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Publicado em: 11/09/2008
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Em Niterói, uso de plantas incentiva o ensino de ciências entre as crianças

Vinicius Zepeda

 Divulgação

      
   Numa escola em Niterói, o uso das plantas tem motivado
   o interesse das crianças pelo aprendizado das ciências


No bairro de Jurujuba, Região Oceânica da cidade de Niterói, Rio de Janeiro, o uso de plantas como material educativo junto a crianças numa escola local tem proporcionado uma série de modificações nos hábitos e nas relações entre os moradores da área. O projeto vem sendo desenvolvido por uma equipe de pesquisadores e alunos de botânica da Universidade Federal Fluminense (UFF) junto a Escola Municipal Professora Lúcia Maria Silveira Rocha. ”Nosso projeto encontrou uma grande aceitação e envolveu não apenas as crianças, mas os pais, professores e toda a população da região. Isto ocorreu porque em Jurujuba existe uma comunidade de pescadores. Naturalmente, devido às suas experiências de trabalho e de vida, eles têm conhecimentos adquiridos quanto ao uso de recursos naturais. Desta forma, eles foram bastante receptivos e até entusiastas com o nosso projeto”, recorda a bióloga da UFF e coordenadora do projeto, Moemy Gomes de Moraes.

O trabalho começou em 2007, com o apoio do edital Apoio à Melhoria do Ensino nas Escolas Públicas do Estado do Rio de Janeiro, da FAPERJ, como desdobramento de um projeto anterior que consistia em oferecer cursos de formação continuada em ciências para professores da rede pública municipal de ensino. “Nestas atividades, os professores eram estimulados a elaborar, para seus alunos, dinâmicas interdisciplinares de ensino científico que utilizassem o uso dos vegetais”, recorda a bióloga. “Com o apoio do edital da FAPERJ pudemos desenvolver um projeto específico numa comunidade de pescadores e os resultados foram imediatos. Em um mês, as crianças participaram de uma série de atividades que foram apresentadas no Dia da Botânica. O evento foi um sucesso”, acrescenta.

Moemy Moraes explica que o projeto Aprendendo e Ensinando com as Plantas atende, hoje em dia, cerca de duzentos alunos da Escola Municipal Professora Lúcia Silveira Rocha – inaugurada há pouco tempo para atender à população da vila de pescadores de Jurujuba e proximidades. Ela prossegue enumerando o êxito do programa e destacando algumas das dinâmicas orientadas pelos professores do colégio, alunos e pesquisadores envolvidos, realizadas no Dia da Botânica. “Fizemos uma oficina de saladas para ensinar à comunidade a importância de comer legumes e verduras e seus benefícios para a saúde; outra de aproveitamento integral dos alimentos, destinada aos pais e demais interessados da comunidade; e um painel sobre a importância das plantas para uma melhor qualidade de vida”, recorda. 

Outras atividades realizadas durante o evento foram: identificação das partes das plantas, degustação de chás e sucos, exposição de diversos tipos de flores e a observação e o registro do crescimento de plantas. “Além dessas atividades, durante o ano letivo, professores e alunos montaram uma mini-horta, uma oficina de papel reciclado e estão reconhecendo as espécies vegetais que vivem nos arredores da escola”, acrescenta Moemy. Ainda dentro do período escolar, outra atividade está sendo desenvolvida. Intitulada O Micromundo das Plantas, a dinâmica consiste na observação dos vegetais por parte dos alunos. “Eles observaram as espécies a olho nu e, com auxílio de lupas e lâminas histológicas preparadas de órgãos das plantas, reconheceram as células vegetais”, continua.

O objetivo final do trabalho da bióloga é motivar, não apenas os estudantes, mas também os pais, professores e membros da comunidade. Moemy Moraes acrescenta ainda que, por atender à população de moradores da vila de pescadores de Jurujuba, a Escola Municipal Professora Lúcia Silveira Rocha constitui um local de grande importância cultural e histórica para a memória da cidade de Niterói. Ela espera que seu trabalho sirva, não somente para desenvolver o gosto pela ciência desde a infância, mas também para uma nova forma de relação entre estudantes e a população em geral. “Neste ponto, esta troca que estamos desenvolvendo é essencial. Precisamos usar o conhecimento popular que já existe entre os pescadores junto ao fascínio natural exercido pelas plantas. Espero que o projeto sirva para que os educadores locais também comecem a utilizar, em suas atividades de ensino, um material tão abundante e de fácil acesso como as plantas”, conclui.

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