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Publicado em: 01/04/2005
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Visão pioneira no fomento à pesquisa no Rio

No ano em que comemoramos os 100 anos das três descobertas de Einstein que mudaram a Física Moderna – entre as quais destacamos o trabalho do efeito fotoelétrico, base para a revolução da microeletrônica, informática e nanociências –, o Rio de Janeiro tem muitas razões para celebrar os investimentos expressivos pelo governo do estado. Fazendo um balanço de 2004, a FAPERJ exerceu sua missão de Estado ao apoiar a Ciência e a Tecnologia de forma abrangente, com uma política de fomento robusta e sem perder o foco dos interesses regionais, como se espera de uma agência de fomento científico estadual.

Assim como no restante do país, as necessidades de investimentos são muito altas em todos os setores, incluindo saúde, educação e segurança. O apoio à pesquisa e à inovação pode parecer menos urgente, mas é a única esperança para um futuro de maior desenvolvimento e menor desigualdade social.

A opção de investir em ciência requer uma visão pioneira dos governantes. Poucos são os frutos dos investimentos em pesquisa  colhidos em curto tempo, e mais raros ainda dentro do período de um mandato executivo ou legislativo. Nesse sentido, os 140 milhões aplicados no sistema de C&T do estado do Rio de Janeiro em 2004 foram frutos de um empenho muito grande e de uma visão de política pública do governo do estado.

 

Programas que fortalecem C&T

 

Esse investimento contribuiu para fortalecer os três pilares das atividades de C&T: a formação de recursos humanos, a pesquisa de qualidade nas diversas áreas do saber e as aplicações das descobertas na sociedade. A seguir, destacamos os principais programas em que esses recursos são alocados.

1) Um importante programa de bolsas que abrange desde o aluno do ensino médio até o pesquisador doutor, especialmente na sua fixação no estado. Vale a pena destacar o importante apoio às pós-graduações de excelência mediante o Programa de bolsas de mes­trado e doutorado Nota 10. Além disso, o apoio a programas de pós-graduação emergentes e às universidades estaduais tem sido crucial. Por exemplo, a última avaliação da Capes mostra um aumento médio no conceito dos programas de pós-graduação no Rio de Janeiro.


2) O apoio à pesquisa de excelência, tal como o programa Cientistas do Nosso Estado. Esse é um programa de grande sucesso e que tem a marca do Estado do Rio de Janeiro, tendo sido, inclusive, seguido pelo CNPq, que implantou recentemente as “bolsas grants”.  Em 2004, o Programa Cientistas do Nosso Estado foi expandido de 200 para 300 cientistas apoiados.


Por outro lado, o apoio a um número quase igual de cientistas recém-doutores foi assegurado por meio do Programa Primeiros Projetos, cujo edital teve concorrência superior a 1.100 pesquisadores. Uma comissão de alto nível enfrentou a difícil tarefa de escolher os 277 projetos de maior mérito. Esse edital confirma a vocação da FAPERJ de investir nos jovens e na renovação da ciência, seja em alunos de iniciação científica, pós-graduan­dos ou recém-doutores. Os mais de 800 projetos não-contemplados na seleção possuíam méritos científicos – o que apresenta à FAPERJ o desafio de buscar mais recursos para apoiá-los.


A pesquisa de excelência também teve o seu fomento consolidado com o programa Pronex, uma parceria da FAPERJ com o CNPq. Os 59 grupos de excelência apoiados pela agência pesquisam temas inovadores e de grande importância para o estado do Rio de Janeiro, tais como tuberculose, fár­ma­­cos, catálise para geração de hidrogênio e desigualdade social.


3) O apoio à infra-estrutura de pesquisa do estado através do programa PADCT-RIO. Fruto também de uma parceira com o sistema federal, 2004 foi o ano em que praticamente se completou o pagamento de todos os contemplados em editais anteriores, gerando para o Rio de Janeiro uma infra-estrutura renovada de pesquisa.


4) Duas áreas importantes e de grande impacto também foram apoiadas. Uma foi a pesquisa na área médica, que inclui projetos que destacam o Rio de Janeiro no cenário internacional, como o uso de células-tronco para tratamento de pacientes cardíacos e em outras aplicações de terapia celular. A outra área que teve um importante edital foi a de direitos humanos, uma parceria com a Secretaria de Direitos Humanos. Esse edital, julgado em final de 2004 e  já em fase de pagamento, contemplou 22 pesquisadores.

 

Conjunto de ações estruturantes

 

Os exemplos acima fazem parte de um conjunto amplo de ações estruturantes que consolidam a FAPERJ como agência crucial para o desenvolvimento científico e tec­no­lógico do Rio de Janeiro. Os programas induzidos, tais como os Institutos Virtuais e o Apoio às Entidades Estaduais, demonstram a importância de se fomentar a ciência geral sem perder a perspectiva de priorizar áreas estratégicas e instituições importantes para o desenvolvimento estadual.

Entre os Institutos Virtuais, podemos destacar o de Nano­ciências e Nanotec­nologia (INN), uma das áreas multi­disciplinares mais importantes no mundo moderno. Através do INN, se consolida o esforço cooperativo dentro do Rio de Janeiro para o estudo de objetos com dimensões nanométricas e suas aplicações tecnológicas –  uma atividade inédita no país. O Apoio às Entidades Estaduais representa um vetor de impulso para a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico de instituições cruci­ais para o Rio de Janeiro, como a Pesagro, e as universidades esta­du­ais e centros tecnológicos (Uerj, Uenf e Faetec).

Ainda no apoio a projetos cooperativos, o fomento às redes de genoma e proteoma representa  um importante diferencial. A Rede de Proteômica do Rio de Janeiro funciona como atividade multidisci­pli­nar e multiinsti­tucional. Os temas abordados pela rede de proteoma ­– a primeira a ser configurada no país –, não poderiam ser mais importantes: a dengue, o cólera, toxinas e a bactéria de fixação de nitrogênio da cana-de-açúcar.

 

Apoio de forma continuada


Não cabe aqui uma descrição detalhada dos programas que abrangem mais de 3.000 bolsas e várias centenas de auxílios à pesquisa. A FAPERJ, com o apoio da governadora Rosinha Garotinho, considera fundamental que os setores cultural, empresarial e universitário compreendam a natureza do processo criativo e o apóiem de forma continuada.

O futuro pode ser inventado, não predito. A pesquisa cientifica continuará sendo a esperança do futuro na Medicina, na Engenharia e em outros campos do conhecimento. A Diretoria Científica da FAPERJ se sente prestigiada pela atenção direcionada pelo governo do estado à área cientifica.


É igualmente recom­pensadora a resposta positiva da comunidade científica: os pesquisadores têm sido generosos em compreender que nem sempre é possível atender a todos os projetos meritórios. Essa comunidade, em diversas ocasiões, manifesta o seu apoio à FAPERJ, respondendo de forma responsável a um investimento de recursos que representam uma fração importante do orçamento do estado. O retorno, seja na forma de divulgação e educação cientifica, seja na forma de aplicações diretas na melhora das condições de vida e no desenvolvimento estadual, tem sido crescente.


Por último, faço um apelo para que espantemos as bruxas e reconheçamos que o Rio de Janeiro, além de sua paisagem paradisíaca, possui grande densidade intelectual e científica e apresenta um elevado crescimento na produção de conhecimento, tanto do ponto de vista quantitativo como qualitativo. Juntamente com universidades, institutos de pesquisa e empresas de alta tecnologia, a FAPERJ, como agente essencial deste desenvolvimento, está imbuída da sua missão pública de melhorar as condições de vida da população do Estado do Rio de Janeiro.

 

* Jerson Lima Silva é diretor-científico da FAPERJ desde fevereiro de 2003.

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