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Publicado em: 02/06/2022 | Atualizado em: 01/07/2022

Rede Rio/Faperj: 30 anos conectando instituições de ensino, pesquisa e inovação no RJ

Por Ascom Faperj

Evento no CBPF marcou a celebração dos 30 anos da Rede Rio/FAPERJ: pioneirismo na integração entre as instituições de pesquisa estaduais e instituições de todo o mundo

A Rede Rio/FAPERJ completou recentemente três décadas de pioneirismo e inovação tecnológica. Inaugurada pela FAPERJ no dia 22 de maio de 1992, ela foi uma das primeiras redes de acesso à internet no País voltada a atender e interconectar universidades, centros de pesquisa e órgãos públicos. Hoje, cerca de 140 instituições estão conectadas pela Rede Rio/FAPERJ, o que possibilita a interação da comunidade científica estadual com pesquisadores de todo o mundo, colocando a pesquisa fluminense na fronteira do conhecimento e do ensino. A data foi celebrada em um evento realizado na tarde desta quinta-feira, 2 de junho, no auditório do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF).

O coordenador-geral da Rede Rio/FAPERJ, Alexandre Grojsgold, rememorou a história da rede. Ele lembrou que os primeiros experimentos de conexões entre sistemas de computadores de universidades e institutos no Rio tiveram início, espontaneamente, na segunda metade da década de 1980, mas foi o aporte substancial de recursos feito pela FAPERJ que possibilitou tornar o experimento em infraestrutura essencial ao funcionamento do conjunto de instituições de ensino e pesquisa no Estado. “Após a inauguração oficial da Rede Rio, junto com a Eco-92, foi um desafio permanente para a iniciativa manter-se relevante, propiciando conexões de rede com internet de qualidade e à altura das necessidades das atividades de pesquisa e desenvolvimento, conectada e em sincronia com as melhores inciativas do mesmo tipo, no Brasil e no resto do mundo. A Rede Rio, com apoio da FAPERJ e com a colaboração de todas as instituições participantes, é um exemplo de sucesso”, disse.

Durante o evento, a Rede Rio/FAPERJ anunciou a entrada em operação de um novo canal de conexão em parceria com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). O novo canal tem a velocidade de 100 Gbps, enquanto a velocidade do canal anterior era de 10 Gbps. Assim, a nova velocidade agregada entre as redes passa a ser de 110 Gbps. O ponto de enlace que vai sediar esse novo canal é o Rio Science Datacenter do CBPF, inaugurado na tarde desta quinta, 2 de junho. Esse upgrade na infraestrutura da rede foi destacado pelo coordenador de Engenharia de Operações da Rede Rio/FAPERJ, Márcio Portes Albuquerque.

Mesa de inauguração da Rede Rio em 1992, no NCE: a partir da dir., Bevilácqua (Coppe), Maculan (reitor da UFRJ), Salomão (secretário de C&T), Hésio Cordeiro (reitor da Uerj) e Peregrino (diretor Científico da FAPERJ) Foto: Divulgação

“Hoje, 2 de junho, a Rede Rio e a RNP estão atualizando o seu enlace de comunicação ótica, totalizando agora 110 Gbps. A habilitação deste novo canal foi feita por meio de um enlace ótico entre os pontos de presença da RNP no Rio de Janeiro e da Rede Rio no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). Ambos ficam sediados no Datacenter para Ciência (RSDC, na sigla em inglês) do CBPF. O novo canal faz parte de um investimento da FAPERJ e da RNP na melhoria e na garantia da infraestrutura de comunicação e, também, da comunicação do backbone nacional da RNP com as redes nacionais”, ressaltou Albuquerque.

O engenheiro Fernando Peregrino, que presidiu a FAPERJ à época da criação da Rede Rio, compartilhou suas memórias. “Era véspera da Rio 92. Nesse dia, inaugurávamos a internet no Rio Janeiro. Lembro e parabenizo a equipe que empreendeu esse projeto, Luís Felipe Moraes, coordenador científico, Paulo Aguiar, Edmundo, Alexandre Grojsgold, Zieli Dutra, que era o diretor Científico da FAPERJ, Michael Stanton, entre outros. A inauguração simbólica se deu por um email enviado pelo então presidente de Portugal, Mário Soares, ao governador Brizola. Anos depois éramos reconhecidos pela RNP como construtores da Internet no Rio de Janeiro. Hoje, 30 anos depois, o mundo mudou muito, em parte devido a revolução da Internet da qual participamos sem imaginar na época. Em tempos de Elon Musk, Facebook, Twitter, Google, é importante não perdermos de vista de onde viemos. Viva a Rede Rio!”, comemorou.

O responsável pela Coordenação Técnico-Científica da rede, Luís Felipe Magalhães de Moraes, agradeceu a todos aqueles que trabalharam para a concretização da Rede e se dedicam ao projeto atualmente. “Todas as instituições ligadas à Ciência e Tecnologia do estado estão ligadas pela Rede Rio, que cumpre esse papel fundamental de agregar todo o mundo. A FAPERJ está há 30 anos apoiando essa iniciativa. Agradeço a todos que ajudaram a construir essa história. Nelson Maculan, que era reitor da UFRJ quando a Rede Rio foi inaugurada, e Edmundo Albuqueque e Paulo Rodrigues, que trabalhavam no NCE, além da equipe da PUC e de todas as instituições parcerias do projeto. Há um pool de instituições ligadas ao projeto que devem ter seus esforços reconhecidos”, reconheceu.

Luís Felipe em reportagem do ano de 1994, quando da inauguração da Rede Rio/FAPERJ (Imagem: Reprodução)

Por sua vez, o presidente da FAPERJ, Jerson Lima Silva, ressaltou a importância do estabelecimento dessa rede de comunicação para o trabalho dos pesquisadores, realizado cada vez mais em sinergia. “A história de 30 anos da Rede Rio é totalmente inovadora. Acompanhei a evolução da rede como diretor Científico, cargo que assumi em 2003, a convite do Peregrino. De lá para cá, a Ciência brasileira evoluiu, e hoje a FAPERJ apoia cerca de 20 Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) no estado do Rio de Janeiro. Os pesquisadores hoje dependem do compartilhamento rápido de informações e trabalham em redes, que envolvem o trabalho de dezenas de cientistas, como no caso da rede Corona-ômica, estruturada com recursos da FAPERJ para o combate à Covid-19 durante a pandemia. A Rede Rio lançou as bases tecnológicas para conectar a pesquisa fluminense”, disse Lima Silva.

Após a mesa de debates, foi assinado um convênio para a utilização dos serviços da Rede Rio/FAPERJ pela Casa da Democracia, novo espaço que vai funcionar nas dependências do Palácio Tiradentes. Estiveram presentes no evento no CBPF o diretor-geral da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Nelson Simões; o coordenador de Engenharia de Operações da Rede Rio/FAPERJ e diretor interino do CBPF Márcio Albuquerque; a chefe de Gabinete da FAPERJ, Consuelo Câmara; Maria Carolina Pinto Ribeiro, ex-diretora de Administração e Finanças da FAPERJ; entre diversos outros gestores e pesquisadores fluminenses.

Veja a íntegra da transmissão no Canal do CBPF no YouTube: https://www.youtube.com/c/CBPFMCTI

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