Por Ascom Faperj
A FAPERJ divulgou, nesta quinta-feira, 13 de maio, o resultado final do Edital FAPERJ N.º 06/2020 – Programa de apoio a “Redes de Monitoramento de derramamento de óleos em ambientes marinhos: prevenção e controle”. Foram aprovadas 11 redes que têm coordenação e subcoordenação de diversas instituições, a saber: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) e Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM).
Todos os projetos foram julgados por um comitê de avaliação externa. As redes estão associadas a diversos laboratórios e contam com a participação de 181 pesquisadores vinculados às mais qualificadas instituições fluminenses. Nessas redes estão contempladas bolsas de Treinamento e Capacitação Técnica (TCT) e de pós-doutorado, além de recursos para custeio de equipamentos para os laboratórios de pesquisa associados às redes. As pesquisas também contarão com a participação do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Ciências do Mar de Estudos dos Processos Oceanográficos Integrados da Plataforma ao Talude (INCT-PRO-OCEANO), coordenado por Ricardo Coutinho, à frente de uma das redes contempladas.
O derramamento de óleo que recentemente ocorreu no Nordeste e se espalhou até o Sudeste causou, e continua causando, grandes prejuízos ambientais, à saúde, sociais e econômicos. O desastre mostrou que o Brasil não tinha grupos de pesquisas estruturados em instituições públicas ou privadas para o enfrentamento de desastres em ambientes marinhos com petróleo. Este episódio foi determinante para que a FAPERJ lançasse esse Edital e pudesse contirubuir para o monitoramento dos desastres ambientais.
Segundo o assessor especial da presidência da FAPERJ, professor Vitor Ferreira, "o conhecimento científico é o principal mecanismo para proteger a sociedade e promover o desenvolvimento da ciência e a tecnologia e, consequentemente, ampliar a criação de empregos e promover a qualidade de vida”.
Essas redes foram formadas a fim de usar o conhecimento científico para desenvolver soluções no monitoramento, prevenção e controle de derramamento de óleos em ambientes marinhos, monitoramento de hidrocarbonetos poliaromáticos (HPAs) em pescados, mitigação biotecnológica dos impactos de vazamentos de óleo no mar, biomonitoramento e/ou a biorremediação de ambientes marinhos contaminados com petróleo, materiais adsorventes (celulose microfibrilada) para recuperação de contaminantes de hidrocarbonetos aromáticos, policíclicos e remediação de áreas contaminadas por óleo, susceptibilidade ambiental, social e econômica da Baía da Ilha Grande ao derramamento e à presença de óleo no mar e possíveis cenários da contaminação por óleo no litoral do Rio de Janeiro, com desenvolvimento de um Plano de Contingência Estadual.
O presidente da FAPERJ, Jerson Lima, destaca que a divulgação do resultado do edital é importante, pois o Rio de Janeiro é o estado onde ocorre a maior extração de petróleo do mar e está sujeito a desastres de derramamento de óleo e, portanto, deve ter grupos estruturados para atender rapidamente essas emergências e atuar na prevenção. “O trabalho de pesquisa em rede é uma forma de organização moderna e flexível para se desenvolver pesquisas participativas, visando resolver problemas, criar e aplicar conhecimentos. O papel das redes nos processos de geração de conhecimento, juntamente com sua multiplicação e internacionalização, nos convida a refletir sobre a sua dinâmica e impactos esperados na criação de conhecimento”, disse.
"É importante que se busque o incentivo e o domínio no compartilhamento do conhecimento científico, com redução de sobreposições e com o emprego eficiente da força de trabalho e dos recursos materiais e financeiros disponíveis, que permitirá, assim, a obtenção de respostas consensuais e rápidas, na eventualidade de incidentes por derramamento de óleo no mar”, destacou Lima. “As redes aprovadas permitirão a formação de sinergias importantes, como no caso dos trabalhos realizados pela da Comissão Técnico-Científica para o Assessoramento e Apoio das atividades de Monitoramento e a Neutralização dos Impactos Decorrentes da Poluição Marinha por Óleo e outros Poluentes na Amazônia Azul (ComTecPolÓleo), liderada pela Marinha do Brasil”, acrescentou.
O secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Dr. Serginho, ressalta que a pasta está cada vez mais empenhada em custear estudos que visam proteger desastres ambientais. "Nosso Estado produz mais de 75% do petróleo brasileiro extraído de águas profundas e ultraprofundas (pré-sal) e editais como este só têm a contribuir para a preservação da nossa fauna e flora brasileira. A formação de redes e grupos de pesquisas possibilitam a proteção e prevenção de problemas como o derramamento de óleo em ambientes marinhos. A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio da FAPERJ, continuará incentivando projetos e estudos com novas tecnologias visando diminuir o impacto ambiental, econômico, social que é incontestável quando um desastre deste ocorre”, afirmou.
Confira abaixo os projetos contemplados:
Resultado final: Edital FAPERJ N.º 06/2020 – Programa de apoio a “Redes de Monitoramento de derramamento de óleos em ambientes marinhos: prevenção e controle
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