O seu browser não suporta Javascript!
Você está em: Página Inicial > Rio de Janeiro contra a dengue
Publicado em: 28/11/2002
ATENÇÃO: Você está acessando o site antigo da FAPERJ, as informações contidas aqui podem estar desatualizadas. Acesse o novo site em www.faperj.br

Rio de Janeiro contra a dengue

Em 1986 foram notificados no estado do Rio de Janeiro 32.507 casos de dengue. Em 2002, até o mês de junho, 249.218 já haviam casos registrados. O aumento é impressionante, mas o crescimento não é gradativo, variando muito de ano a ano e em períodos de cada ano, devido aos surtos epidêmicos. É o que evidencia o trabalho "Incidência de Dengue no Estado do Rio de Janeiro – 1986 à 2002", de Gualberto Teixeira dos Santos Junior e Sergio Ferreira Romariz, ambos da Assessoria de Doenças Transmitidas por Vetores e Zoonoses da Secretaria Estadual de Saúde, e Paulo Sabroza, da Fiocruz. Os pesquisadores organizaram em mapas e tabelas os dados sobre a incidência da doença ao longo desses 16 anos. O trabalho está disponível em formato PDF no especial sobre dengue do site da SES.

  
A incidência de dengue no estado do Rio de Janeiro em 1986 e até junho de 2002. 
Clique nas imagens para vê-las ampliadas.

Os surtos se devem a diversos fatores, como a reprodução do mosquito Aedes aegypti, também transmissor da febre amarela, e a circulação de pessoas vindas de áreas endêmicas trazendo o vírus causador da dengue, da família dos flavivírus

Diagnóstico rápido e barato

                                                                                               Foto: Peter Illicciev/Fiocruz  
O avanço no diagnóstico da doença e a notificação compulsória (todos os médicos devem notificar os casos às secretarias municipais de saúde) também contribuem para o aumento das notificações. A Bio-Manguinhos, unidade produtora de vacinas e reagentes da Fundação Oswaldo Cruz, tem papel fundamental nesse aspecto. Ela lançou este ano um novo kit de reagentes capaz de detectar os anticorpos para três sorotipos do vírus da dengue 1, 2 e 3  (são 4) e treinou técnicos dos 20 laboratórios centrais dos principais estados do Brasil para sua utilização.

Segundo a Fiocruz, com o kit o diagnóstico fica pronto em quatro horas, muito menos do que os dois dias que eram necessários nos laboratórios públicos, e custa ao Ministério da Saúde apenas R$ 3,50. No pico das epidemias, os governos compravam kits comerciais, mais rápidos, a R$ 17 cada. 

Vacina e controle do vetor

Para integrar os trabalhos realizados na Fiocruz foi criada a Rede Cooperativa em Dengue do Programa de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em Saúde Pública (PDTSP) da Fundação, que realizou em agosto uma oficina onde foram apresentadas as diversas linhas de pesquisa.

O desenvolvimento de uma vacina eficaz é um problema tecnológico, pois ela deve conter quatro tipos de vírus e precisa ser previamente manipulada para ter suas virulências reduzidas ou eliminadas. Como os resultados ainda não permitem definir com certeza quando vacinas eficazes e seguras estarão disponíveis para dengue, o combate aos vetores é fundamental. 

Foto: Genilton Vieira/Fiocruz
Clique para ampliar
Segundo Eduardo Costa, sanitarista da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, em 1986, em Nova Iguaçu, 28% dos domicílios e 100% das borracharias da via Dutra tinham larvas do mosquito. "Como não temos uma vacina eficiente, a variável estratégica para o controle da dengue é o combate aos vetores, em particular o Aedes aegypti, o que torna a história da dengue para nos, uma história do mosquito e do seu combate, objetivando interromper a transmissão da dengue e, também evitar epidemias de febre amarela urbana, já que o vetor é o mesmo", afirma o especialista em artigo publicado no especial sobre dengue da Fiocruz.

O Departamento de Entomologia do Instituto Oswaldo Cruz e o Instituto de Pesquisas Clínicas Evandro Chagas, d a Fiocruz, assessoram a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro na formulação de uma política de prevenção e combate à doença. O site da SES também disponibiliza em formato PDF informações sobre o isolamento viral da dengue no estado, de 1993 a 2002 e um guia detalhado sobre a conduta clínica a ser seguida.

Já a Funasa promove o Programa Nacional de Controle da Dengue. O site informa o que saber e o que fazer contra a doença, fornece uma cartilha para médicos, apresenta as diretrizes técnicas para elaboração de planos de contingência para assistência de pacientes com dengue e um roteiro para capacitação de profissionais médicos no diagnóstico e tratamento da dengue

Para informar a população sobre como evitar a propagação do mosquito e o que fazer em caso de suspeita de dengue, as universidades têm lançado especiais online para a conscientização. Algumas boas fontes são o Centro de Informação em Saúde para Viajantes da UFRJ e o site da Brigada anti-dengue da Coppe, composta por funcionários da Coppe e do Centro de Tecnologia da UFRJ. 

Outra iniciativa de conscientização é o especial contra dengue do Espaço Funcamp de Políticas Públicas, que criou um jogo de perguntas e respostas que pode ser baixado (em PDF) e impresso para que seja jogado em escolas e outras organizações sociais.

Dengue no mundo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 80 milhões de pessoas se infectem anualmente, em 100 países, de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em conseqüência da dengue. O Centro de Controle de Doenças dos EUA também desenvolve estudos na área.

 

Compartilhar: Compartilhar no FaceBook Tweetar Email
  FAPERJ - Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro
Av. Erasmo Braga 118 - 6º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ - Cep: 20.020-000 - Tel: (21) 2333-2000 - Fax: (21) 2332-6611

Página Inicial | Mapa do site | Central de Atendimento | Créditos | Dúvidas frequentes