O seu browser não suporta Javascript!
Você está em: Página Inicial > Comunicação > Arquivo de Notícias > Pesquisadores da Uerj definem eixos de estudo sobre a violência
Publicado em: 15/02/2007
ATENÇÃO: Você está acessando o site antigo da FAPERJ, as informações contidas aqui podem estar desatualizadas. Acesse o novo site em www.faperj.br

Pesquisadores da Uerj definem eixos de estudo sobre a violência

O clima de comoção que tomou conta do país após a morte do pequeno João Hélio, cuja missa de sétimo dia reuniu nesta quarta-feira, dia 14 de fevereiro, no centro da cidade, a família do menino e familiares de vítimas de violência, já pressiona representantes dos três poderes a se engajarem em ações que possam contribuir para conter a violência em algumas das principais capitais brasileiras. O recém-empossado Governo do Estado do Rio de Janeiro, no entanto, saiu na frente ao lançar no mês passado projeto de parceria entre representantes do executivo estadual e pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) especializados no tema. No mesmo dia em que os fiéis rezavam pela alma de João na Igreja da Candelária, integrantes do corpo docente da universidade voltavam a se reunir para definir os principais eixos do trabalho a ser realizado por pesquisadores daquela instituição com o objetivo de subsidiar o governo do estado com informações que possam contribuir para um diagnóstico da situação atual na área de segurança pública no Estado do Rio.

A iniciativa de reunir 15 pesquisadores da Uerj com representantes das secretarias de Ciência e Tecnologia e de Segurança Pública, e da Academia Militar, partiu do deputado Alexandre Cardoso, desde o dia 3 de janeiro o novo titular da área científica e tecnológica do governo do estado. A reunião inaugural para debater o assunto aconteceu no dia 29 de janeiro. A FAPERJ, que apóia a iniciativa, deverá disponibilizar os recursos necessários para a realização dos trabalhos.

Nesta quarta-feira, depois de um dia inteiro de debates, o sub-reitor de Extensão e Cultura da Uerj, João Regazzi, afirmou que a parceria inaugura uma nova época  nas relações entre o estado e a academia. “Tenho certeza de que começamos a superar um fator inercial na instituição e que essa iniciativa representa uma oxigenação que promete os melhores resultados”, disse.

O documento final apresentado pelo grupo de pesquisadores inclui três eixos principais de pesquisa: violência doméstica; polícia; e homicídios e agressões. Nos próximos dias, os pesquisadores deverão se agregar a uma ou mais áreas desses temas de acordo com suas competências. A sub-reitora de Pesquisa e Pós-graduação, Albanita Viana de Oliveira, que também acompanhou os debates, disse que o país começa a acordar para o fato de que não demos conta dos problemas sociais e econômicos que hoje nos afligem. “Precisamos convocar a competência instalada em nossos centros de pesquisa para ajudar a resolver esses novos desafios”, disse.

Escolhido para fazer um resumo dos debates ocorridos ao longo do dia, João Trajano Santo-Sé, do Departamento de Ciências Sociais do IFCH (Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Uerj), afirmou que além dos três eixos definidos como orientadores do trabalho, os pesquisadores, em colaboração com integrantes das forças de Segurança Pública, poderão investigar os dados disponibilizados pelo projeto conhecido como delegacia legal. “Outra forma de contribuição seria determinar as áreas prioritárias para investimento por parte do governo de estado, com ênfase na qualificação e formação dos que atuam na área de segurança pública.

A delegada Edna Pinto de Araújo, assessora de planejamento da Polícia Civil, deixou a reunião satisfeita com os resultados obtidos. “Foi um dia extremamente proveitoso para estreitar os laços com esse corpo altamente qualificado de docentes da universidade, que certamente irão nos ajudar a desenvolver um trabalho de qualidade nessa parceria inédita entre a polícia e a área acadêmica”, disse.

A reunião contou ainda com a participação de Alba Zaluar, coordenadora do Nupev (Núcleo de Pesquisa das Violências da Uerj); Aureanice de Mello Correa, do Departamento de Geografia; Stella Taquette, do Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente (Nesa) da Faculdade de Ciência Médicas; Ignácio Cano, do Departamento de Ciências Sociais do IFCH (Instituto de Filosofia e Ciências Humanas); Emílio Dellasoppa, do Departamento de Política Social da Faculdade de Serviço Social; Michael Reichenheim, pesquisador do Programa de Investigação epidemiológica em Violência Familiar do Nupev; Claudia Leite de Moraes e Guilherme Werneck, ambos do Departamento de Epidemiologia; Mário Monteiro, do Departamento de Planejamento e Administração de Saúde; Maria Luiza Bustamante Pereira de Sá, do Departamento de Psicologia Clínica; Geraldo Tadeu Monteiro, do Departamento de Disciplina Básica; Maria Helena Hasselmann, do Instituto de Nutrição Social; e Kaizô Beltrão, do programa de Pós-Graduação da Faculdade de Direito.
Compartilhar: Compartilhar no FaceBook Tweetar Email
  FAPERJ - Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro
Av. Erasmo Braga 118 - 6º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ - Cep: 20.020-000 - Tel: (21) 2333-2000 - Fax: (21) 2332-6611

Página Inicial | Mapa do site | Central de Atendimento | Créditos | Dúvidas frequentes