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Publicado em: 06/07/2006

Evento apoiado pela FAPERJ debate cartografia digital do solo

Pesquisadores na área de ciência do solo, provenientes de 18 países, estiveram reunidos na quarta-feira, 5 de julho, no salão nobre do Serviço Geológico do Brasil, no Rio de Janeiro, para abertura do 2nd Global Workshop on Digital Soil Mapping, promovido pela Embrapa Solos e Serviço Geológico do Brasil, com apoio da FAPERJ. Até o próximo dia 7, eles vão debater um tema relativamente novo para a comunidade científica mundial: Modelagem Quantitativa e Cartografia Digital de Solos, com enfoque nas regiões e países com esparsa infra-estrutura de banco de dados espaciais.

 

Presente à cerimônia, o diretor-presidente da fundação, Pedricto Rocha Filho, ressaltou a importância do desenvolvimento de métodos e suportes digitais para o mapeamento do solo. “Ao viabilizarem um conhecimento mais detalhado dos terrenos, esses métodos permitem realizar um manejo mais eficiente de suas características, que concilie, ao mesmo tempo, formas de preservação e sustentabilidade”, destacou.

 

A cerimônia também contou com as presenças de Eduardo Cavalcanti, representante da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Alfred Hartmink, da União Internacional de Ciência do Solo, e Alex Mc Bratney, diretor do Australian Center for Precision Agriculture.

 

O encontro é uma oportunidade de vencer um dos grandes desafios do campo de estudo: fazer convergir os pesquisadores envolvidos, para troca de experiência e compartilhamento de informações, que se encontram hoje bastante dispersas no Brasil e no mundo. O campo de estudos ainda é recente. De acordo com Philippe Lagacherie, pesquisador do INRA (Institut National de la Recherche Agronomique), as primeiras publicações sobre cartografia digital de solos datam de 1991. Apenas em 2003, a atividade foi considerada parte da chamada ciência do solo.

 

Pesquisadora da Embrapa Solos e coordenadora do evento, Maria de Lourdes Mendonça frisou a diversidade dos convidados presentes: “Aqui há pesquisadores que atuam nos campos, nos laboratórios, com novas tecnologias, pessoas que lidam com hardwares e softwares, para falarmos sobre o futuro do mapeamento de solos, que se dará por suportes digitais”. O encontro, de acordo com Maria de Lourdes, seria uma grande fonte de novas idéias e insights, que enriquecerão a área de pesquisa.