O seu browser não suporta Javascript!
Você está em: Página Inicial > Comunicação > Arquivo de Notícias > Laboratório aproxima cursos de engenharia das indústrias de Resende
Publicado em: 12/04/2012
ATENÇÃO: Você está acessando o site antigo da FAPERJ, as informações contidas aqui podem estar desatualizadas. Acesse o novo site em www.faperj.br

Laboratório aproxima cursos de engenharia das indústrias de Resende

Fotos: Divulgação/FER

          
      O novo laboratório começou a funcionar este ano, com um 
       curso de capacitação voltado para os professores do local 
Vinicius Zepeda

O município de Resende, no sul fluminense, conta com um importante polo industrial. Ali está instalada a MAN (antiga Volkswagen), maior fábrica de caminhões da América do Sul, a Peugeot Citroën, voltada para a fabricação de carros, e a Votorantim, indústria siderúrgica. Apesar disso, universitários formados nas áreas de engenharia eletroeletrônica e de produção automotiva em algumas instituições locais, ao ser contratados por fábricas da região, ressentem-se de uma maior aplicação prática do que aprendem na teoria. "Muitos não estão familiarizados com os equipamentos ou com os materiais usados na indústria, o que acaba reduzindo a produtividade", afirma o doutor em Engenharia Mecânica e engenheiro eletricista Valdeci Donizete Gonçalves.

Em busca de solução para o problema, entre os anos de 2010 e 2011, ele implementou um laboratório de Hidráulica e Pneumática para os cursos de engenharia eletroeletrônica e de produção automotiva na Faculdade de Engenharia de Resende (FER), uma das instituições de ensino superior da cidade, ligada à Associação Educacional Dom Bosco (AEDB). Seu objetivo era investir na aplicação prática dos conhecimentos teóricos de estudantes da graduação e da pós-graduação. O projeto foi desenvolvido com recursos do edital Apoio às Instituições de Ensino e Pesquisa Sediadas no Estado, da FAPERJ.

O novo laboratório começou a funcionar em 2012, com um curso de capacitação de professores. O espaço é voltado para duas disciplinas essenciais para a automação de processos e equipamentos nas indústrias da região: a hidráulica e a pneumática. "Ambas podem ser aplicadas para a transmissão de força em movimentos lineares ou rotativos, em máquinas ou equipamentos", explica o engenheiro Valdeci Gonçalves. A hidráulica realiza a tarefa pela utilização de bombas para pressão de fluidos, como o óleo, e tem diversas aplicações, como a direção hidráulica de carros, uso em tratores, guindastes e caminhões basculantes, além de trens de pouso de aviões. Já a pneumática utiliza-se da pressão por ar comprimido e é empregada nos mecanismos que exigem uma resposta de atuação mais rápida como, por exemplo: abertura de portas de ônibus, alguns tipos de guindastes, portas de metrô, máquinas de embalagens e colhedeiras de grãos, etc. "A diferença fundamental entre as duas é que a hidráulica é utilizada em equipamentos mais fortes e pesados, que necessitam de mais energia para realizar os movimentos, enquanto a pneumática é empregada em equipamentos mais leves e mais rápidos", complementa.

     

Valdeci Donizete Gonçalves mostra a bancada com equipamentos  
  para automação de circuitos adquirida para o novo laboratório

Para facilitar o aprendizado dos alunos, a equipe de professores adquiriu a licença de utilização de um software para desenho e simulação de circuitos hidráulicos e pneumáticos, além de uma bancada com equipamentos para automação de circuitos. "Após montarem diferentes combinações de encaixe de circuitos no computador, os estudantes usam as bancadas para testar na prática o seu funcionamento", explica Valdeci Gonçalves.

O engenheiro destaca que, graças ao novo espaço, vários estudos poderão ser desenvolvidos para a produção de artigos científicos. "Na área de acionamentos hidráulicos, podemos relacionar a variação de resistência ao fluxo em fluidos com as variações de temperatura e pressão das válvulas", destaca. Na área de pneumática, poderão ser desenvolvidos estudos sobre novos materiais e dimensionamento de válvulas. "Poderemos melhorar materiais, como borrachas, substituí-los por outros mais adequados a cada caso específico, ou mesmo alterar o ângulo dos retentores internos dos cilindros pneumáticos para conseguir maior durabilidade", complementa.

O engenheiro lembra que, com o novo laboratório, ao começar a trabalhar nas indústrias da região, os futuros engenheiros eletroeletrônicos já estarão familiarizados com os componentes hidráulicos e pneumáticos utilizados. "Já os engenheiros de produção automotiva verificarão pontos a serem melhorados na indústria através da implementação de circuitos para automatização dos processos, o que contribuirá para alavancar a produção", explica.

Embora atualmente Valdeci Gonçalves não seja mais professor da Faculdade de Engenharia de Resende, uma vez que em 2010 passou a lecionar no campus Macaé do Instituto Federal Fluminense (IFF), no norte do estado, ele está entusiasmado com os futuros resultados do laboratório. A coordenação do espaço passou para o coordenador dos cursos de Engenharia da FER, Onofre Bueno Filho. "Tenho certeza de que o laboratório está em boas mãos e contribuirá muito para a formação dos novos profissionais", conclui.

Compartilhar: Compartilhar no FaceBook Tweetar Email
  FAPERJ - Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro
Av. Erasmo Braga 118 - 6º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ - Cep: 20.020-000 - Tel: (21) 2333-2000 - Fax: (21) 2332-6611

Página Inicial | Mapa do site | Central de Atendimento | Créditos | Dúvidas frequentes