O seu browser não suporta Javascript!
Você está em: Página Inicial > Comunicação > Arquivo de Notícias > Aprimoramento na produção de cachaça pode aquecer mercado fluminense
Publicado em: 26/11/2009
ATENÇÃO: Você está acessando o site antigo da FAPERJ, as informações contidas aqui podem estar desatualizadas. Acesse o novo site em www.faperj.br

Aprimoramento na produção de cachaça pode aquecer mercado fluminense

 

Danielle Kiffer
 

 Divulgação

          
         Produtor de cachaça artesanal do noroeste
              fluminense visa ao mercado exterior      

A cachaça é uma das bebidas mais populares do Brasil. A produção e comercialização da bebida movimentam uma boa parte da economia de muitas regiões brasileiras. No Rio de Janeiro, dois polos se destacam na produção de aguardente: o sul e o noroeste fluminense. É no município de Bom Jesus de Itabapoana que se localiza a fazenda Monte Castelo, com plantação de cana-de-açúcar e destilaria próprias, produzindo as cachaças artesanais Bousquet e 3 Praias. Para aprimorar o sabor e a qualidade da cachaça e aumentar a produção, o diretor João Luis Bousquet está desenvolvendo, em conjunto com a empresa Cerlev, de Minas Gerais, um novo método de produção por meio da seleção de uma cepa de leveduras especial. O projeto conta com o auxílio da FAPERJ, por meio do edital de Apoio à Inovação e Difusão Tecnológica no Estado do Rio de Janeiro.
 
O projeto consiste em renovar o processo fermentativo da aguardente, utilizando-se cepas de leveduras selecionadas na própria fazenda. Estas leveduras têm propriedades adequadas para a obtenção de um produto com alta qualidade sensorial. Conforme explica João Luis, um bom fermento é fundamental para se obter uma aguardente de qualidade, já que as características de aroma, sabor e maciez da bebida são determinadas principalmente pela composição dos produtos secundários incorporados à cachaça durante o processo de destilação. “O desenvolvimento de aguardente com leveduras selecionadas lhe dá uma constância de qualidade, produzindo além do álcool, do gás carbônico, vários outros tipos de álcool e esteres superiores responsáveis pelo bouquet e pelo sabor diferenciados”, acrescenta.

 

“Para isso, selecionamos uma cepa de Saccharomyces cerevisiae, por sua grande capacidade de produzir uma aguardente de qualidade superior. Trata-se de uma cepa selvagem, com melhor desempenho para a produção de cachaça”, conta João Luis. Segundo diz, a cepa é isolada, cultivada em condições estéreis e testada inúmeras vezes para comprovar a sua aptidão. “O passo seguinte é a produção da bebida a partir desta cepa para ser testada no mercado nacional”, avisa o diretor.

 

Com a obtenção de um produto diferenciado, de ótima qualidade, o objetivo de João Luis é conquistar não apenas uma maior parcela do mercado nacional, mas também exportar. Para ele, o mercado externo mais atraente para a exportação são os Estados Unidos, países da comunidade europeia e países do Mercosul. “Esses mercados mostram grande potencial de consumo do produto”, diz.
 
O novo método poderá trazer benefício não somente à aguardente produzida por João Luis, como para toda a região noroeste fluminense. Isso porque, de acordo com ele, o sabor mais aprimorado e a melhor qualidade do produto poderão ser considerados como uma marca de toda aquela região. “Com a introdução de um bouquet e um DNA característicos da bebida na região, atrairemos apreciadores mais exigentes e assim estaremos colocando o estado no circuito nacional de cachaças de qualidade", explica. 
 

Com a melhora de qualidade, proporcionada pela nova técnica e a produção de uma aguardente de alto padrão de qualidade, a expectativa de João Luis é conquistar novos mercados e com isso ter de aumentar sua produção, que atualmente gira em torno dos 300 mil litros anuais. Aumentando-se a produção, tem-se, em consequência, um aumento na mão-de-obra utilizada. “Com o processo, certamente ampliaremos o número de funcionários de nossa destilaria. Muitos terão de ser especializados para atuar na parte fermentativa, além do treinamento de todo o pessoal envolvido na produção. A tendência geral é a do crescimento da geração de empregos em toda a região, desde a produção da cana-de-açúcar até a comercialização do produto final", conclui.

Compartilhar: Compartilhar no FaceBook Tweetar Email
  FAPERJ - Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro
Av. Erasmo Braga 118 - 6º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ - Cep: 20.020-000 - Tel: (21) 2333-2000 - Fax: (21) 2332-6611

Página Inicial | Mapa do site | Central de Atendimento | Créditos | Dúvidas frequentes