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Publicado em: 30/08/2012
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Em Campos, incubadora aproxima universidade do setor produtivo

      Divulgação/Trans Elétron

           
   Trans Elétron: um dos exemplos bem-sucedidos da incubadora na
    aproximação de pesquisas da universidade com o setor produtivo
Vinicius Zepeda

A aproximação entre as instituições de ensino superior e pesquisa e o setor produtivo ainda é um dos grandes desafios enfrentados pelo Brasil na atualidade. Segundo dados de uma avaliação anual, feita em 2009, por uma das maiores bases de dados científicos do mundo – a National Science Indicators – em número de artigos publicados o País vai bem, ocupando atualmente a 12 colocação, à frente de Holanda, Rússia, Polônia, Suíça e Suécia. Mas a distância entre os resultados de pesquisa em universidades e sua transformação em produtos para a indústria ainda é grande. Para reverter este quadro, várias iniciativas estão sendo tomadas. Umas delas é a criação de incubadoras de empresas de base tecnológica no ambiente universitário.

No espaço da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), no município de Campos, está instalada, desde 2008, a primeira – e, até o momento, a única – incubadora de empresas de base tecnológica da região norte-noroeste do estado: a TEC Campos. Contando com sucessivos auxílios através do edital Apoio à Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica, da FAPERJ, desde sua criação, a incubadora não só montou sua estrutura física, com salas e laboratórios, como efetuou a contratação e o treinamento de pessoal especializado para dar suporte ao empreendimento.

"Num primeiro momento, montamos uma estrutura mínima que vem sendo ampliada. Agora, estamos aproximando a academia do setor produtivo", destaca o presidente da TEC Campos, Ronaldo Paranhos. Nesse sentido, uma tecnologia gerada por pesquisadores da Uenf e patenteada no Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI) – órgão responsável pelo registro de patentes no Brasil – vem sendo empregada pela Extrair “leos Naturais, uma das empresas incubadas, para obtenção de óleo de alta qualidade, para a produção de cosméticos. "A Extrair está adaptando o processo de tratamento de sementes de maracujá para isso", explica Paranhos. "O sucesso foi tanto que a tecnologia para reutilização de resíduos sólidos da empresa recebeu o prêmio Brasil Engenharia 2011 e o Prêmio Nacional da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)", complementa.

Divulgação/Extrair “leos Naturais 
           
Resíduos de sementes de maracujá são transformados
em óleos naturais usados na produção de cosméticos
O presidente da incubadora aponta outros exemplos bem-sucedidos. Um deles é a Abrasdi, uma empresa que produz e comercializa serras diamantadas de alto desempenho que servem para corte em rochas ornamentais e já se encontra em fase final de graduação na incubadora. Outro exemplo é a Trans Elétron – empresa associada à TEC Campos, ou seja, que não precisa mais da incubadora para sobreviver, porém ainda desenvolve projetos em parceria – que trabalha voltada para a instrumentação na área do petróleo. "A empresa precisava de uma tecnologia em engenharia de materiais para desenvolver um novo produto, que foi encontrada na própria Uenf", explica Paranhos, que também fala sobre a interdisciplinaridade que o processo de inovação exige. Ele lembra ainda de outra empresa, já graduada, ou seja, que não dependente mais da incubadora para competir no mercado: a Invision, que opera com soluções geofísicas nas áreas de processamento sísmico, inversão sísmica de alta resolução, classificação de fácies e inferência petrofísica, extraindo o máximo de informações de dados sísmicos. "Todos esses exemplos mostram um perfil bem interessante, bem diversificado, das empresas incubadas, que operam em vários setores", afirma.

Gerente da incubadora, Adriana Crespo acrescenta que atualmente existem outros 15 projetos em fase de incubação. "Exemplos destes novos negócios são a Squad Comunicação Integrada, agência de design gráfico já graduada; Ururau, agência de notícias em tempo real; Simply Control, serviços de automação e customização de ambientes residenciais internos e externos. Essas duas últimas estão em fase de graduação, prestes a operar de forma independente. Há ainda a L.M. Lima Recursos Humanos, para capacitação e treinamento de profissionais; e a Rayl Information Technology Ltda., de softwares customizados, ambas em fase de incubação", destaca.

Ronaldo Paranhos enfatiza também o fato de que a incubadora vem transcendendo o espaço universitário e se incluindo no arranjo social e econômico da região. "Antes, a Uenf e outras instituições de ensino do norte e noroeste fluminense eram apenas exportadoras de mão de obra qualificada para outras regiões do estado e do país. Agora, nossos ex-alunos, assim como os do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense (IFF) passaram a permanecer na região, como sócios ou empregados desses novos negócios, frutos da incubadora", afirma.

Divulgação/Abrasdi 

           
      Serra diamantada segmentada para corte em
      rochas ornamentais, como granito ou mármore
Ele demonstra esse perfil, com exemplos na contratação das novas empresas da incubadora. Dentre as nove novas incubadas recentemente, quatro são de empreendedores locais, duas de ex-alunos da Uenf, outras duas de ex-alunos do IFF e uma de ex-aluno do Instituto Superior de Ensino e uma da instituição particular de ensino Universidade Cândido Mendes, pólo regional de Campos. Segundo Paranhos, isso mostra que a TEC Campos vem cumprindo seu objetivo, que é torná-la uma incubadora voltada para o desenvolvimento local, para as demandas regionais de novos negócios, com foco na inovação. "Nossa equipe tem orientado o empreendedor a formatar seu plano de negócios. Para tanto, acomodamos o empreendedor em um espaço físico, fornecemos capacitação nas áreas de gestão, marketing e vendas, e ajudamos a elaborar projetos de captação de recursos, entre outras atividades", afirma.

Com todo esse crescimento, a incubadora está também em fase de expansão, que prevê a construção de um novo prédio, com área útil de 1.084 metros quadrados. Segundo Paranhos, em agosto de 2012, a equipe da incubadora lançou o programa "Difusão da cultura empreendedora", voltado para capacitação de alunos de escolas técnicas, ensino médio e profissionalizante da região. A meta é atingir até 600 pessoas em 2013. "No curto prazo, a formação de empreendedores provoca forte impacto social. E no médio prazo, a iniciativa traz importantes ganhos econômicos aos municípios não apenas de Campos, mas de toda a região do entorno", conclui.

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