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Publicado em: 20/10/2016
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Final da Euraxess Science Slam Brasil: ciência também é diversão e arte

Danielle Kiffer

       
Os finalistas do concurso ganharam o Dicionário da Política
Republicana do Rio de Janeiro, editado com 
recursos da
FAPERJ
(Fotos: Bruno Ribeiro/Ascom da ABC) 
 

Da serpente do paraíso, explicando o que é mito, até o incrível Hulk reclamando da presença de cádmio – um metal nocivo para a saúde – na tinta verde que usa, o Euraxess Science Slam Brasil 2016 mostrou que fazer ciência pode ser realmente divertido. Mesmo sendo um grande concurso científico, o evento promovido pela Euraxess Links Brazil, com apoio da FAPERJ e da Academia Brasileira de Ciências (ABC), nessa quarta-feira, 19 de outubro, no Lapa Café, foi uma noite em que predominou o bom humor. Estiveram presentes jornalistas e cientistas, entre eles, o presidente da ABC, Luiz Davidovich, e o pesquisador Stevens Rehen, do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias (LaNCE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Representando a FAPERJ, marcaram presença o assessor da Diretoria de Tecnologia, Paulo Buarque Guimarães, e a assessora de Relações Internacionais, Priscilla Haddock-Lobo.

O grande vencedor dessa edição do concurso foi André Azevedo da Fonseca, pesquisador em História Cultural e Comunicação e professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Com muita irreverência e criatividade, Azevedo apresentou sua pesquisa Imagens e mitos do fascínio tecnológico, ao mesmo tempo em que exibia um vídeo interativo, falando sobre a transição entre a demonização das tecnologias – simbolizada pela criação do Frankenstein, o monstro inventado por Mary Shelley – e sua atual idolatria, representada pela maçã, uma das marcas mais reverenciadas do mundo tecnológico, a Apple. Para isso, em sua apresentação, o pesquisador utilizou recursos de edição que deram vida e movimento às mais diversas figuras. A serpente do Paraíso, por exemplo, explicou o que é mito, enquanto a figura do próprio Carl Gustav Jung (1875-1961) aparecia citando partes de sua obra O homem e seus símbolos, incluindo Nietzsche (1844-1900) e outras personalidades importantes. 

Como foi o vencedor, o pesquisador ganhou uma viagem até o instituto de pesquisa de sua escolha na Europa, onde poderá reunir-se com seus pares e discutir oportunidades de colaboração e mobilidade futuras. Azevedo escolheu a Universidade de Oxford, na Inglaterra, onde aproveitará a oportunidade para identificar lacunas em sua pesquisa. “Quero ver se há contradições e elementos que devo excluir da pesquisa. Além disso, um intercâmbio com pesquisadores de uma instituição de outro país é sempre muito enriquecedor”, diz Azevedo. Sobre a participação no concurso, ele define: “Foi uma experiência única e inesquecível.”

Luiz Davidovich: para o presidente da ABC, o evento
incentiva novas maneiras de divulgar ciência

Além de Azevedo, os outros quatro finalistas foram Gabriel Poesia Reis e Silva, mestrando em ciência da computação da Universidade Federal de Minas Gerais, (UFMG); Alessandra Xavier Bueno, mestranda em saúde coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Bruna Medeiros de Araujo, mestranda em alimentos, nutrição e saúde da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); e Diego Nogues, mestrando em desenvolvimento territorial sustentável, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Eles falaram sobre seus temas de pesquisa, como a importância de sistemas de computador; políticas públicas mais responsivas; sobre como certas substâncias encontradas na polpa da palmeira juçara conseguem anular os efeitos nocivos do cádmio no organismo humano; e sobre a importância da aproximação entre população e natureza, valorizado atividades artesanais, como a pesca, usada por populações ribeirinhas para seu próprio sustento. 

Depois da apresentação, Davidovich, um dos integrantes do júri, destacou que o evento é importante, na medida em que demonstra e incentiva novas maneiras de se comunicar ciência. “É uma grande felicidade que a ABC apoie o evento. Isso porque, para nós, cientistas, é muito importante saber divulgar nosso trabalho. Além disso, também é imprescindível que todo mundo, sobretudo os jovens estudantes, saiba o quanto é divertido fazer ciência. Assim, se sentirão estimulados a seguir esse caminho. Com certeza, nós, cientistas, nos divertimos muito”, finaliza.

Outro integrante do corpo de jurados, Stevens Rehen ressaltou: “Achei incrível esse evento. Porque, tanto quanto fazer ciência, os cientistas também precisam saber se comunicar bem para que a difusão científica aconteça. E, com concurso do Euraxess, estamos, de certa forma, resgatando a ciência sem estigmas, aproximando sociedade e ciência.” Também participaram do júri Ana Lucia Azevedo, jornalista do jornal O Globo; e Atila Iamarino, biólogo, doutor em microbiologia, um dos criadores do Scienceblogs Brasil, além de colaborador e apresentador dos vídeos do canal Nerdologia do YouTube.

No final, a assessora de Relações Internacionais da FAPERJ, Priscilla Haddock-Lobo, representando a diretoria da Fundação, entregou, a cada um dos cinco finalistas, o Dicionário da Política Republicana do Rio de Janeiro, publicado pela editora da Fundação Getúlio Vargas, com financiamento da FAPERJ.

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