O seu browser não suporta Javascript!
Você está em: Página Inicial > Comunicação > Arquivo de Notícias > Pesquisa de novas proteínas para tratamento de doenças genéticas é tema de debate
Publicado em: 22/08/2008
ATENÇÃO: Você está acessando o site antigo da FAPERJ, as informações contidas aqui podem estar desatualizadas. Acesse o novo site em www.faperj.br

Pesquisa de novas proteínas para tratamento de doenças genéticas é tema de debate

Vinicius Zepeda

"O aumento tecnológico permitiu identificar melhor as moléculas do código genético humano – o DNA –, que identifica as características físicas e biológicas de cada indivíduo. Com isso, por meio da manipulação destes genes, foi possível iniciar estudos em áreas como engenharia genética, criar novas moléculas para combate de doenças, como câncer, mal de Parkinson, Alzheimer, encefalopatias e tratamento de rejeição em pacientes transplantados." A afirmativa foi feita pelo pesquisador da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Carlos Henrique Inácio Campos, coordenador da mesa de debates "Química Biológica", realizada na SBPC na tarde de terça-feira, 15 de julho. Além dele, a discussão ainda contou com a presença do diretor científico da FAPERJ, Jerson Lima Silva, e do pesquisador da USP
(Universidade de São Paulo), Carlos Montanari. O encontro serviu para os pesquisadores apresentarem para o público os principais objetivos e as dificuldades encontradas no estudo da química biológica no Brasil.

Em sua apresentação, o diretor científico da FAPERJ, Jerson Lima Silva, mostrou ao público presente as atividades de pesquisa desenvolvidas no Centro Ressonância Magnética Nuclear Jiri Jonas (CRMN), laboratório que coordena. "Nosso centro é referência nacional na área de pesquisas nucleares utilizando um espectrômetro de alta performance. Desde que compramos este aparelho e o instalamos no CRMN, trezentos usuários de diversas áreas, de todo o país, já o utilizaram para suas pesquisas", afirmou o pesquisador. "Com ele, podemos, por meio de ondas magnéticas, bombardear proteínas e investigar alterações genéticas, tão comuns em câncer, Alzheimer, Parkinson, e outras doenças geradas por alterações de proteínas das células", complementou.

Lima Silva e os outros dois pesquisadores ainda concordaram sobre uma maior divulgação do ensino da química biológica – ciência formada pela junção do estudo da composição e estrutura da matéria, e suas interações, com o resultado destas junto ao meio ambiente, buscando melhorá-las. "A Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e as instituições de pesquisa têm que olhar com mais atenção para este campo e criar uma graduação nesta área. Acho que deveríamos discutir a possibilidade de criar, no currículo da biologia ou da química, um ciclo básico comum e a opção de bacharelado em química biológica", completou.

Já Carlos Montanari, da USP, lembrou a falta de sintonia das disciplinas da graduação em química e em biologia, sugerindo que as duas áreas estudassem uma maior aproximação. "Hoje em dia, a única maneira de aprender química biológica, tão necessária para a criação de novas moléculas para o tratamento de doenças, é na pós-graduação", falou Montanari. "Para que possamos fazer avançar a ciência no país, precisamos facilitar o acesso a este novo campo do saber. Nosso grande desafio é trocar conhecimentos nesta nova área, tão importante para o futuro e, ao mesmo tempo, de conhecimentos tão pluridisciplinares, formados pelo somatório de várias disciplinas", concluiu.

 

Compartilhar: Compartilhar no FaceBook Tweetar Email
  FAPERJ - Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro
Av. Erasmo Braga 118 - 6º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ - Cep: 20.020-000 - Tel: (21) 2333-2000 - Fax: (21) 2332-6611

Página Inicial | Mapa do site | Central de Atendimento | Créditos | Dúvidas frequentes