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Publicado em: 24/05/2007
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Pesquisa investiga comércio e aspectos genéticos de frutas do Rio

Alcílio Vieira 

 

 Feiras livres: bagos de jaca
 são vendidos em saquinhos


Abiu, kinkan, atemóia, carambola e figo-da-índia. Frutas consideradas exóticas para grande parte da população, elas têm caído cada vez mais no gosto do carioca. Popularização que tem se traduzido num aumento de 20% ao ano na comercialização. A constatação é parte de um estudo desenvolvido com o apoio da FAPERJ pelo agrônomo Alcílio Vieira, que passou 12 meses investigando a produtividade e os aspectos genéticos de frutas comercializadas no estado, na estação experimental de Macaé da Pesagro-Rio (Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro). Os resultados do estudo possibilitaram a criação do único Banco Ativo de Germoplasma (BAG) de fruteiras silvestres, nativas e exóticas, reconhecido pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) - órgão regulador do setor no país -, e tem auxiliado pesquisadores de universidades, produtores de frutas, órgãos públicos e privados do estado.

Durante a pesquisa, Vieira fez visitas mensais a quatro locais diferentes: boxes de polpas congeladas e ao natural da Ceasa (Central de Abastecimento), no bairro de Irajá, hortifrutis, supermercados e feiras livres. Durante as visitas, o agrônomo comprava frutas, identificava os locais em que as encontrava e como era feito o comércio, se em polpa ou ao natural. "Esta etapa foi muito importante. Os dados do estado indicam que se trata de um comércio em expansão, que até o momento vem crescendo a 20% ao ano. São acerolas, jabuticabas, melancias baby, melões net, melões pele-de-sapo ou espanhol, miniabacates ou avocados, pinhas e romãs, entre outras. Várias delas são espécies vindas do Nordeste, embaladas na Ceasa de São Paulo e levadas para a Ceasa de Irajá, que as distribui para o comércio varejista, casas de sucos e a Cadeg (Centro de Abastecimento do Estado da Guanabara), onde são compradas pelo feirante", explica Vieira.

Além do aspecto econômico, o agrônomo estudou, no laboratório da Pesagro-Rio, fatores como porcentagem de polpa, peso, tamanho, diâmetro, coloração externa e interna, aroma, incidência de pragas e doenças, produtividade, acidez e açúcares. Ou seja, a base genética destas frutas. O material tem sido usado para auxiliar diversos trabalhos. "Na Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), por exemplo, estão usando essas informações para ajudar nas pesquisas de melhoramento de frutos e combate a pragas e doenças", explica o agrônomo.

Pesquisa verificou a existência de um mercado garantido para jabuticaba e sirigüela

Com base em suas conclusões, Alcílio Vieira aconselhou a introdução e plantio do durian, cujas variedades americanas já são plantadas no Brasil. "Também verificamos a existência de um mercado garantido para a jabuticaba e a sirigüela, cujas épocas de concentração ocorrem em setembro, outubro e novembro", diz. O agrônomo constatou ainda a importância de se introduzir e selecionar novas variedades de romã, carambola, abiu e jambo no comércio local.

Ao longo da pesquisa, Vieira verificou a existência de 45 espécies de frutas distintas, comercializadas ao natural na cidade do Rio em ao menos um dos quatro locais estudados. A venda de jacas, por exemplo, foi encontrada somente nos hortifrutis. "Nas feiras livres, provavelmente devido ao peso, espaço limitado das barracas e alto grau de deterioração da fruta, encontramos apenas os bagos da jaca, separados e embalados em sacos plásticos. Isso facilita o transporte e a satisfação do consumidor, agregando valor ao produto", exemplifica Vieira.

Mas nem tudo são flores, quer dizer, frutas. Vieira constatou a precariedade com que elas são vendidas no Rio, ao contrário de São Paulo, onde são bem embaladas. "Aqui elas são colocadas de qualquer jeito, o que faz com que muitas se estraguem. Além de trazer prejuízo ao comércio, essa falta de zelo faz com que elas percam parte de seu potencial de comercialização", lamenta o agrônomo. Para alegria dos comerciantes, mesmo amassados - e, às vezes, até estragados - muitas frutas ainda encontram comprador.

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