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Publicado em: 22/07/2005
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Nobel de medicina defende mais difusão da informação


Autor de uma das mais importantes descobertas sobre o câncer – que lhe valeu o Prêmio Nobel de Medicina em 1989 –, o americano Harold Varmus realizou no final de junho palestra para estudantes que lotaram o auditório do Instituto de Bioquímica do Centro de Ciências da Saúde, na UFRJ. Presidente do Memorial Sloan-Kettering Center de Nova York, Varmus foi diretor do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos durante a administração Bill Clinton.

Antes da palestra, o pesquisador visitou o Centro Nacional de Ressonância Magnética Nuclear da UFRJ, coordenado pelo diretor-científico da FAPERJ, Jerson Lima Silva – um dos responsáveis pela visita do americano ao país.

Durante sua estada no Rio, ele participou, em companhia do indiano Rao Nehru, presidente da Academia de Ciência do Mundo em Desenvolvimento, e de Phillip Griffiths, do Instituto Avançado de Princeton (EUA), de um café da manhã oferecido pela governadora Rosinha Garotinho no Palácio Laranjeiras. Na ocasião, foi acertado um programa de cooperação entre Brasil e Índia com o objetivo de implementar um centro de nanotecnologia no Estado do Rio.

Na palestra realizada na UFRJ, Varmus discorreu sobre os recentes avanços da pesquisa sobre o câncer. Em 1989, ele recebeu o Nobel em conjunto com Michael Bishop pelo papel que tiveram na descoberta de que, em geral, as células cancerosas parecem ser dependentes de um ou poucos oncogenes ativados para manter sua condição oncogênica. Tal constatação abriu caminho para que cientistas anunciassem a possibilidade de combater as células cancerosas com uma combinação de drogas que seriam direcionadas para essas células.

Transmitindo otimismo em relação ao futuro das pesquisas sobre o câncer, Varmus afirmou que é preciso catalogar de forma ampla os diferentes genótipos das várias formas de câncer, de modo que as drogas possam ser desenhadas para cada tipo de tumor.

O pesquisador criticou os gastos excessivos de países como os Estados Unidos em conflitos, como o do Iraque, que, disse ele, poderiam ser melhor empregados em pesquisas na área científica. Varmus defendeu de forma veemente uma mudança na cultura da pesquisa científica a fim de garantir a disseminação do conhecimento de maneira mais ampla. "É essencial baixar os custos de acesso ao conteúdo de publicações científicas, hoje excessivamente altos, e também disponibilizar amplamente o material de arquivos e bibliotecas", disse Harold Varmus.

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