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Publicado em: 06/07/2006
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Uenf aposta no capim-elefante para elevar produção de leite e carne

Marina Ramalho

 

Na busca de elevar a produção de leite e carne em Campos dos Goytacazes, a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), está implantando um projeto que aposta no melhoramento do capim-elefante para sua introdução nos pastos da região. A pesquisa, apoiada pelo Programa Pronex, da FAPERJ, pretende contornar a queda de cerca de 30% na produção local de leite, detectada nos últimos anos devido ao ataque da praga Blissus às pastagens.

 

De acordo com José Fernando Coelho da Silva – coordenador do projeto Introdução, Avaliação, Seleção e Cinética Ruminal de Genótipos de Capim-Elefante em Campos dos Goytacazes –, a utilização de plantas forrageiras que apresentam alto potencial de produção é uma alternativa para aumentar, de forma significativa, a produção de leite e carne com redução de custos na alimentação dos ruminantes.

 

A pesquisa apoiada pela FAPERJ integra um projeto de âmbito nacional da Embrapa Gado de Leite, que visa alterar geneticamente o capim-elefante de modo que as cultivares se adaptem às condições de diferentes regiões onde serão implantadas, como Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, além de Campos. A região norte fluminense apresenta 60% de suas atividades direcionadas para a cultura da cana-de-açúcar e 40% voltadas para a pecuária, tanto de corte como de leite. Mas, para José Coelho, o volume da produção pecuária ainda é relativamente baixo.

 

 

Por isso, o grupo liderado por ele e pelo professor Hérnan Maldonado Vásquez, que atua no setor de Forragicultura e Nutrição de Ruminantes, do Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias da Uenf, vem trabalhando intensamente à procura de novas cultivares de gramíneas e leguminosas forrageiras que se adaptem às condições de clima, solo, chuva, temperatura e insolação de Campos dos Goytacazes.

 


 

Melhoramento genético alia vasta produção das forrageiras com alto valor nutricional

 

O capim-elefante é considerado uma das mais importantes forrageiras tropicais, com capacidade de adaptação à maioria dos ecossistemas brasileiros e potencial de gerar uma vasta produção por área cultivada. Em maio desse ano, uma parceria entre Uenf, Governo do Estado, Instituto Nacional de Eficiência Energética e a termelétrica Termorio lançou um projeto piloto, em que a espécie será cultivada no município de Conceição de Macabu como matéria-prima para geração de energia elétrica. O capim-elefante também é comumente empregado na formação de capineiras e pastejos rotativos.

 

No entanto, problemas relacionados ao tipo de planta, forma de propagação e concentração de sua produção no verão têm causado dificuldades ao seu uso para alimentação do gado em Campos. O trabalho de melhoramento genético do capim-elefante, a cargo da Embrapa Gado de Leite, visa produzir cultivares que contornem essas limitações e proporcionem a grande produção que lhe é característica, combinada a um alto valor nutritivo – fator essencial ao aumento da produção de leite e ao incremento da produção animal por área.

 

O desafio precisará levar em conta, ainda, as peculiaridades da região de Campos, que apresenta solo e lençol freático rasos por se encontrarem a nível do mar, entre outras particularidades. José Coelho explica que inicialmente serão avaliados 49 materiais genotípicos, obtidos pelo programa de melhoramento da Embrapa. As mudas que passaram pelo processo de melhoramento já foram plantadas e o grupo se prepara para o início da coleta. Em seguida, as cultivares mais bem adaptadas serão avaliadas sob condição de corte e pastejo.

 

“Vamos analisar se o melhor procedimento para a alimentação dos ruminantes será cortar o capim e levá-lo ao estábulo, ou se o gado será conduzido ao campo para pastejar. Precisamos também associar esses resultados à viabilidade econômica de cada método, pois, no primeiro caso, o processo pode sair muito caro pois envolve mais mão-de-obra”, pondera.

 

Ele acrescenta que também estão previstos ensaios com irrigação nos quais será avaliado o manejo da água no sistema solo-planta. Tudo para proporcionar à região uma maior diversificação de plantas forrageiras adaptadas às condições locais.

 

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