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Publicado em: 24/10/2024 | Atualizado em: 24/10/2024

Em seminário, ANE discute contribuição da Engenharia para transformar o futuro do país

Por Ascom Faperj

A partir da esq., o ex-presidente da Academia Nacional de Engenharia, Paulo Alcântara; o presidente da Academia Panamericana de Ingeniaría, José Domingo Pérez Muñiz; o secretário-executivo do MCTI, Luis Fernandes; a diretora Científica da FAPERJ, Eliete Bouskela, representando o presidente Jerson Lima; e o coordenador do seminário José Roberto Boisson (Foto: Aline Salgado/FAPERJ)  

A Academia Nacional de Engenharia (ANE) promoveu nos dias 21 e 22 de outubro o Seminário “A Engenharia Transformando o Brasil”, com foco nos temas estratégicos e prioritários definidos nos programas e políticas nacionais anunciadas recentemente pelo governo federal. A mesa de abertura foi composta pelo presidente do Clube de Engenharia, Francis Bogossian; pela diretora científica da FAPERJ e presidente da Academia Nacional de Medicina (ANM), Eliete Bouskela; pelo presidente da ANE, Mário Menel; pelo Acadêmico e coordenador do evento, José Roberto Boisson de Marca; pelo secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luis Fernandes; pelo presidente da Academia Panamericana de Ingeniaría, com sede em San Juan, Puerto Rico, José Domingo Pérez Muñiz; pelo ex-comandante da Marinha Julio Soares de Moura Neto e pelo deputado federal Julio Lopes.

O coordenador do seminário, o engenheiro elétrico e membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) na área de Ciências da Engenharia José Roberto Boisson de Marca, destacou que os temas elencados não poderiam deixar de estar alinhados às prioridades e desafios nacionais, convergentes com os programas lançados pelo governo federal, como Neoindustrialização, Inteligência Artificial, Transição Energética, Programa Nacional do Meio Ambiente e Saneamento, entre outros.

“Para que a Engenharia possa aumentar sua competitividade com sustentabilidade é preciso investir na formação de recursos humanos qualificados, que atendam a demanda atual e futura, atrair talentos e evitar a evasão de profissionais. Também é importante promover altos investimentos em infraestrutura e na transformação digital aplicada aos mais diversos setores da economia, além de defender recursos estratégicos, não apenas os naturais, como os recursos hídricos, mas também as informações, como os bancos de dados”, disse Boisson. Ele defendeu ainda o papel da Engenharia como um dos alicerces para a promoção do crescimento do País e da melhoria da qualidade de vida de seus cidadãos.

Já o presidente da Academia Nacional de Engenharia, Mário Menel, destacou a necessidade de a ANE se pronunciar e se posicionar perante a sociedade. “Acho que uma Academia de Engenharia que não se posiciona não cumpre sua finalidade”, afirmou. Segundo Menel, o País exige isso das instituições e as discussões do seminário, que abrangem aspectos fundamentais como saneamento, um dos grandes desafios para o País, deverão dar base aos diversos posicionamentos da entidade diante das necessidades nacionais.

Representando a FAPERJ, a diretora Científica da Fundação e presidente da Academia Nacional de Medicina (ANM), Eliete Bouskela, fez coro a Mário Menel: “As academias não podem ser torres de marfim, pelo contrário, devem fazer com que a população brasileira reconheça sua existência e importância”. Eliete defendeu ainda que as academias precisam mostrar que atendem aos anseios legítimos da população. Segundo a médica e diretora da FAPERJ, em recente seminário organizado pelo economista Armínio Fraga sobre estudos em políticas de saúde, foi revelado que o Brasil é o país campeão na realização de exames de ressonância magnética. Ficando à frente dos 38 países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Eliete defendeu o exame clínico e físico, aquele que dá espaço para fala, escuta e observação, no lugar do uso indiscriminado de exames de imagem. “Por outro lado, a pandemia de Covid-19 mostrou que o Brasil não estava preparado para produzir nem máscaras, nem respiradores, mesmo os mais simples”, acrescentou. Para a presidente da ANM, o Brasil precisa se desenvolver, mas, no caso da saúde, sem promover uma escalada de preços dos insumos que inviabilize tanto a estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS), quanto da Saúde Suplementar. “Precisamos oferecer soluções melhores para a população”, concluiu.

Já o secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luis Fernandes ressaltou, em sua fala, que a Engenharia nacional teve papel crucial no primeiro ciclo de industrialização do País, na metade do século passado, garantindo o esforço rumo à industrialização. “Hoje, estamos tentando superar a crise enfrentada pela Engenharia, construindo um novo projeto de industrialização, amparado em novas bases mais avançadas e incorporando plenamente o esforço da inovação”, disse Fernandes.

A Academia Nacional de Engenharia realizou o  seminário “A Engenharia Transformando o Brasil” com o auxílio financeiro da FAPERJ, por meio do Edital de Apoio às Academias Nacionais Sediadas no Estado do RJ. O projeto apresentado e contemplado pela ANE é composto por três etapas: elaboração do Seminário, apoio à revista institucional “A Lanterna”, e visita de alunos de ensino médio a empresas.

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