Danielle Kiffer
Divulgação |
Produtor de cachaça artesanal do noroeste fluminense visa ao mercado exterior |
“Para isso, selecionamos uma cepa de Saccharomyces cerevisiae, por sua grande capacidade de produzir uma aguardente de qualidade superior. Trata-se de uma cepa selvagem, com melhor desempenho para a produção de cachaça”, conta João Luis. Segundo diz, a cepa é isolada, cultivada em condições estéreis e testada inúmeras vezes para comprovar a sua aptidão. “O passo seguinte é a produção da bebida a partir desta cepa para ser testada no mercado nacional”, avisa o diretor.
Com a obtenção de um produto diferenciado, de ótima qualidade, o objetivo de João Luis é conquistar não apenas uma maior parcela do mercado nacional, mas também exportar. Para ele, o mercado externo mais atraente para a exportação são os Estados Unidos, países da comunidade europeia e países do Mercosul. “Esses mercados mostram grande potencial de consumo do produto”, diz.
O novo método poderá trazer benefício não somente à aguardente produzida por João Luis, como para toda a região noroeste fluminense. Isso porque, de acordo com ele, o sabor mais aprimorado e a melhor qualidade do produto poderão ser considerados como uma marca de toda aquela região. “Com a introdução de um bouquet e um DNA característicos da bebida na região, atrairemos apreciadores mais exigentes e assim estaremos colocando o estado no circuito nacional de cachaças de qualidade", explica.
Com a melhora de qualidade, proporcionada pela nova técnica e a produção de uma aguardente de alto padrão de qualidade, a expectativa de João Luis é conquistar novos mercados e com isso ter de aumentar sua produção, que atualmente gira em torno dos 300 mil litros anuais. Aumentando-se a produção, tem-se, em consequência, um aumento na mão-de-obra utilizada. “Com o processo, certamente ampliaremos o número de funcionários de nossa destilaria. Muitos terão de ser especializados para atuar na parte fermentativa, além do treinamento de todo o pessoal envolvido na produção. A tendência geral é a do crescimento da geração de empregos em toda a região, desde a produção da cana-de-açúcar até a comercialização do produto final", conclui.
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