Rio de Janeiro poderá ter selo de qualidade para alimentos
Os alimentos produzidos no Rio de Janeiro poderão ganhar no futuro um selo atestando a sua qualidade concedido pelo Centro de Qualidade Alimentar (CQA) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). A proposta é defendida pelo coordenador-executivo do centro, Carlos Guimarães, segundo o qual esse selo pode trazer muitos benefícios tanto para os produtores rurais fluminenses quanto para os consumidores: esse atestado permitirá ao agricultor ter ganhos maiores com a venda do seu produto, enquanto o consumidor poderá adquirir alimentos mais saudáveis, com a certeza da qualidade, argumenta Guimarães.
Na opinião do coordenador, o mais importante nas pesquisas que vêm sendo realizadas pela equipe do CQA é a busca da melhor solução para cada problema detectado. Não queremos simplesmente apresentar denúncias sobre os níveis de contaminação dos produtos, afirma.
O engenheiro estima que dentro de um ano deverão ser constatados os primeiros resultados mais efetivos deste trabalho. Segundo Guimarães, o centro poderá prestar serviços, como a certificação da qualidade dos produtos para os agricultores e, com isso, gerar recursos que poderão ser reinvestidos no desen-volvimento do projeto.
Inaugurado em março deste ano, o Laboratório de Análises do Centro de Qualidade Alimentar terá papel importante no trabalho executado junto aos produtores rurais.
Pesquisadores buscam identificar e corrigir problemas que levam à contaminação das culturas e da água
Segundo a coordenadora técnica do centro, Márcia Madeira, na primeira fase do projeto foi levantado o nível de contaminação de uma série de culturas - verduras e legumes - produzidas em seis municípios da Região Serrana do estado.
Os técnicos do centro constataram a contaminação por coliformes fe-cais de produtos que são consumidos principalmente pela população do Grande Rio, como a bertalha, por exemplo: nesse caso específico foi registrado um índice absurdamente elevado de presença de coliformes fecais, muito acima dos níveis tolerados, afirma a coordenadora, acrescentando que também foi detectada a presença de coliformes fecais em plantações de alface.
O que mais preocupou os pesquisadores foi a qualidade da água utilizada para a irrigação das lavouras. Márcia Madeira diz que, durante o período de pesquisa, a equipe do Centro encontrou de tudo nas águas.
Na segunda etapa do projeto os técnicos do laboratório vão atuar em conjunto com os agricultores fluminenses, no intuito de identificar e corrigir os principais problemas que podem levar à contaminação das cul-turas: as metodologias que vamos desenvolver poderão, no futuro, ser utilizadas em todo o país, assinala o coordenador técnico do centro.
Apoio: FAPERJ
Modalidade: Auxílio à Pesquisa - APQ1
Valor Total: R$ 279.000,00
Ano: 2001
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