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Publicado em: 01/11/2012
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Encontro Nacional debate os caminhos da difusão e popularização da C&T

Elena Mandarim

Divulgação/Prefeitura do Rio 

         
     Projeto Ciência Móvel: uma lona, com atividades de divulgação
     científica, pode ser transportada e montada em diferentes locais

Os museus clássicos, com sua apresentação tradicional, espalhada por vitrines, painéis, quiosques e totens estão perdendo, cada vez mais, visitação de público, principalmente, infanto-juvenil. Então, como diz o ditado, "se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé", o Museu Itinerante de Neurociências (MIN) leva o seu acervo às escolas do Ensino Fundamental e Médio para divulgar o conhecimento desenvolvido no meio acadêmico-científico do Departamento de Neurobiologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) e do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Este projeto, apoiado no edital de Difusão e Popularização da Ciência e Tecnologia no Estado do Rio de Janeiro, da FAPERJ, é uma das iniciativas que serão apresentadas no Encontro Nacional de Popularização da Ciência e Tecnologia, que acontecerá de 7 a 9 de novembro, no auditório da Escola de Engenharia da UFF. O evento visa promover o intercâmbio entre diversos setores da sociedade, permitindo uma ampla discussão de assuntos relacionados com a trajetória da difusão científica, estado atual da arte e perspectivas da popularização da Ciência e Tecnologia no Brasil. Até o próximo domingo (4/11), os interessados podem se inscrever, gratuitamente, pelo site http://popcientec.wix.com/encontronacional.

Para a professora Lucianne Fragel Madeira, organizadora do Encontro Nacional de Popularização da Ciência e Tecnologia, o principal objetivo da popularização da ciência e tecnologia é garantir que os conhecimentos obtidos no ambiente acadêmico possam ser transmitidos para públicos não especializados. "É uma contribuição social, que torna possível disponibilizar informações e tecnologias para ajudar a melhorar a vida das pessoas, além de ser uma forma de prestar contas de como o dinheiro público está sendo empregado", diz.

No primeiro dia do evento, serão seis conferências divididas em duas temáticas: importância da popularização da ciência e tecnologia; e história da divulgação científica no Brasil. Em uma delas, a professora Mônica Savedra, assessora da diretoria científica da FAPERJ, apresentará as principais ações da Fundação destinadas ao fomento na área de divulgação científica no Estado. "O objetivo é mostrar como algumas de nossas atividades estão se consolidando, na forma de compromissos, a médio e longo prazo, de uma potencial política de divulgação da ciência e da tecnologia no Estado do Rio de Janeiro. Como exemplos, destacaremos as diversas atividades desenvolvidas pelo Núcleo de Divulgação Científica da FAPERJ e a implementação do edital voltado para difusão da C&T, lançado, anualmente, desde 2007".

Divulgação/UFF 
     
Museu Itinerante de Neurociências: pesquisadores levam    
às escolas atividades relacionadas ao cérebro humano  

   
Já a professora Luisa Massarani, coordenadora do Museu da Vida, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apresentará o site Brasiliana, que aborda os aspectos históricos e contemporâneos da divulgação científica no Brasil. "É importante destacar que a história da divulgação científica no nosso país tem pelo menos dois séculos de existência. Assim que a impressa foi permitida aqui, já identificamos iniciativas muito importantes e, desde então, diversos indivíduos vêm se engajando na área, por meio de distintas estratégias, como rádios, jornais, revistas, conferências populares, museus etc.", diz Luisa, que assumiu, em agosto de 2012, a coordenação da recém-criada área de avaliação de projetos de divulgação científica da FAPERJ.

As apresentações de trabalhos na forma de painel (pôsteres) ocuparão as atividades dos outros dois dias de evento, junto com as quatro mesas-redondas, cada uma composta por três ou quatro integrantes, que discutirão os temas "desafios dos museus de ciências no Estado do Rio de Janeiro"; "desafios dos museus de ciências no Brasil"; "a importância da itinerância para a popularização da ciência e tecnologia"; e "novas perspectivas para a popularização da ciência e tecnologia".

A organizadora do evento acredita que, no mundo dinâmico e interativo, as novas gerações, principalmente, se afastam da forma clássica de apresentação dos museus. "O conceito de museu itinerante tem ganhado força no campo da divulgação científica. Alguns desses exemplos são o Ciência Móvel, da Fiocruz; Espaço Ciência Interativa, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado do Rio de Janeiro (IFRJ); Ciência Sobre Rodas, da UFRJ; e Museu Itinerante de Neurociências, da UFF e UFRJ. Todas estas iniciativas serão apresentadas na terceira mesa-redonda, que discutirá a importância da itinerância para a popularização da ciência e tecnologia", explica.

Para Lucianne, o que falta não é interesse em aprender, mas formas atrativas de ensinar. "É preciso criar formas lúdicas de passar o conhecimento científico, principalmente, para o público infanto-juvenil. Nesse sentido, é fundamental utilizar as ‘transmídias’, que consistem na transmissão de informação por meio das múltiplas plataformas de comunicação, como e-books, celulares, TV digital, telas touchscreen", diz a professora, que acrescenta: "um bom exemplo é o Museu de Ciências Itinerante e Inclusivo, contemplado no Programa de Apoio a Projetos de Extensão e Pesquisa (EXTPESQ), da FAPERJ. A proposta, que prevê visitas mensais, planejadas, a escolas do Estado do Rio de Janeiro, é trabalhar os conceitos de educação inclusiva no ambiente escolar com atividades lúdico-experimentais estimulantes. Um dos jogos, por exemplo, é o dominó com textura, em que as crianças sem deficiência são vendadas e jogam somente com a percepção sensorial, com o objetivo de entender como os coleguinhas cegos, ou parcialmente cegos, precisaram se adaptar à deficiência visual".

Divulgação/Ciência Hoje 

         
     No Ciência Móvel, uma carreta, com trailer acoplado, viaja pelo país levando
       uma série de atividades e experimentos científicos para diferentes cidades
O Encontro irá reunir nomes importantes da área no mundo acadêmico e profissional. A conferência de abertura será ministrada por Wainer da Silveira e Silva, Pró-reitor de Extensão da UFF, que irá abordar o tema "Extensão e a popularização da C&T". Outras presenças já confirmadas são Leopoldo de Meis, da UFRJ; Carlos Wagner Costa Araújo, da Associação Brasileira de Museus e Centros de Ciências; Eduardo de Campos Valadares, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que fará o lançamento da nova edição do livro "Física mais que divertida"; Emílio Antônio Jeckel Neto, do Museu de Ciências e Tecnologia, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS); Eleonora Kurtenback, do Espaço Ciência Viva; Maria de Fatima Brito Pereira, da Casa da Ciência da UFRJ; Douglas Falcão, do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast); José Ribamar Ferreira, do Ciência Móvel/Fiocruz; Grazielle Rodrigues Pereira, do Espaço Ciência InterAtiva, da IFRJ; Jane Faria, do Ciência sobre rodas/UFRJ; Alfred Sholl Franco, do MIN; Monica Dahmouche, da Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cecierj); e Cristina Delou, da Faculdade de Educação da UFF e coordenadora da Escola de Inclusão.

O auditório da Escola de Engenharia da UFF fica no campus Praia Vermelha, localizado na Rua Passo da Pátria, 156, no bairro São Domingos, em Niterói. A comissão organizadora é composta pela professora Lucianne Fragel Madeira e pelo professor Gustavo Henrique Alves. O evento é realizado pela UFF, com apoio da Pró-reitoria de Extensão (Proex) e do Núcleo de Divulgação Científica e Ensino de Neurociências (NuDCEN), ambos da UFF. Mais informações: http://popcientec.wix.com/encontronacional ou pelo e-mail popcientec@gmail.com

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