Por Ascom Faperj
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| Anita Dolly Panek se destacou pelo pioneirismo nos estudos sobre o metabolismo da trealose como molécula protetora da membrana celular (Foto: Divulgação/ABC) |
A direção da FAPERJ se une à comunidade acadêmica e expressa seu pesar pela perda da professora Anita Dolly Panek. Bioquímica polonesa, naturalizada brasileira, era professora emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desde 1995. Destacou-se pelos estudos na área de metabolismo energético. Até o momento, não há outras informações sobre o falecimento e o velório da pesquisadora. Uma das principais contribuições da pesquisadora foram os estudos sobre o metabolismo da trealose, molécula de açúcar natural, como protetora da membrana celular. Considerada uma das pioneiras de sua área, dedicou sua vida ao ensino e à pesquisa. Como professora ajudou a formar diferentes gerações de pesquisadores, orientando mais de 50 teses de Doutorado. Foi autora de mais de 170 artigos publicados em periódicos do Brasil e do exterior. Possuía três registros de patente.
Nascida na cidade de Cracóvia, em 1930, Anita Panek veio para o Brasil com a família, em 1940. No final daquela década, ingressou no curso de Química, da Escola de Química da UFRJ, então Universidade do Brasil. Graduou-se em Química Industrial, em 1954. Obteve o Doutorado em Ciências pela UFRJ, em 1962, e, na sequência, a livre-docência em Microbiologia Industrial. Tornou-se professora titular da universidade, em 1976. Em 1995, recebeu o título de professora emérita. No ano seguinte, foi agraciada com a medalha da Ordem Nacional do Mérito Científico, concedida pela Presidência da República. Desde 1971, era membro da Academia Brasileira de Ciências. Também era membro de entidades como a Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular, a American Society for Biochemistry and Molecular Biology, a Academia de Ciências da América Latina e a Academia de Ciências do Terceiro Mundo.
