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Publicado em: 27/11/2008
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Pesquisadora da Uerj se torna a primeira brasileira eleita para a Academia Francesa de Medicina

 

 Arquivo pessoal

      
   Eliete Bouskela: reconhecimento
   internacional de suas pesquisas


Na última terça-feira, 25 de novembro, uma médica brasileira foi eleita, pela primeira vez na história, membro da Academia de Medicina da França. O resultado contemplou Eliete Bouskela, médica fluminense, professora titular e pesquisadora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Cientista do Nosso Estado e membro do Conselho Superior da FAPERJ. Fundada no ano de 1820, a agremiação francesa é a mais antiga e uma das mais tradicionais do gênero no mundo todo. A eleição para a Academia foi um reconhecimento aos estudos que Eliete, como coordenadora do Laboratório de Pesquisas em Microcirculação (LPM) da Uerj vem desenvolvendo sobre disfunção vascular em distúrbios metabólicos como sobrepeso ou obesidade.

Eliete Bouskela tem experiência na área de Fisiologia Cardiovascular (Microcirculação) e Pesquisa Clínica, atuando principalmente nos seguintes temas: regulação da reatividade microvascular nos choques séptico e hemorrágico e disfunção endotelial e microvascular em diabetes e obesidade. Em 1994, a médica fundou o LPM e o coordena desde então. O laboratório avalia pacientes e modelos experimentais de doenças. Sua hipótese de trabalho é que a disfunção microvascular e endotelial precede a disfunção macrovascular. O LPM investiga, em pacientes, doenças reumatológicas, cardiometabólicas (diabetes mellitus, hipertensão, síndrome metabólica, obesidade e sobrepeso).

Os resultados dos estudos desenvolvidos pela médica mostram que mesmo que ainda não estejam obesas, mulheres jovens com sobrepeso já apresentam problemas na microcirculação. "Antes de observarmos nos vasos maiores, como até então a medicina vem fazendo, os vasos menores já estão comprometidos", afirma Eliete. "A descoberta mostra que é necessário tratarmos isso o mais rápido possível e que problemas como hipertensão, diabetes e arteriosclerose não afetam apenas os obesos ou aqueles com histórico familiar", acrescenta.

A inédita eleição da médica para a academia começou ano passado, quando ela apresentou em Paris, sede da agremiação francesa, uma conferência sobre os resultados dos estudos que vem desenvolvendo. “A recepção por parte dos acadêmicos franceses foi tão boa que eles propuseram que eu me candidatasse. Então eu aceitei a proposta e agora tive a notícia de que fui eleita numa excelente colocação. Dos 86 membros votantes, 82 foram favoráveis”, recorda Eliete. 

A Academia Francesa de Medicina se divide em quatro divisões. A primeira volta-se para especialistas em medicina clínica e especialidades médicas, a segunda refere-se à cirurgia e suas especialidades, a terceira relaciona-se às ciências biológicas e farmacêuticas e a quarta diz respeito à medicina preventiva e social, ciências veterinárias e membros livres. “Para entrar para a Academia, a posição inicial é a de membro correspondente. No caso de um francês, é possível se tornar titular e para um estrangeiro, associado. Fui eleita membro correspondente estrangeiro na terceira divisão (ciências biológicas e farmacêuticas), que tem entre seus titulares o ganhador do Nobel da Medicina deste ano, o virologista francês Luc Montagnier – responsável pela descoberta do vírus da Aids há 21 anos atrás”, explica a médica e pesquisadora fluminense.

Mesmo sendo a única mulher brasileira a se tornar integrante da agremiação francesa, outros cinco ilustres médicos brasileiros já fizeram parte da Academia: Oswaldo Cruz, Carlos Chagas, Carlos Chagas Filho, Jorge Alberto Costa e Silva e Augusto Paulino Neto. Agora, a pesquisadora se une a esse seleto grupo de cientistas nacionais. Ela deverá tomar posse no próximo dia 16 de dezembro, em cerimônia na sede da Academia Francesa de Medicina, em Paris. “No ano de 2009, ano da França no Brasil, espero poder fazer uma pequena recepção para os acadêmicos, se possível na embaixada brasileira”, conclui.

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