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Publicado em: 13/04/2022 | Atualizado em: 19/04/2022

Apoio da FAPERJ a cientistas em zonas de guerra é destaque na Nature

Por Ascom Faperj

A revista Nature deu destaque na última semana ao programa da FAPERJ de apoio a cientistas refugiados oriundos de regiões em conflito, incluindo a Ucrânia. Em artigo publicado no dia 6, o periódico chamou a atenção para as mudanças no cenário de cooperação científica internacional com o início do conflito na Ucrânia. O texto apontava que enquanto os Estados Unidos e a Europa estavam revendo acordos de cooperação em razão do conflito, outros países, como China, Índia e África do Sul, mantinham as colaborações no campo científico inalteradas apesar do cenário de guerra no Leste Europeu – ressaltando que esses três países pertencem ao grupo dos Brics, do qual também fazem parte Brasil e Rússia. A reportagem lembrou ainda que na segunda quinzena do mês de março o grupo, reunindo os cinco países, havia anunciado uma nova parceria para o desenvolvimento e pesquisa em vacinas.

Os autores do artigo ressaltaram que nomes bem conhecidos da ciência no Brasil já haviam se manifestado contra o conflito, tendo ajudado a criar um fundo para cientistas que estivessem deixando a Ucrânia, Rússia e outras zonas de conflito e que manifestassem desejo de viajar ao Brasil. O periódico destacou que, ao contrário de China e Índia, cientistas brasileiros temem sérias consequências para o andamento de projetos de cooperação com a Rússia e a Ucrânia após as sanções internacionais dirigidas contra a Rússia.

Cientistas de diversas partes do mundo foram ouvidos para a produção do artigo, entre eles, o presidente da FAPERJ. O texto sublinha declaração em que Jerson Lima diz que lideranças da pesquisa no Brasil “são obviamente contra a guerra”, e lembra que a Fundação lançou, no dia 24 de março, uma chamada no estado do Rio de Janeiro para pesquisadores que desejam receber colegas de pesquisa fugindo da Ucrânia, Rússia e de outras áreas de conflito. O programa, intitulado Luiz Pinguelli Rosa de Apoio à Mobilidade e Instalação de Pesquisadores Originários de Regiões em Conflito em instituições de Ciência e Tecnologia do Estado do Rio de Janeiro (ICTs), ganhou uma dotação de R$ 10 milhões. A iniciativa inclui passagem aérea para o Rio e uma bolsa de em torno de R$ 9 mil mensais por até um ano. O periódico lembra que outras 25 agências estaduais congêneres preparavam, então, programas similares. Quem também mereceu destaque no artigo foi a coordenadora da área de Cooperação Internacional da FAPERJ, Vânia Paschoalin. Em declaração dada à revista, ela disse que o objetivo da Chamada é que cientistas ucranianos, russos e outros possam dar continuidade aos seus trabalhos de pesquisa. “Os conflitos acabam. A ciência não. A ciência está sempre viva”, argumentou. Outros cientistas de renome citados no artigo foram Ricardo Galvão (USP); o vice-presidente da Sociedade Brasileira para o  Progresso da Ciência (SBPC), Paulo Artaxo (USP); e a presidente da Sociedade Brasileira de Física, Débora Peres Menezes (UFSC).

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