Editorial
Neste ano de 2000, final de século e de milênio, em meio às mudanças vertiginosas e à incrível velocidade do tempo histórico, vivemos a sociedade informacional/global, que se articula na revolução tecnológica da informação e da sociedade em rede, na primazia do espetáculo e, sobretudo, do conhecimento.
Segundo Manuel Castells, nessa nova sociedade, marcada pelo capitalismo informacio- nal/global, "a produtividade origina-se essencialmente da inovação e a competitividade da flexibilidade. Portanto, empresas, regiões, países, unidades econômicas de todas as espécies preparam suas relações de produção para maximizar a inovação e a flexibilidade".
Estamos num mundo complexo e excludente, onde são estreitíssimas as margens de mano bra dos países emergentes no sistema internacional. Na medida em que a moeda política forte é o conhecimento, sem uma base sólida em ciência e tecnologia, fica a cada dia, mais difícil para os países em desenvolvimento articular seus interesses no contexto da nova sociedade.
O Brasil precisa vencer o atraso, superar suas deficiências estruturais históricas, criar empregos, priorizar setores estratégicos como educação, saúde, ciência e tecnologia. Precisamos reverter esta situação vergonhosa que nos coloca nos piores lugares das listas mundiais de desenvolvimento humano.
A posse das novas tecnologias - os prodigiosos avanços da biotecnologia, da eletromecânica, de supercon- dutividade, da cerâmica e da eletrônica - e a capacidade de produzí-las, utilizá-las e difundí-las resultam em vantagens competitivas fundamentais que exigem, para que não haja descontinuidade no processo tecnológico, fluxos de financiamento permanentes e formação continuada de recursos humanos altamente qualificados.
Felizmente, para o Estado do Rio de Janeiro, o Governador Anthony Garotinho sempre deixou claro a sua convicção, oriunda de sua visão de estadista, de que é preciso investir em inteligência, apoiar, através da FAPERJ as universidades, as instituições de pesquisa, os cientistas e os pesquisadores do Rio de Janeiro o que, desde a sua posse no Governo do Estado tornou-se realidade com a recuperação financeira da FAPERJ durante o ano de 1999, sob a presidência do Doutor Fernando Peregrino. Como novo Diretor-Superintendente da FAPERJ assumimos o compromisso de continuar o eficiente trabalho que, desde então, vem sendo desenvolvido na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro.
Antonio Celso Pereira
Diretor-Superintendente da FAPERJ
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