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Publicado em: 15/12/2005
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Discurso de Rocha Filho na festa de 25 anos da FAPERJ

Senhoras e senhores:

 

Hoje, tivemos o privilégio de presenciar, neste templo das artes, a exaltação da cultura, numa de suas mais nobres expressões – a música, brilhantemente executada pela Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal.

 

Em seguida assistimos o filme sobre a vida e obra do Prof. Carlos Chagas Filho. Veio-me a lembrança a imagem de El Cid Campeador, que para além de sua vida, permaneceu como símbolo de seus ideais. Da mesma forma Carlos Chagas Filho, figura emblemática do nosso mundo científico, está imortalizado pela  relevância e caráter humanitário  de sua obra, e seu nome vinculado à nossa FAPERJ: FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS FILHO DE AMPARO A PESQUISA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

 

Finalmente tivemos a oportunidade de homenagear o fabuloso capital intelectual do nosso Estado ao cingir com a medalha Carlos Chagas Filho, um grupo de personalidades representativo de diversas áreas dos nossos saberes.

 

O Estado do Rio de Janeiro, evocado com orgulho por suas belezas naturais, se caracteriza também por seu patrimônio construído, destacando-se nosso fabuloso capital cultural e intelectual e suas expressões representativas de liderança na cultura, na ciência e na tecnologia.

 

Sediamos o Arquivo Nacional, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, a Biblioteca  Nacional , a Academia  Brasileira de Ciências, a Academia Brasileira  de Letras, a Academia Nacional de Medicina, a Fundação Osvaldo Cruz, o Centro Brasileiro de Pesquisa Física , o Instituto de Matemática Pura e Aplicada, o Museu Histórico Nacional, o Observatório Nacional, o Museu Nacional, o Departamento de Recursos Minerais e o Laboratório Nacional de Computação Científica, entre outras tantas instituições.

 

Ressalta-se  também a notoriedade acadêmica dos Programas de Pós-Graduação e Centros de Pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro, da Universidade Federal Fluminense, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, da Universidade Estadual do Norte Fluminense e da Pontifícia da Universidade Católica do Rio de Janeiro.

 

Tal realidade constitui-se em grande estímulo, mas sobretudo em grande desafio!

 

A história contemporânea destaca a relevância de uma forte base científica e tecnológica instalada para a conquista da soberania dos países.

 

No Brasil as preocupações com definições de política de Ciências e Tecnologia em nível Estadual, começam a ter registros sistemáticos a partir da década de 70.

 

A Constituição Estadual de 1975 previa, no seu artigo 136, a criação de uma fundação que amparasse a pesquisa e o desenvolvimento cientifico e tecnológico em nosso Estado. Tal fato ocorreu apenas cinco anos depois, por força da Lei número 319, de 1980, que autorizou o Poder Executivo Estadual a estabelecer um órgão de fomento à pesquisa.

 

O decreto número 3.290 instituiu a FAPERJ. Sua criação ocorreu mediante a fusão de duas outras instituições anteriores dedicadas ao Desenvolvimento de Recursos Humanos da Educação e Cultura e ao Desenvolvimento Econômico e Social do Rio de Janeiro.

 

Ao ser criada, a FAPERJ era supervisionada pela Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral da Governadoria da Estado e incorporou os acervos patrimoniais  e as receitas financeiras  das fundações que lhe antecederam.

Os interesses políticos conjunturais não propiciaram a consecução de seus objetivos de amparo a pesquisa e a FAPERJ, desses tempos iniciais, sofreu os efeitos da descontinuidade em sua orientação distanciando-se, em alguns momentos, de suas finalidades primordiais.

 

A reestruturação da FAPERJ consubstanciada na aprovação da Lei 1.175, de 1987, que redefiniu as finalidades da Fundação, imprimiu-lhe um perfil institucional condizente com a proposta de amparo à pesquisa, até então relegada a um plano secundário.  Foram também editados decretos que alteraram seus Estatutos e Regimento Interno.

 

Nesse período também foi criado o Conselho Superior da FAPERJ.

 

A criação da Secretaria de Ciência e Tecnologia, a expansão dos Programas de Pós-Graduação e a consolidação dos Centros de Pesquisa, criaram uma conjuntura favorável para o desenvolvimento da Fundação.

 

Historiar a trajetória da FAPERJ nestes dois decênios seria impossível nos limites desta solenidade.  São visíveis os sucessos obtidos, como são reconhecidas as dificuldades enfrentadas.

 

Não poderia, no entanto, deixar de fazer algumas menções.

 

A primeira delas ao Conselho Superior da FAPERJ. Desde sua criação tem se constituído num dos pilares da estrutura organizacional da FAPERJ, defendendo seus interesses e debatendo suas atividades em reuniões mensais. De seus 12 membros, 8 são indicados por Universidades, Instituições de Pesquisa  e Setor Empresarial . Constituí-se, pois, em autentico canal das demandas, aspirações e críticas da sociedade.

Nomeando especialmente seu primeiro Presidente Luiz Fernando Salgado Candiota  e seu atual Presidente Reynaldo Felippe Nery Guimarães, presto minha homenagem pública a todos os seus componentes ao longo destes anos.

 

Gostaria de destacar a importância de todos os Superintendentes e Presidentes da Fundação que me antecederam.

 

Constituir-se no executivo da Fundação requer não apenas talentos especiais, mas sobretudo grande dedicação. Significa estar entre as demandas que crescem e se diversificam e os recursos limitados para atender a todos. É preciso que estes recursos não sejam tratados só do ponto de vista quantitativo, mas sim pela sua utilização estratégica e portanto qualitativa.

 

A clareza das prioridades nem sempre tornam menos árdua esta tarefa compartilhada com os Assessores, os Coordenadores de Áreas e sobretudo com a Diretoria Científica, Administrativa e Tecnológica.

 

Devo mencionar também os nossos funcionários e colaboradores. São os que estão do outro lado do balcão e que não conhecem apenas os números dos processos, mas os nomes dos pesquisadores e partilham seus problemas e orgulham-se de seus sucessos.

 

Alguém já disse que há um “estilo FAPERJ” de atendimento.

Homenageamos hoje dois destes funcionários, escolhidos pelos seus pares, mas gostaria de estender a todos meu agradecimento.

 

 Numa festa de 25 anos da FAPERJ, porem, a grande homenagem deve ser para a comunidade acadêmica. Os Pesquisadores e os resultados que apresentam constituem-se no patrimônio que notabiliza e credencia a FAPERJ a nível Nacional.

 

Finalmente gostaria de registrar e agradecer o apoio da Governadora Rosinha Garotinho que, dando continuidade a uma destacada política de investimento em ciência e tecnologia implantada pelo ex-governador Anthony Garotinho, sempre se pronunciou sobre a importância da competência em Ciência e Tecnologia instalada em nosso Estado e que não poupou esforços para que ela pudesse contribuir efetivamente para o desenvolvimento sócio-econômico do Estado e do País.

 

Como Diretor-Presidente da FAPERJ gostaria de saudar e agradecer a todos. Tenho plena certeza de que a FAPERJ continuará a perseguir nos anos que se seguem a sua missão inexorável de fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico, parte integrante do progresso sócio-econômico e peça fundamental na distribuição de riquezas e no processo de eliminação da exclusão social.

 

Ao encerrar desejo a todos um feliz natal e que a paz, reinando o coração de todos, prolifere e contamine toda a nossa sociedade, trazendo o fortalecimento do sentimento de solidariedade. Obrigado pela presença de todos.
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