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Publicado em: 22/07/2005
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Novos caminhos para a difusão científica

Jornal e site ajudam a ampliar a visibilidade das ações e projetos apoiados pela FAPERJ

Não basta fazer; é preciso mostrar o que se faz. Partindo desta máxima, a FAPERJ vem trabalhando para ampliar a visibilidade de suas ações e projetos. Com este objetivo, foram criados dois novos veículos de comunicação: este Jornal da FAPERJ e o Boletim Eletrônico da FAPERJ – que acaba de completar um ano de edições semanais ininterruptas. Com recursos e limitações específicos, o meio impresso e o meio eletrônico podem e devem complementar-se. Aqui, por exemplo, é mostrada parte do trabalho jornalístico que vem sendo difundido em meio digital visando ampliar a divulgação dos estudos apoiados pela Fundação. Os resumos abordam algumas das reportagens que figuram semanalmente no boletim eletrônico e que podem ser lidas integralmente em www.faperj.br/difusão/arquivo de boletins. O esforço de divulgar estes trabalhos em linguagem leiga é grande: são centenas de projetos. De início, o trabalho de difusão vem abordando os estudos feitos por Cientistas do Nosso Estado e pelos contemplados no programa Primeiros Projetos.

- Um alerta para abandono de jardins de Burle Marx

Grande parte dos jardins projetados por Burle Marx está abandonada ou foi modificada sem critério. Além disso, o acervo de projetos encontra-se guardado sem os devidos cuidados. O alerta é da pesquisadora Ana Rosa de Oliveira, do Laboratório de Paisagem do Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro que, com o apoio do programa Primeiro Projetos da FAPERJ, desenvolve a pesquisa O jardim da Villa Moderna no Brasil: um processo de documentação e estudo de obras exemplares de Roberto Burle Marx. Ana Rosa estuda os jardins realizados entre 1930 e 1960. Embora o foco inicial fossem os espaços privados, a pesquisa será estendida aos espaços públicos – o Aterro do Flamengo é um dos melhores exemplos de descaracterização. "Apesar dos projetos de restauro já realizados, a descaracterização se dá em conseqüência do uso intensivo do parque e da precariedade da manutenção", disse.

Os problemas também ocorrem nos jardins privados. Dentre os casos mais alarmantes, está a casa de Francisco Pignatari, de 1954, que não chegou a ser concluída. Com projeto de Oscar Niemeyer, só chegou até as lajes de cobertura. A riqueza da concepção original do espaço, de relações e ambientes conformados pelos painéis, pérgulas, maciços arbóreos e áreas abertas do entorno da casa foi alterada com a construção do Palácio Tangará Hotel e Spa. A pesquisa encontrou ainda descaracterização em outros projetos como os feitos para Olivo Gomes, de 1951, em São José dos Campos, SP; Walther Moreira Salles, 1951, no bairro da Gávea, no Rio de Janeiro; Edmundo Cavanellas, em Pedro do Rio, Petrópolis, RJ; e Alberto Kronsforth, 1955, em Teresópolis. Alguns desses jardins já estão sendo restaurados.

Íntegra no Boletim da FAPERJ nº 42

- A evolução paleoambiental no litoral do RJ

Mais um aliado se soma à luta pela preservação das baías de Ilha Grande e Sepetiba, no litoral sul do Estado do Rio de Janeiro. Um estudo conduzido pelo pesquisador Renato Campello Cordeiro, da UFF, investiga as variações climáticas, oceânicas e antrópicas ocorridas ao longo dos últimos 200 anos na chamada Costa Verde. A pesquisa poderá, no futuro, ajudar a subsidiar políticas públicas e ações de gestão e monitoramento daqueles ambientes, viabilizando uma exploração racional e economicamente viável dessas áreas, propícias para atividades como a pesca e o turismo.

"Na baía de Sepetiba já se constata há alguns anos uma deposição de metais associada à presença do homem na região", diz Cordeiro, que é professor do Departamento de Geoquímica da UFF e foi contemplado no edital Primeiros Projetos da FAPERJ. Ele conta com colaboradores de peso, como o cientista belga Alphonse Kelecom e o indiano Sambasiva Rao Pachineelam, ambos também da UFF. Baseada em sondagens de sedimentos – por meio da utilização de ‘testemunhos’ –, a reconstituição paleoambiental permitirá recriar o cenário paleoclimático, paleoceanográfico e paleoecológico da região, buscando identificar a variabilidade dos processos ambientais em relação as suas componentes naturais e antrópicas. As pesquisas de Cordeiro e sua equipe devem colaborar para a preservação desse que é um dos mais exuberantes e bem-preservados sistemas marinhos do litoral brasileiro.

Íntegra no Boletim da FAPERJ nº 45

- Um viagra brasileiro em estudo no LASSBioCoordenador do Instituto Virtual de Fármacos da FAPERJ e fundador do Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas (LASSBio) da UFRJ, Eliezer Barreiro dedica-se no momento a um assunto que interessa a muita gente: a criação de um "viagra brasileiro". Passando pela busca da versão sintética de compostos para o tratamento da inflamação e da dor e pela investigação de moléculas que combatem depressão e esquizofrenia, Eliezer e sua equipe chegaram à síntese da Apomorfina, um fármaco que apesar de já existir no mercado, é extremamente caro para o Brasil. Dominada a tecnologia da síntese, a providência seguinte foi patentear a descoberta de modo a possibilitar a redução do custo da substância.

De acordo com o cientista, a Apomorfina oferece vantagens em relação ao Viagra: o usuário não corre o risco de infarto. Eliezer afirma que a substância poderá chegar ao mercado em quatro ou cinco anos. O LASSBio fechou parceria com uma grande indústria farmacêutica e já passou da primeira fase de ensaios clínicos em animais para a fase de testes em homens. "Com essa parceria já temos a tecnologia necessária para produzir até 10 quilos de Apomorfina para o primeiro ano de ensaios clínicos em humanos", diz Eliezer Barreiro.

Íntegra no Boletim da FAPERJ nº 41

- Epilepsia, ciência e preconceito

Uma das primeiras enfermidades descritas com detalhes na história da medicina, a epilepsia é o tema da pesquisa Ciência e preconceito: Uma história social da epilepsia no pensamento médico brasileiro, coordenada pela historiadora da PUC-Rio Margarida de Souza Neves, contemplada com a bolsa Cientistas do Nosso Estado 2005.

A pesquisa pretende analisar os documentos científicos produzidos por médicos no Brasil entre 1859 e 1906. De acordo com Margarida o trabalho vai além de focar a discriminação sofrida pelos epilépticos. "Nosso estudo é importante para analisar qualquer preconceito, que pode estar presente em pessoas comuns e médicos que lidam com doenças crônicas como hanseníase, AIDS, hepatite, herpes, entre outras que ainda estigmatizam seus portadores", observa. Ela explica que, desconhecendo a etiologia da doença, os médicos do século 19 associavam a epilepsia a questões morais, ao controle dos corpos, e mesmo a uma propensão inata ao crime. Algumas destas idéias perduraram até meados do século 20 e fundamentaram algumas das mais terríveis ações do nazismo, lembra a pesquisadora, cuja equipe inclui a historiadora Heloísa Corrêa e mais seis estudantes de História da PUC-RJ, entre eles dois bolsistas de Iniciação Científica da FAPERJ. Os primeiros resultados foram apresentados em congressos no Brasil e em agosto deste ano serão exibidos no Congresso da Sociedade Internacional de Epilepsia, em Paris.

Íntegra no Boletim da FAPERJ nº 47

- Em foco, a base biológica da linguagem humana

Enquanto João desfiava a pia, o leão matava o vento. Já Denise refogava histórias para Paula, que mordia as roupas.

Não, não adianta ler de novo, você não leu errado. Descobrir o que acontece no cérebro quando lemos sentenças com este tipo de incongruência é um dos objetivos da lingüista Miriam Lemle no seu projeto Aspectos Neurofisiológicos da Linguagem, apoiado pela FAPERJ através do edital Cientistas do Nosso Estado 2005.

Para comprovar a teoria de que a linguagem tem uma base biológica, a professora, que lidera a equipe do Laboratório de Computações Lingüísticas, Psicolingüística e Neurofisiologia (Clipsen) do Departamento de Lingüística da UFRJ, pesquisa em voluntários a relação entre os estímulos lingüísticos e as reações bioelétricas no córtex cerebral, utilizando uma tecnologia denominada Extração de Potenciais Elétricos Relacionados a Eventos (ERP). A pesquisa é feita em cooperação com a área de Engenharia Biomédica da COPPE/UFRJ - uma característica inovadora.

Outro estudo em curso buscará capturar os efeitos neurofisiológicos dos encaixes de palavras dentro de palavras.

Íntegra no Boletim da FAPERJ nº 40

- A relação entre o poder e a juventudeContemplado com a bolsa Cientistas do Nosso Estado da FAPERJ, o professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF) Paulo Carrano vem demonstrando como o bom uso dos recursos pode gerar bons e múltiplos resultados. O trabalho de Carrano – Juventude e Poder Local na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, financiado pela FAPERJ e pelo CNPq – integra o estudo nacional Juventude, Escolarização e Poder Local, desenvolvido por uma rede de pesquisadores em nove regiões metropolitanas do Brasil. Um dos resultados do trabalho de Carrano foi lançado em maio: o documentário de 71 minutos em DVD Jovens no Centro, dirigido por Marcelo Brito. "Com os recursos que recebemos mensalmente da FAPERJ, pudemos não só realizar a pesquisa como comprar uma câmera e pagar toda a produção do filme", relatou o professor.

Os recursos também possibilitaram a organização de cursos na área de cinema para a formação de bolsistas de iniciação científica. "Dessa forma, atendemos um princípio básico do fomento à pesquisa: formar e qualificar profissionais", observou. A pesquisa de Carrano, no entanto, é mais abrangente. Em seu relatório preliminar, o pesquisador caracteriza a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, seus antecedentes históricos, sua dinâmica político-partidária, aspectos demográficos e territoriais, bem como dados sobre jovens de 15 a 24 anos de idade. O educador também descreve e analisa dados produzidos durante o processo de investigação, realizado entre 2003 e 2004 por uma equipe de pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFF.

Íntegra no Boletim da FAPERJ nº 44

- Em questão, o que conta como pesquisa

Estudo da educadora Menga Lüdke, da PUC-Rio, procura esclarecer o desafio contido na questão que lhe serve de título: O que conta como pesquisa?. Essa é a terceira etapa de um estudo mais abrangente sobre as relações entre o professor da educação básica e a pesquisa. O que se pretende é detectar quais as razões que levam membros de comitês selecionadores de pesquisa a considerarem um trabalho como merecedor dessa qualificação e outros não.

A pesquisa está sendo trabalhada a partir da perspectiva de quem decide o que conta como pesquisa. O objetivo é saber o que determina as decisões das pessoas encarregadas de atribuir ou não recursos a uma pesquisa apresentada por um professor. Os resultados do trabalho poderão ajudar a delinear uma imagem do universo no qual transitam os professores e seus trabalhos de pesquisa. Os interessados poderão conhecer como se dá a filtragem efetuada nos órgãos julgadores, com a sua multiplicidade de critérios.

Íntegra no Boletim da FAPERJ nº 39

- Em busca dos tesouros da costa brasileira

As esponjas do mar são uma fonte de novas descobertas em diversas áreas da ciência, da farmacologia às pesquisas sobre células-tronco e ao desenvolvimento de novos materiais. Substâncias produzidas pelas esponjas podem levar a medicamentos e sua estrutura inspira, por exemplo, a produção de fibras óticas para telecomunicações.

Com apoio da FAPERJ, duas equipes do Museu Nacional/UFRJ estudam as esponjas da costa brasileira. A equipe coordenada pelo Cientista do Nosso Estado Eduardo Hajdu dá subsídios à coleta, identificação e interpretação de resultados a grupos do Ceará, Bahia, Rio Grande do Sul e São Paulo, entre outros. A colaboração também se estende a países da América do Sul, como o Chile. Ele pretende descrever pelo menos 50 espécies de esponjas marinhas brasileiras. O trabalho do outro grupo é liderado por Guilherme Muricy, que recebe da FAPERJ um auxílio à sua pesquisa, que já listou cerca de 40 espécies de esponjas nas Cagarras, das quais ao menos cinco são novas para a ciência.

O projeto é audacioso. Nos novos extratos e nos compostos gerados, Hajdu e seu grupo vão efetuar bioensaios contra câncer, tuberculose e cepas de bactérias resistentes a antibióticos, entre outros. "A meta é testarmos ao menos 300 extratos", diz.

Íntegra no Boletim da FAPERJ nº 34

- Química orgânica: estudo pode redefinir parâmetros Uma pesquisa coordenada por Pierre Mothé Esteves, do Instituto de Química da UFRJ (IQ/UFRJ), pode abalar os pilares de uma importante vertente da química. Conduzida pelo Interlab, laboratório criado pelo pesquisador dentro do IQ/UFRJ, a pesquisa investiga a função da transferência de elétrons nas reações químicas. "Estamos balançando a estrutura de um segmento da química. O elétron é como um parafuso que segura as vigas de uma edificação. Se você tirar o parafuso, você muda completamente a configuração da matéria e, por extensão, de todos os materiais", diz o pesquisador. Se comprovada a tese de Esteves e de seu grupo de pesquisa, uma expressiva parte da química orgânica terá de ser revista. A eventual aceitação do novo modelo teria desdobramentos importantes também em outras áreas da ciência, como na biologia e também na física.

Do ponto de vista prático, as pesquisas podem resultar, por exemplo, na redução do custo de fabricação de plásticos. Esteves conta com colaboradores de peso em sua pesquisa, como o químico George A. Olah, prêmio Nobel em 1994. Doutor pela UFRJ, Esteves fez seu pós-doutorado em Los Angeles (EUA), onde recebeu uma proposta – recusada – para continuar suas pesquisas no meio privado. "Sempre acreditei que cientistas e pesquisadores devem ter um compromisso com o desenvolvimento do país", defende. Em 2004, a atual pesquisa de Esteves foi uma das contempladas no edital Primeiros Projetos da FAPERJ. "Estamos conseguindo fazer ciência de boa qualidade, e que não deixa a desejar em relação àquela feita em outros países", assegura.

Íntegra no Boletim da FAPERJ nº 43

Veja mais no arquivo de Boletins da FAPERJ

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