Editorial
A medida que os pesquisadores avançam em seus trabalhos e conseguem obter resultados consistentes em diferentes áreas do conhecimento, a ciência, acompanhando a velocidade das transformações da sociedade, assume novas posições diante dos desafios que surgem. Em suas bancadas diante de planilhas ou dos terminais dos computadores, ou, ainda, em arquivos, bibliotecas e no contato direto com dilemas e questões sociais, os pesquisadores dedicam-se, hoje, a trabalhos que, muitas vezes, só terão seus resultados conhecidos e justificados daqui a algumas décadas.
Dentro desse panorama, o papel do Estado no fomento à ciência e à tecnologia deve ser destacado e constitui-se como um dos pilares da política científica. Seu principal compromisso deve ser o apoio à atividade de pesquisa, de inovação e de disseminação do conhecimento. Entretanto, vale ressaltar que, por mais fortes que possam parecer os interesses do Estado e as tendências do mercado, o trabalho intelectual e científico deve ter independência e não pode ser pautado por essas forças.
As atividades de pesquisa, de inovação e a disseminação de conhecimentos exigem uma política científica que dê a elas condições de existir e de manter um alto padrão de qualidade. É preciso ter consciência de que a ciência é uma atividade de longo prazo. Portanto, o que hoje se configura como um simples sonho ou como uma remota possibilidade, pode tornar-se o primeiro passo para uma grande descoberta, para a obtenção de soluções há muito esperadas e para o domínio de áreas hoje desconhecidas.
É desta aposta no trabalho obstinado dos cientistas do Rio de Janeiro que trata esta edição do FAPERJ Notícias, que reúne algumas pesquisas apoiadas por nossa fundação, cujos resultados poderão trazer importantes contribuições em diversos campos do conhecimento.
Renato Lessa
Diretor-presidente da FAPERJ
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