Vinicius Zepeda
Vinicius Zepeda |
Temas como a produção e a qualidade da madeira serão debatidos durante a realização do 1 Simaderj, na UFRRJ |
João Vicente Latorraca, que também responde pela coordenação geral do 1 Simaderj, lembra que, além da UFRRJ, outras instituições de ensino e pesquisa do estado desenvolvem pesquisas sobre a ciência e a tecnologia da madeira. "Porém, para se manter atualizados sobre o que acontece nesse importante setor, os pesquisadores e estudantes tinham que freqüentar eventos realizados em outros estados como Paraná, Minas, São Paulo e Pará. Já estava na hora do Rio entrar neste circuito", explica. "Pesquisadores de instituições de todo o Brasil, três palestrantes internacionais e estudantes de vários estados estarão presentes", acrescenta.
O 1 Simaderj terá palestras e apresentações de pôsteres dentro de três temáticas principais: metodologias emergentes no estudo da qualidade da madeira, métodos não-destrutivos aplicados ao estudo da madeira e qualidade de matéria-prima para produtos florestais. "No primeiro caso, apresentaremos a vanguarda da pesquisa mundial sobre o assunto. Já o segundo caso, destacamos a apresentação de técnicas para avaliar a qualidade da madeira de modo preciso e rápido, eliminando perdas no processo de controle de qualidade, além de alternativas inovadoras e eficientes para que o consumidor possa adquirir e utilizar uma matéria-prima mais homogênea. Essa é uma tendência mundial, porém ainda deficiente no Brasil. Um exemplo prático é o uso de espectrofotômetros para classificar a madeira por sua aparência. O método possibilita ao consumidor comprar madeiras padronizadas por cores", explica Latorraca.
A importância do setor de móveis para a economia do estado em áreas como a Baixada Fluminense, litorânea e região serrana e, conseqüentemente, a necessidade do desenvolvimento de pesquisas voltadas para aprimorar a qualidade da matéria-prima do setor madeireiro fluminense, também será um dos pontos debatidos durante o evento."O desenvolvimento final do produto está diretamente ligado à qualidade dos plantios e da madeira. Para que possamos agregar maior valor à matéria-prima precisamos desenvolver pesquisas que gerem produtos e empregos por meio do uso de tecnologia de ponta", afirma Latorraca.
O engenheiro florestal e professor da UFRRJ acrescenta que o simpósio passará a fazer parte do calendário de eventos científicos do estado e deve ser realizado a cada dois anos. Ainda durante o 1 Simaderj, uma reunião entre pesquisadores e estudantes de diversas instituições de ensino e pesquisa do Brasil anunciará a criação da Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia da Madeira. "Seus participantes decidirão, ainda durante o evento, pela criação do 1 Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia da Madeira, que deverá acontecer daqui a dois anos em nosso estado. Neste caso, o congresso acontecerá paralelo ao 2 Simaderj", conclui Latorraca.
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