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Publicado em: 13/03/2015
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Cerimônia de entrega de outorgas sela parceria entre FAPERJ e Instituto D’Or

O presidente da Fundação, Augusto C. Raupp, discursa
durante a cerimônia que lotou o auditório do Idor
           (Foto: Lécio Augusto Ramos)

Em uma iniciativa que reafirma o compromisso da FAPERJ com o desenvolvimento da área de saúde, a Fundação realizou nesta quinta-feira, dia 12 de março, a cerimônia de entrega dos termos de outorga dos pesquisadores contemplados no Programa de Apoio à Realização de Pesquisas Clínicas e Translacionais no Estado do Rio de Janeiro. A cerimônia ocorreu na sede do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor) – , que pertence à Rede D'Or São Luiz de hospitais –, no bairro de Botafogo. Lançado em 2014, em uma parceria inédita da FAPERJ com o Idor, o edital vai repassar investimentos da ordem de R$ 10 milhões para pesquisas. O volume de recursos do programa será dividido por ambas as instituições, em partes iguais. A solenidade contou com a presença do governador Luiz Fernando Pezão.

O programa selecionou seis projetos, dos quais três tiveram origem na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); dois, no Instituto D'Or; e mais um, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Durante a cerimônia, os termos de outorga foram entregues aos seis pesquisadores contemplados. São eles: Stevens Rehen, coordenador de pesquisa do Idor e pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Ricardo de Oliveira Souza, do Idor; Renata Mello Perez, da Fiocruz; Patricia Torres Bozza, da Fiocruz; Helena Lobo Borges, da UFRJ; e Arnaldo Prata Barbosa, do Idor.

Os outorgados são, na verdade, os proponentes dos projetos, que serão desenvolvidos por amplas redes de pesquisadores, vinculados a diversas instituições de ensino e pesquisa estaduais. Ao todo, o edital trará benefícios a dezenas de pesquisadores, de diversas áreas, como neurociências e neuropsiquiatria, doenças inflamatórias e custo-efetividade e qualidade em medicina.

Na ocasião, o governador reafirmou o compromisso do seu governo de manter o repasse dos 2% da arrecadação tributária líquida estadual à FAPERJ, segundo recomenda a Constituição do Estado do Rio de Janeiro. “Uma das melhores ações do governo estadual nos últimos oito anos foi a de cumprir integralmente a lei de repasse dos 2% para a pesquisa. Fui testemunha, nesse período, em diversas premiações na academia, dos resultados em pesquisa oriundos dos recursos que a FAPERJ vem investindo”, disse Pezão. “Meu objetivo é manter essas conquistas e ampliá-las. Longe de mim mudar a Constituição para direcionar recursos, mesmo diante das dificuldades que o País vive. Eu sou passageiro no governo e quem trabalha com pesquisa, na academia, é eterno”, afirmou.

O governador destacou a importância da parceria entre a FAPERJ, agência estadual de fomento à pesquisa, e o Idor, uma instituição privada, para o lançamento desse edital. “O grande avanço que vamos dar nesse governo são as parcerias público-privadas, as PPPs. O Estado, hoje, sozinho, não tem pernas para acompanhar as demandas em serviços, seja na saúde ou na educação”, ponderou. Pezão defendeu o apoio a projetos em Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I) que tragam resultados concretos para a vida das pessoas e destacou a vocação estadual para a C,T&I. “Hoje, dos 21 centros de pesquisa do Brasil, 18 se instalaram no estado do Rio de Janeiro ou estão se instalando. Fico feliz de ver essa inteligência circulando aqui”, ressaltou.

O secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Gustavo Tutuca, engrossou o coro e reforçou a importância da aproximação dos órgãos estaduais com a iniciativa privada. “A parceria com o Instituto D’Or potencializa os recursos da FAPERJ para investimento em pesquisa, ciência e inovação no estado”, afirmou. “Celebramos hoje a entrega de outorgas e a determinação de nos aproximar da iniciativa privada, principalmente por meio da FAPERJ. Essa parceria nos ajuda a perceber o estado da arte da pesquisa na área médica. O governo do estado investiu um valor superior a R$ 2,5 bilhões nesses últimos anos em pesquisa, cumprindo a determinação constitucional do repasse dos 2%”, disse Tutuca, que lembrou o papel do ex-presidente da FAPERJ Ruy Garcia Marques para o desenvolvimento desse edital conjunto.

O neurocientista Stevens Rehen (D) é cumprimentado
pelo governador Luiz Fernando Pezão pouco antes de 
receber o termo de outorga (Foto: Lécio Augusto Ramos) 

O secretário estadual de Saúde, Felipe Peixoto, disse que investimentos na área de saúde são sempre bem-vindos. “A FAPERJ é uma grande parceira do Rio de Janeiro para alocar recursos na área de ciência e tecnologia e também na saúde, como no caso desse programa lançado em parceria com o Idor. Pretendo visitar a Fundação e verificar se há outras áreas na saúde onde possamos fazer parcerias, afinal temos outros institutos, como o Hemorio e o Instituto do Cérebro, com especialistas de ponta. Que essa experiência de parceria com o Instituto D’Or seja referência para outras parceiras estaduais nesse sentido”, afirmou.

O presidente da FAPERJ, Augusto C. Raupp, fez um balanço da união de esforços entre a Fundação e o Idor. “A parceria com um instituto de pesquisa privado aumenta muito o volume de recursos destinados à comunidade acadêmica do estado do Rio de Janeiro. No caso desse programa, o Idor entrou com valor idêntico ao da FAPERJ”, destacou Raupp. “Com o Instituto D’Or, estaremos alinhados com as necessidades e demandas reais da sociedade e com a política industrial do estado, já que as áreas contempladas são de extrema importância para a sociedade e o impacto social será, certamente, muito positivo”, acrescentou o presidente, adiantando que a Fundação pretende fazer outras parcerias com instituições e empresas que têm interesse em fazer pesquisa no estado.

Por sua vez, o diretor-presidente do Instituto D’Or, Jorge Moll Neto, ressaltou o caráter pioneiro do programa. “Esse programa representa uma parceria inédita do Idor com a FAPERJ e o compromisso das duas instituições com o fortalecimento da pesquisa e do desenvolvimento científico do estado do Rio de Janeiro. Esse edital congregou pesquisadores das áreas de pesquisa básica e clínica, para pensar projetos mais robustos de inovação médica e projetos de ponta", disse. Ele aproveitou a ocasião para recordar a trajetória do Idor, que completou cinco anos. “Quando, em 2007, resolvemos apostar na criação de um instituto de excelência de pesquisa no Brasil, existia uma crença que pesquisa só se fazia na universidade, e não em instituições privadas. Mas em 2010 criamos nossa sede e provamos que podemos fazer pesquisa não só na academia. O objetivo do Idor é ter sinergia com as universidades e outras instituições de ensino e pesquisa”, disse.

Um dos outorgados, o neurocientista Stevens Rehen, reconhecido pesquisador do Idor e da UFRJ, onde coordena o Laboratório Nacional de Células-tronco Embrionárias (LaNCE), acredita que os grandes saltos de inovação radical dependem das parcerias entre o governo e a iniciativa privada. “Não há como o governo financiar tudo sozinho, que não raro são pesquisas caras, com ferramentas muitas vezes inéditas ou pouco exploradas. A minha presença no Idor e na UFRJ beneficia a universidade, pois permite que eu amplie o leque de atividades. Temos a possibilidade de ajudar a universidade a crescer quando nos associamos à iniciativa privada”, disse Rehen. “Existe ainda uma certa surpresa no Brasil com essa com essa nova via de investimentos em pesquisa, pela participação da iniciativa privada. São raríssimos os exemplos no País de iniciativas como essa do Idor, mas nos Estados Unidos, por exemplo, são muito comuns, como no caso do MIT [Massachusetts Institute of Technology] e de Harvard”, concluiu.

Diversos pesquisadores do Idor e da comunidade científica e tecnológica do estado, além de autoridades, prestigiaram a cerimônia. Estiveram presentes o subsecretário de Ciência e Tecnologia, Alexandre Tande Vieira; o diretor Científico da FAPERJ, Jerson Lima Silva; o assessor da Presidência da Fundação, José Roberto Costa; o diretor do Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro) e ex-secretário estadual de C&T, Wanderley de Souza; o médico Antonio Paes Carvalho, da empresa Extracta; a médica e presidente do Conselho Superior da FAPERJ, Eliete Bouskela; a cofundadora da rede Idor, Alice Moll; e a coordenadora geral de pós-graduação do Idor, Celeste Elia.

Sobre o Programa de Apoio à Realização de Pesquisas Clínicas e Translacionais no Estado do Rio de Janeiro

Destinado a financiar projetos em pesquisa clínica e translacional, que objetivem inovações tecnológicas e em serviços na área biomédica, o edital visa também à formação de recursos humanos qualificados, incentivando o avanço científico e melhorias sociais. Nesse sentido, o programa financia propostas originais e inovadoras, inseridas nas seguintes linhas temáticas: Neurociências e neuropsiquiatria; Doenças inflamatórias, autoimunes, cardiovasculares, respiratórias, metabólicas, gastrointestinais, renais, hepáticas, neoplásicas, degenerativas, vasculares, medicina intensiva, mecanismos moleculares e metabólicos em sepse e síndromes infecciosas, biomarcadores metabólicos, genéticos e de imagem em envelhecimento, demência, marcadores de gravidade e prognóstico; custo-efetividade e qualidade em medicina.

Para a análise dos projetos, foram avaliados vários critérios, entre os quais o caráter inovador, a relevância no fortalecimento de redes de pesquisa que envolvam equipes do Idor e de outras instituições fluminenses, brasileiras e estrangeiras; a existência de ensaios pré-clínicos concluídos, fundamentando a proposta apresentada; a capacidade de promover iniciativas inovadoras em tecnologias, serviços e produtos na área biomédica, com alto potencial de aplicação ou de mudança de paradigmas conceituais no setor da saúde; seu potencial de impacto, benefício na qualidade de vida e na saúde da população; e sua relevância para o desenvolvimento científico, tecnológico, econômico, ambiental e social fluminense.

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