Fotos: Vinicius Zepeda |
Na reunião foram debatidas formas de estreitar relações entre as agências de fomento à pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação com a FAPERJ |
Debater formas de estreitar as relações entre as agências de fomento à pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) com a FAPERJ: este foi o objetivo da visita do ministro Marco Antônio Raupp à Fundação, na manhã desta quinta-feira, 22 de março. O encontro contou com a presença de uma comitiva de assessores do ministro, do secretário de estado de C&T, Alexandre Cardoso, do presidente da FAPERJ, Ruy Garcia Marques, além do diretor Científico Jerson Lima, do diretor de Tecnologia, Rex Nazaré e do diretor de Administração e Finanças, Cláudio Mahler.
“Não é possível desenvolver uma política nacional de Ciência e Tecnologia sem a integração do ministério com os estados”, afirmou o ministro. Raupp, que é membro titular do Conselho Superior da FAPERJ, destacou a necessidade de uma colaboração efetiva do ministério com todas as instâncias de governo no estado, inclusive no interior. “Vale lembrar a grande contribuição que a FAPERJ vem dando para a interiorização da pesquisa no estado do Rio de Janeiro. No ano de 2001, quando era então diretor do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), tive a oportunidade de acompanhar a mudança de sua sede para a cidade de Petrópolis, na Região Serrana do estado”, afirmou. Ele destacou, ainda, os investimentos na expansão da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e no crescimento do pólo industrial de Resende, no sul fluminense. Por último, ele lembrou da importância da articulação da luta pelos royalties do petróleo do pré-sal para o estado. “Parte significativa dos recursos gerados devem ser destinados à C,T&I, revertendo para a melhoria de qualidade de vida da população”, complementou.
O secretário de estado de C&T lembrou o crescimento dos recursos destinados à área de Ciência e Tecnologia nos últimos oito anos. “Em 2007, os projetos de inovação tecnológica no estado eram desenvolvidos em 12 cidades, hoje chegamos a todos os 92 municípios”, afirmou Alexandre Cardoso. “Mesmo com as dificuldades financeiras por que passam o mundo e o Brasil, a área de C&T não pode sofrer com cortes”, complementou. No âmbito da discussão que se seguiu, o dirigente, deputado federal licenciado, sugeriu que o MCTI fizesse uma publicação quinzenal para ser levada à Câmara dos Deputados, mostrando as importantes ações desenvolvidas pelo ministério, o que foi plenamente aprovado por Raupp.
O presidente da FAPERJ afirmou a preocupação de que, com os cortes no orçamento destinado ao MCTI, importantes parcerias que vêm sendo desenvolvidas junto com o CNPq e com a Finep podem ser descontinuadas, o que geraria grande prejuízo a tudo que vem sendo realizado para alavancar a pesquisa científica e tecnológica, bem como a inovação. “Precisamos manter e ampliar essas parcerias. O passado recente vem mostrando que elas têm sido vitoriosas. Temos que estreitar o relacionamento com a Finep e o CNPq, de modo a discutir possibilidades para que isso ocorra”, disse. Ruy Marques afirmou que neste ano a Fundação lançará um número recorde de editais, cerca de 35, abrangendo todas as áreas do conhecimento e setores de atividades profissionais: “Muitos desses programas poderiam contar com parcerias das agências do MCTI, o que levaria a um aumento substancial dos recursos financeiros disponibilizados.”
A partir da esq.: Claudio Mahler, Rex Nazaré, Luis Elias, Alexandre Cardoso, |
O diretor Científico lembrou a contribuição da FAPERJ à formação de doutores no exterior, em colaboração com MCTI, por meio do programa “Ciências Sem Fronteiras”. Ele ainda destacou os pontos fortes da área de ciências. “O setor de química, a área de saúde e biomédica, por exemplo, são muito fortes no nosso estado, e precisam de mais parcerias”, afirmou Jerson Lima. E continuou: “O CNPq e a Finep, já há muito, são grandes parceiros da FAPERJ, e essa união vem apresentando muitos bons resultados, e necessita ser continuada e até implementada”.
Rex Nazaré Alves explicou que a Fundação tem buscado apoiar projetos dentro da vocação tecnológica de cada cidade do estado, e citou o caso das rochas ornamentais
O secretário-executivo do MCTI Luiz Antonio Rodrigues Elias falou da necessidade de uma maior aproximação com a FAPERJ a fim de apoiar o estabelecimento de parcerias destinadas a impulsionar os negócios nas pequenas e médias empresas. “Como exemplo, poderíamos citar a área de software, onde o Rio já possui um enorme potencial”, mas este é apenas um exemplo, dentre muitos e, certamente, com a FAPERJ desenvolvendo mais parcerias com nossas agências, a possibilidade de financiamento aumentará substancialmente”, afirmou.
Ao final do encontro, o ministro Raupp, que está se despedindo de seu mandato como membro titular do Conselho Superior da FAPERJ, manifestou grande interesse em participar da próxima reunião desse colegiado da Fundação: “No período em que permaneci como membro do Conselho Superior, participei de inúmeras decisões para a implementação de novas ações da FAPERJ, o que somente foi possível após a importante injeção de recursos recebidas, a partir da determinação do governador Sergio Cabral em lhe destinar 2% da arrecadação tributária líquida do estado.”
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