apesar de ter pouco conhecimento técnico, estou muito motivada a aprender e conhecer a rotina de um ambiente científico. Tenho grande interesse em entender como a ciência pode ajudar na saúde das pessoas, especialmente por meio dos nanorradiofármacos. Estou entusiasmada com a possibilidade de acompanhar as atividades do Laboratório de Nanorradiofármacos, sob a orientação do professor Ralph Santos-Oliveira, um pesquisador reconhecido por suas contribuições na área. Espero que essa experiência amplie meus conhecimentos e fortaleça meu interesse por ciência, tecnologia e inovação” afirmou Luisa Muniz.

*Com informações de José Lucas Brito, da Assessoria de Comunicação do IEN/Cnen

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