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Publicado em: 21/09/2023 | Atualizado em: 21/09/2023

FAPERJ e Capes discutem propostas para o Plano Nacional de Pós-Graduação

Débora Motta

O subsecretário Edgar Leite (à dir., em pé) destacou a importância histórica da pós-graduação brasileira e a necessidade de investir continuamente e de aperfeiçoar esse modelo (Foto: Débora Motta/FAPERJ)  

Os desafios e estratégias para fomento à pós-graduação no País foram tema de oficina realizada nesta terça-feira, 19 de setembro, na sala do Conselho Superior da FAPERJ, em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Intitulado Oficina de Construção da Agenda Nacional de Formação de Recursos Humanos de Alto Nível e de Prospecção sobre Inovações na Pós-graduação, o encontro reuniu representantes de setores diversos da sociedade – academia, governo, terceiro setor e empresas –, para discutir propostas a serem incorporadas na redação do Plano Nacional da Pós-Graduação (PNPG 2024-2028), documento que vai nortear as políticas para o setor nos próximos quatro anos.

Iniciativa da Capes envolvendo as Fundações estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs), a oficina vem sendo realizada em todos os estados brasileiros e Distrito Federal para construir e identificar as demandas regionais de pesquisadores e empreendedores, e de setores relevantes para o desenvolvimento sustentável. “As FAPs têm sido nossas parceiras no desenho e operacionalização dessas oficinas com cientistas e representantes dos setores públicos, do empresariado e da sociedade civil organizada, para discutir temas estratégicos à formação de pós-graduandos e a necessidade de fixação no mercado de trabalho de pesquisadores com nível de doutorado. Queremos dar voz aos contextos regionais para a elaboração do PNPG”, disse a coordenadora-geral de Formação Docente e Valorização das Licenciaturas da Capes, Lorena Damasceno.

O assessor da Presidência da Fundação, Egberto Gaspar de Moura, responsável pela organização do evento, reconheceu o protagonismo das FAPs no debate, para que os investimentos na pós-graduação atendam às necessidades estaduais. “Essa oficina reforça a parceria já consolidada da FAPERJ com a Capes, que tem beneficiado muito os estudantes de pós-graduação do estado do Rio de Janeiro, e a importância da articulação entre os sistemas de fomento estadual e federal. É necessário reavaliar o sistema para que seja mais atraente aos novos talentos da pesquisa e da inovação e que resulte em mais desenvolvimento para o nosso estado”, ponderou.

Participantes da Oficina Capes-FAPERJ na sede da Fundação: atividade que discute as demandas regionais para a elaboração do PNPG percorre todos os estados brasileiros e o DF, com apoio das FAPs (Foto: Raphael Pires/Uerj)

A diretora Científica da FAPERJ, Eliete Bouskela, citou como questão urgente para o debate a necessidade de aproximar o setor industrial da academia, para aumentar a absorção de doutores no mercado de trabalho. “Cerca de três mil pesquisadores concluem formação de doutorado todo ano no estado do Rio de Janeiro, mas desse total cerca de 2.700 permanecem desempregados, pois a academia não absorve todos eles e a indústria não tem a cultura de gerar empregabilidade para esse contingente altamente qualificado. Temos que repensar um jeito de aproximar a indústria nacional das nossas universidades”, ressaltou ela, que é médica e professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

O diretor de Tecnologia da Fundação, Aquilino Senra, citou entre os pontos estratégicos a importância de atrair jovens talentos para a pós-graduação. “A procura pelos cursos de pós-graduação no País está mais baixa. Essa pode ser também uma questão de dificuldade de ingresso dos candidatos. Precisamos atrair e criar condições para reter esses jovens doutores nas empresas, onde eles são majoritariamente absorvidos nas economias dos países centrais”, refletiu.

O subsecretário estadual de Ensino Superior, Pesquisa e Inovação Edgar Leite, da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti/RJ), fez um balanço da evolução da pós-graduação brasileira. “Ao longo da história, o modelo de pós-graduação realizou uma transformação no processo de desenvolvimento e de produção de conhecimento no Brasil. Também sou professor da Uerj e da UniRio. Entendemos na Secti a necessidade de investir na pós-graduação e de aperfeiçoar esse modelo. Uma proposta é a criação do Observatório da Pós-Graduação no Estado do Rio de Janeiro, para organizar dados específicos por área do conhecimento”, concluiu.

O resultado das discussões será encaminhado para a comissão responsável pela elaboração do Plano Nacional de Pós-Graduação, que vem se dedicando a oficinas para construir um documento único a ser levado à consulta pública. Em novembro, após o parecer da consulta pública, a proposta do novo PNPG será encaminhada para o Conselho da Capes.

Confira a lista completa dos participantes da oficina Capes-FAPERJ aqui.

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