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Publicado em: 04/09/2008
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Ciclo do carbono nos ecossistemas aquáticos é tema de simpósio na UFRJ

Débora Motta

 


  Divulgação/ UFRJ 

  
   Contribuição dos rios e lagos tropicais na emissão de
   gases que aceleram o efeito estufa é pouco conhecida

Consideradas um dos maiores desafios da agenda internacional, as mudanças climáticas estão diretamente relacionadas ao ciclo do carbono - já que os gases metano (CH4) e dióxido de carbono (CO2) são os principais causadores do efeito estufa. Os ecossistemas aquáticos são importantes fontes naturais de metano e dióxido de carbono para a atmosfera, mas a contribuição de rios e lagos tropicais no ciclo ainda é pouco conhecida. Para discutir essa questão, o II Simpósio em Ecologia: Ciclo do Carbono em Ambientes Aquáticos Continentais vai reunir, de 8 a 10 de setembro, cerca de 400 alunos e pesquisadores no Auditório Roxinho, no Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza, na Ilha do Fundão, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

“O objetivo do simpósio é discutir a relação entre o ambiente aquático e o ciclo do carbono e avaliar o papel dos ecossistemas aquáticos tropicais na emissão de metano e CO2”, diz um dos organizadores do encontro, o biólogo Alex Enrich Prast. “O simpósio é o espaço ideal para discutir temas específicos, que não são abordados com a devida atenção nos congressos. A primeira edição, realizada no ano passado, teve como tema a ecologia da Antártica”, acrescenta o professor do Departamento de Ecologia do Instituto de Biologia da UFRJ.

 

O carbono entra constantemente na atmosfera sob a forma de dióxido de carbono, metano e outros gases. Ao mesmo tempo, é absorvido pelas plantas verdes e pelo fitoplâncton presente nos ambientes aquáticos, por meio do processo de fotossíntese. Esse é o ciclo do carbono, combinação dos processos biológicos, físicos e químicos que movem esse elemento. O equilíbrio do ciclo é fundamental para determinar o clima do planeta, visto que as mudanças climáticas - outro nome para o aquecimento global - acontecem quando são lançados mais gases de efeito estufa do que as florestas e os oceanos são capazes de reter. 

 

Diversos estudos ressaltam a necessidade de uma melhor compreensão ecológica do ciclo do carbono nos ecossistemas aquáticos continentais e do efeito das alterações humanas sobre ele. “É preciso levar em conta o balanço global da emissão de carbono, juntando as participações da floresta e do ambiente aquático. Não sabemos qual a verdadeira contribuição dos ambientes aquáticos tropicais nesse balanço, nem do efeito das alterações causadas por atividades humanas nas emissões de carbono para a atmosfera. Daí a importância de realizarmos o simpósio, para entendermos melhor essas questões”, justifica.

 

De acordo com o pesquisador, o Brasil tem um papel estratégico para a construção desse conhecimento por reunir em seu território boa parte dos ecossistemas aquáticos continentais e florestais do planeta. “A quantidade de estudos nessa área tem aumentado no país, especialmente na região Sudeste, mas é insuficiente para conhecer, com precisão, o balanço entre a quantidade de carbono acumulada e emitida em ambientes aquáticos tropicais”, completa Prast.

 

Com uma programação extensa, incluindo mesas-redondas, palestras e pôsteres, o simpósio vai promover a análise dos seguintes temas: emissão, produção, consumo e acumulação de carbono em diferentes ecossistemas aquáticos continentais; a relevância destes ecossistemas no balanço global do carbono; as alterações humanas sobre o ciclo do carbono e as principais lacunas e perspectivas no estudo do ciclo do carbono em ecossistemas tropicais.

 

Entre as atividades previstas na programação, Prast destaca o debate sobre a relação entre as usinas hidrelétricas e o aquecimento global. “Uma das mesas que promete chamar a atenção do público é a Emissão de Gases Biogênicos por Reservatórios, que vai avaliar, na segunda-feira, 8 de setembro, de que forma as hidrelétricas contribuem para a emissão dos gases de efeito estufa. Outro ponto que merece destaque, no mesmo dia, é o lançamento do livro Limnologia pelo professor Jose Galizia Tundisi, do Instituto Internacional de Ecologia. Esta obra é um marco no estudo da ecologia de ambientes aquáticos”, diz o biólogo, ressaltando também a participação de seis professores estrangeiros nas palestras da terça-feira, dia 9 de setembro.

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