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Publicado em: 07/10/2010
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Fundação investe na infraestrutura e aparelhagem de hospitais universitários

Elena Mandarim

 

 Divulgação / Hupe

 
   Com o novo aparelho, as imagens são mais precisas e
      é possível visualizar melhor o contorno das artérias
 

 

O setor de Hemodinâmica do Serviço de Cardiologia, do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), vinculado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), acaba de receber novo equipamento para melhorar sua infraestrutura. Foi inaugurada, no dia 23 de setembro, a nova sala de Hemodinâmica Intervencionista, equipada com a aparelhagem mais moderna da rede hospitalar pública e privada do estado do Rio de Janeiro. Sua utilização deve promover um significativo aumento na precisão de diagnósticos e tratamentos das doenças cardiovasculares, assim como a ampliação da qualidade, em ensino e pesquisa, da disciplina de Cardiologia.

De acordo com o professor Denilson Campos de Albuquerque, chefe do setor de Cardiologia, o aparelho recém-adquirido permitirá diagnosticar e tratar com maior precisão as doenças cardiovasculares, principalmente as coronarianas, como por exemplo, o infarto e a angina. Sua grande vantagem é contar com um software que possibilita a visualização mais detalhada dos contornos das artérias coronárias, o que lhe confere maior agilidade e precisão na realização do cateterismo cardíaco – punção de uma artéria, na qual é introduzido um tubo (cateter) que chega até o coração. "Com o novo equipamento, o Serviço de Cardiologia poderá realizar até 12 exames por dia", declara o professor.

Albuquerque explica que é por meio de cateterismo que são realizados os principais procedimentos de diagnóstico e tratamento, como a coronariografia, que investiga a integridade anatômica do coração, identificando obstruções e lesões nas artérias, e a angioplastia, que é uma técnica não cirúrgica para corrigir estreitamentos em artérias ligadas ao coração, ou para colocar stent, em casos de obstrução aguda. "Então, quanto mais acurado for o exame, mais acertada será a conduta médica", fala.

Os recursos para a nova aquisição e para a recuperação da estrutura física do setor foram obtidos por meio do edital "Apoio à Implantação, Recuperação e Modernização da Infraestrutura para Pesquisa nas Universidades Estaduais – 2009", da FAPERJ. O programa é uma das chamadas com que a Fundação vem apoiando a reestruturação e reformulação da infraestrutura para pesquisa das instituições sediadas no estado. "A partir de agora, entramos realmente no século XXI. Estaremos praticando a cardiologia contemporânea, equiparados aos melhores centros cardiológicos do País", declara o pesquisador.

Segundo Albuquerque, o Hupe, que já é referência na área de cardiologia, vem sendo constantemente modernizado. Ele destaca que, em 2008, por meio de outro edital da FAPERJ, foi adquirido um equipamento de tomografia de 64 canais – número de ‘cortes’ escaneados em uma determinada fração de tempo –, que confere alta resolução às imagens, permitindo um diagnóstico preciso. "A vantagem desse tomógrafo é  permitir uma investigação angiográfica do coração de forma não invasiva. É indicado, sobretudo, para investigação de dor torácica em pacientes de risco moderado a grave, quando não se chega a um diagnóstico conclusivo pelos exames tradicionais, como o eletrocardiograma", explica.

O professor conta que, na área cardiovascular, o tomógrafo, junto com a ressonância magnética e o aparelho de hemodinâmica, complementa os equipamentos de alta tecnologia, que compõem o painel necessário para a prática e pesquisa da cardiologia do século XXI. "Para nós só está faltando a ressonância magnética. Estamos de olho em novos editais da FAPERJ, para adquirir mais este equipamento para o nosso hospital ", brinca.

Para o pesquisador, a importância de se aliar tecnologia à saúde é promover melhorias na assistência dos pacientes e aumentar a qualidade do ensino e pesquisa no hospital. "A modernização do setor de Cardiologia do Hupe traz benefícios primeiramente para os pacientes, que estão recebendo uma das melhores assistências do serviço público do estado do Rio de Janeiro", diz. E logo acrescenta: "Cabe lembrar que, por se tratar de um hospital universitário, temos a responsabilidade de formar novos profissionais na área de saúde e estamos fazendo isso com o que há de mais moderno." Albuquerque destaca também que o projeto reforça os programas de mestrado e doutorado da Faculdade de Ciências Médicas da Uerj e incentiva mais a procura dos alunos para a iniciação científica.

Para o reitor da Uerj, Ricardo Vieralves, uma das prioridades de sua administração tem sido o projeto de recuperação da universidade. "Com uma postura mais ativa diante dos órgãos públicos, temos conseguido arrecadar recursos para obras de recuperação da infraestrutura universitária e para equipamentos com tecnologia de ponta", diz. Ele prossegue, citando os números desse esforço: "Até 2007, realizávamos importação de equipamentos na ordem de R$ 1 milhão. Agora, essas cifras já passam dos R$ 17 milhões anuais. Toda melhoria implementada visa aumentar a capacidade acadêmica da universidade", salienta o reitor.


Participação ativa da FAPERJ

 

Divulgação / Hupe
 

De uso mais rápido, o novo aparelho  
possibilita fazer 12 exames por dia
 

Desde 2007, a FAPERJ vem investindo na recuperação da infraestrutura para pesquisa em todas as instituições de ensino e pesquisa sediadas no Estado, tanto em suas dependências acadêmicas quanto hospitalares, e, particularmente, nas universidades estaduais.

Além da modernização setor de Cardiologia da Uerj, há outros exemplos. Um deles foi a instalação de um equipamento para digitalização de mamografias no Serviço de Radiodiagnóstico, do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ). Segundo Paulo Bahia, chefe do serviço, o aparelho proporciona maior agilidade no atendimento aos pacientes e ainda auxilia no desenvolvimento científico, já que as imagens digitalizadas são utilizadas como base de estudos em vários projetos de radiologia, medicina nuclear e ginecologia.

Outro exemplo foi a aquisição do tomógrafo computadorizado de última geração para o Hospital Veterinário Escola da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf). Orçado em R$ 1,5 milhão, o equipamento atende tanto animais de pequeno e médio porte da comunidade quanto auxilia linhas de pesquisas que visam aumentar o conhecimento das doenças veterinárias para, consequentemente, estabelecer novos tratamentos.

Para Ruy Garcia Marques, diretor-presidente da FAPERJ, o esforço de reestruturação da infraestrutura para pesquisa das universidades se consolidará com a reedição de alguns programas específicos, como do edital lançado, em 2008, "Apoio a Hospitais Universitários Sediados do Estado do Rio de Janeiro". Traçando um balanço de sua administração, durante a cerimônia de inauguração da sala de Hemodinâmica Intervencionista, no Hupe, ele destacou algumas conquistas: "Até o final de 2010, terão sido cerca de 100 editais lançados, distribuídos em todas as áreas do conhecimento. O investimento total da fundação, neste último quadriênio, chegará a R$ 1,1 bilhão", disse.

Marques ressaltou que ainda este ano serão lançadas chamadas importantes, como "Inovação tecnológica em design", em parceria com Firjan e Sebrae, "Desenvolvimento Científico e Tecnológico Regional", "Apoio a Núcleos Emergentes de Pesquisa", este em parceria com o CNPq, Biota – RJ e "Mudanças Climáticas Globais", este em parceria com a Fapesp.

Algumas novidades foram adiantas por Ruy Marques: "O conselho superior da FAPERJ se reunirá para direcionar a criação de uma nova modalidade de bolsa – a bolsa sanduíche, que permitirá a realização de estágios no exterior para alunos de doutorado. Estamos traçando também as diretrizes para parcerias entre a Fundação e instituições sediadas em vários países europeus, como França, Itália e Portugal”. Para ele, as últimas avaliações da evolução científica brasileira ratificam que o estado do Rio de Janeiro está no caminho certo. "Segundo a última avaliação trienal da Capes, recentemente divulgada, 20% dos cursos de pós-graduação de excelência (conceitos 6 e 7) de todo o País estão no nosso Estado. Isso prova que precisamos continuar investindo e que estamos no caminho certo”, afirma.

Nesta quinta, estão sendo lançados quatro editais que somam R$ 13,5 milhões: os Programas para Apoio a Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica no Estado do Rio de Janeiro e para Apoio à Pesquisa Clínica em Hospitais Universitários Sediados no Estado do Rio de Janeiro, lançados pela primeira vez em 2008; o inédito Programa para Apoio ao Estudo da Biodiversidade do Estado do Rio de Janeiro (Biota – RJ); e o tradicional Programa  de Apoio à Melhoria do Ensino em Escolas Públicas Sediadas no Estado do Rio de Janeiro, criado e lançado pela primeira vez em 2007. 

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