Editorial
Toda mudança de governo costuma vir acompanhada de alta dose de expectativa em relação à continuidade de projetos e às políticas a serem implementadas. Acredito que dentro da comunidade de ciência e tecnologia não seja diferente e, dessa forma, devo reafirmar, neste primeiro contato, o compromisso do atual governo do estado de trabalhar pela dinamização do fomento às instituições de pesquisa localizadas no Rio de Janeiro.
A missão da FAPERJ nesse contexto é fundamental e, mesmo considerando os resultados positivos alcançados nestes últimos anos, ainda é preciso fazer muito para consolidar nossa fundação. Será um trabalho árduo, sobretudo se considerarmos o pouco tempo que resta até o fim da atual administração. Ainda assim, vejo minha gestão voltada, inicialmente, para criar rotinas mais racionais e para desenvolver uma forma de trabalho mais despersonalizada, mais voltada para a instituição e, em especial, para criar um sistema de trabalho mais cooperativo, no qual as diretorias trabalhem sem ter linhas divergentes de atuação. Dentro desse cenário, o Conselho Superior passará a ter um papel mais atuante nas diretrizes gerais da FAPERJ, não apenas para prestar contas, mas também para ajudar a resolver problemas.
Entre os pontos que, em conjunto com a nova diretoria e o Conselho Superior, pretendo rever está a questão das descentralizações financeiras relacionadas a atividades que não estejam diretamente ligadas à pesquisa. Não vamos interromper nada que esteja sendo concluído, mas é preciso reavaliar descentralizações, cujo conteúdo científico não está muito claro. Vamos reorientar o orçamento para atividades-fim, como o apoio à pes-quisa, a publicações, a seminários, a acervos e a projetos especiais, como os projetos temáticos, os institutos virtuais e as entidades estaduais.
O apoio às entidades estaduais será, igualmente, revisto. Na concepção anterior, entendiam-se como entidades estaduais exclusivamente aquelas vinculadas ao governo do estado. É uma visão muito restrita não incluir nesse grupo instituições como a UFRJ, que é a maior universidade pública do Brasil e é um patrimônio do Estado do Rio de Janeiro, assim como a Fiocruz; o CBPF; o Iuperj; o LNCC e a PUC, entre outras. É preciso ter uma visão que contemple o conjunto da malha científica do estado. Anteriormente, isso não vinha sendo feito com o mesmo peso.
A partir de agora, a FAPERJ vai buscar uma associação maior entre pesquisa e resultados sociais e, dessa forma, a política de difusão científica passa a ser prioritária. Não apenas para divulgar o que a FAPERJ faz, mas para mostrar os resultados que a comunidade científica vem alcançando, independente de o trabalho ser ou não apoiado pela fundação. Vamos colocar a comunidade como protagonista do nosso trabalho de difusão, por intermédio da revista de divulgação científica que lançaremos em breve. Outra ação nesse sentido será a reformulação do site da FAPERJ, que contará com entrevistas; artigos para debate e links com revistas internacionais, que o tornarão mais ativo. Por fim, vamos reorientar, gradativamente, este tradicional informativo, que, a partir desta edição, passa a chamar-se FAPERJ Notícias.
Renato Lessa
Diretor-presidente da FAPERJ
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