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Publicado em: 15/08/2002
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No princípio, era o ovo...

No princípio, era o ovo...
Descoberta de ovo de dinossauro em Minas aponta nova espécie brasileira de dinossauro

 

A descoberta de ovos de dinossauros está  mudando os rumos da ciência que estuda ovos fósseis no Brasil,                                  a paleo-oologia. A bióloga Claudia Maria Magalhães Ribeiro, do Departamento de Geologia do Instituto de Geociências da UFRJ, estudou diversos fragmentos de cascas de ovos e um ovo fossilizado de dinossauro, cujo nome científico só será divulgado quando o trabalho da pesquisadora for publicado.

 

Medindo 17 cm de comprimento e 10 cm de largura, esse ovo caracteriza um novo gênero que poderá estar relacionado a uma espécie nova de titanossauro, que viveu na região de Uberaba (MG), há aproximada-mente 70 milhões de anos.

 

A descoberta do ovo fossilizado ocorreu em setembro de 1999. Mas a pesquisa começou a ser desenvolvida no início de 1998, a partir da coleta sistemática das cascas de ovos fossilizadas encontradas no sítio paleontológico de Peirópolis, localizado cerca de 20 km de Uberaba. Para realizar esse trabalho, a bióloga da UFRJ contou com a colaboração da equipe do Centro de Pesquisas Paleontológicas Llewellyn Ivor Price, de Peirópolis (MG).

 

Após a descoberta, Claudia passou a desenvolver uma série de estudos cujos resultados foram apresentados em sua tese de doutorado, defendida em abril deste ano, na UFRJ. Na tese, a pesquisadora faz uma análise comparativa dos espécimes encontrados no Triângulo Mineiro com outros achados da França, Romênia, Argentina, Espanha e Índia. “O resultado confirmou o ineditismo do material brasileiro”, assegurou a paleo-oóloga, que usou como referência três famílias e 17 espécies distintas de ovos fossilizados de dinossauros. Para identificar o ovo e o tipo de animal que lhe deu origem, a pesquisadora realizou estudos microscópicos das cascas dos ovos e usou como base uma tabela de classificação parataxonômica. “Como o material estudado possui características morfológicas muito particulares, isso permitiu distingui-lo de outros tipos de ovos descritos anteriormente no mundo, em nível de gênero”, ressaltou.

 

Claudia Maria Magalhães Ribeiro estuda ovos fossilizados desde 1995. “Seu trabalho é considerado pelos paleontológos brasileiros como o mais detalhado sobre ovos fósseis desde Llewellyn Ivor Price, o pai da paleo-oologia no Brasil”, afirma Ismar de Souza Carvalho, professor do Instituto de Geociências da UFRJ e orientador da pesquisadora neste trabalho.

 

Apoio: FAPERJ

Modalidade: Programa Cientistas do Nosso Estado

Valor: R$ 48 mil

Ano: 2001

 

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