FONTE: O Globo
DATA: 28 de abril de 2008
TÍTULO: TRANSPARÊNCIA
Ruy Garcia Marques, Rex Nazaré Alves e Jerson Lima Silva*
Vivemos uma grave e triste epidemia de dengue no Rio de Janeiro e a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro FAPERJ não desconhece o problema. Ao contrário, em
Desde o mês de fevereiro, com ampla discussão com a comunidade científica, vimos trabalhando em um edital sobre doenças negligenciadas e re-emergentes, incluindo- se a dengue, mas também outras de grande prioridade, como p. ex. febre amarela, hanseníase, leishmaniose e tuberculose. Este edital tem lançamento previsto para o próximo dia 30 de abril, com orçamento de R$ 10 milhões, sendo que R$ 3 milhões se destinam, exclusivamente, à dengue. Este é o maior orçamento já disponibilizado no País por uma fundação estadual de amparo à pesquisa para o estudo deste grupo de doenças.
A FAPERJ definiu uma política para a utilização dos seus recursos e é por meio dela que pesquisadores e empreendedores de muitas instituições e empresas sediadas no estado, públicas ou privadas, têm submetido os seus projetos e têm recebido substancial apoio financeiro. Temos investido na recuperação da infra-estrutura das instituições de ensino e pesquisa e no apoio a áreas de real interesse para a nossa população, como melhoria do ensino nas escolas públicas, meio ambiente, difusão e popularização da C&T, construção da cidadania da pessoa com deficiência, segurança pública, humanidades, agropecuária, engenharias e grupos emergentes de pesquisa, somente para citar algumas. Também temos investido fortemente no apoio a projetos de inovação tecnológica em diversas áreas, propiciando, inclusive, o desenvolvimento regional em muitos municípios situados fora da região metropolitana do Rio de Janeiro. Este tipo de iniciativa amplia a massa crítica de recursos humanos em C&T, necessária para dar suporte a ações estratégicas com alta demanda de capacitação.
Uma das maiores marcas da atual FAPERJ é a transparência, mediante o julgamento dos projetos de pesquisa por comitês de pares externos (constituídos por eminentes pesquisadores dos demais estados brasileiros). Os recursos não podem ser endereçados a pessoas ou grupos que não se submetem a uma disputa de mérito dos seus projetos e de comprovação de sua qualificação científica e tecnológica, em editais públicos, haja vista que esta é a forma correta, justa e transparente para que o dinheiro público seja demandado e concedido, e para que possa retornar como benefício efetivo para a população do estado do Rio de Janeiro.
Em 2007, o governador Sérgio Cabral destinou, efetivamente, R$ 200 milhões para o fomento à C&T, por meio da FAPERJ, que aplicou este montante em praticamente todas as áreas do conhecimento. O que é mais relevante, contudo, é que, deste total, quase R$ 190 milhões foram pagos ainda em 2007 e o restante neste início de 2008. Isto nunca havia acontecido antes! Agora, passamos a contar com previsibilidade para o financiamento dos projetos contemplados e o seu pagamento vem seguindo, rigorosamente, a data de emissão das programações de desembolso, sem atropelos ou intromissões. Estas ações aumentaram, em muito, a credibilidade da FAPERJ!
* Respectivamente, Diretor Presidente da FAPERJ; Diretor de Tecnologia e Diretor Científico
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