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Publicado em: 08/08/2013
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Para evitar que a chuva cause novas tragédias

Divulgação/ITR/UFRRJ 
       
 Marcelo Cid de Amorim e o Vant que servirá para mapear o
  solo e prevenir que fortes chuvas causem novas tragédias


Todos os anos, uma estatística trágica e recorrente coincide com a chegada das chuvas de verão. Os temporais que em 2010 atingiram os municípios fluminenses de Niterói e Angra dos Reis, deixando milhares de desabrigados e centenas mortos, voltaram a se repetir, de forma ainda mais devastadora, um ano depois, na região serrana fluminense, que já havia sido devastada por deslizamentos em 2009. Em 2013, foi a vez do o bairro Quitandinha, no município de Petrópolis, registrar mais um grave acidente. Para evitar a ocorrência de desastres como esses pelo País, o governo federal sancionou, em abril de 2012, a Lei 12.608, base para o Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais. Com isso, incentiva-se o mapeamento de áreas de risco, melhorando a rede de decisão nos municípios, e o fortalecimento da defesa civil.

"Investimentos feitos pelo governo federal vêm revolucionando a previsão do tempo e as pesquisas sobre o clima do País, com previsões de tempo de melhor qualidade e com mais dias de antecedência", explica o engenheiro agrônomo Marcelo Cid de Amorim, professor do Instituto Três Rios (ITR) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), que resolveu empregar um Veículo Aéreo Não-Tripulado (Vant) para mapear e garantir maior precisão nas análises de aclives e declives de relevo que favoreçam o deslocamento de massas de terra por ocasião de chuvas fortes. O veículo foi adquirido com recursos do edital Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico Regional, da FAPERJ.

"Hoje, é possível saber a quantidade e localização das chuvas, além da ocorrência de eventos extremos como chuvas intensas, granizo, nevoeiros, ventos fortes e até ocorrência de queimadas, graças ao novo supercomputador, batizado de Tupã, instalado no CPTEC/Inpe, em Cachoeira Paulista", afirma o pesquisador. Estas previsões de tempo e clima chegam para sociedade de forma simples, objetiva e, na maioria das vezes, em formato que permite ações ao alcance de quaisquer municípios. "O problema, neste caso, está nos municípios, que na maioria dos casos não mantêm no quadro funcional, técnicos capazes de tirarem proveito dessas informações. Logo, cabe investir em capacitação e tecnologias", diz.

 Divulgação/Prefeitura

           
      A cidade fluminense de Três Rios está localizada numa das regiões
        do Brasil mais sujeitas a chuvas intensas e quedas de barreiras
"No caso da UFRRJ, a implantação do Instituto Três Rios e em especial o curso de gestão ambiental, numa das regiões no Brasil mais críticas a chuvas intensas e quedas de barreiras, foi uma iniciativa fundamental, pois, nós, professores não poderíamos está inerte a situação. Este quadro, naturalmente, torna-se um dos melhores laboratórios ou ambientes do mundo para promover pesquisas na prevenção e avaliação de impactos de desastres naturais", recorda Amorim. "A aquisição do Vant foi mais um grande impulso nesse sentido. Trata-se de uma poderosa ferramenta para geoprocessamento, sensoriamento remoto, topografia e outras geotecnologias", explica. Segundo ele, o modelo SenceFly adqurido será capaz de varreduras, ou coleta de dados de áreas na ordem de 200 hectares por lançamento.

"Até o final do ano, estimamos mapear mais de 30 mil hectares de áreas consolidadas como críticas ou em situação de risco iminente em todos os municípios do estado inseridos no Programa Nacional de Desastres Naturais", afirma Amorim. Como ele explica, "o Vant será empregado não apenas para mapear e garantir maior precisão nas análises das faixas íngremes do relevo que favoreçam o deslocamento de massas de terra por ocasião de fortes chuvas, mas também para identificar construções em áreas sujeitas à queda de barreiras, inundações e demais impactos no espaço urbano".

Amorim conta que o pequeno avião chegou à universidade em maio de 2013. Em meados de junho, professores e alunos da universidade, assim como técnicos da Defesa Civil dos municípios mapeados passaram por um curso de capacitação. "A ideia é que os estudantes possam ajudar, visitando as prefeituras para acompanhar, monitorar e coletar outros dados para identificar problemas socioambientais", afirma.

Atualmente, a equipe coordenada por Amorim está concluindo um cronograma de atividades de mapeamento e de visitação a cada um dos catorze municípios fluminenses, que terá início em setembro e deverá estar concluído antes do final do ano. "Nosso objetivo é encerrar essas visitas e processar as informações coletadas pelo Vant ainda este ano para que possamos elaborar um primeiro diagnóstico e um plano de ação já para 2014", destaca. E acrescenta: "Além de contribuir para tornar o aprendizado dos estudantes do curso menos teórico e mais prático, nosso objetivo é que, com o projeto, a universidade amplie cada vez mais os seus horizontes e possamos efetivamente produzir melhoria e qualidade de vida para sociedade".

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