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Publicado em: 22/07/2005
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Estado e União pela qualidade na saúde

Edital Pesquisa para o SUS contempla 46 projetos de alta relevância e excelência


O apoio da FAPERJ aos projetos contemplados no edital Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde marca a primeira parceria entre o governo do Rio de Janeiro e o Ministério da Saúde e representa um potencial impacto de qualidade no sistema de saúde fluminense. De acordo com o diretor científico da FAPERJ, Jerson Lima Silva, vale ressaltar a formação – a partir deste edital – de uma rede de pesquisa em diagnóstico molecular, com ênfase nas doenças cardiovasculares, infecciosas e parasitárias.

"O apoio a estes projetos e à rede de diagnóstico vem reforçar ainda mais a área das ciências da saúde do Rio de Janeiro. Estes grupos de pesquisa, de reconhecida excelência, poderão agora ter a oportunidade de transferência dos resultados para a melhoria das condições de saúde da população", afirma Jerson Lima.

Foram contemplados 46 projetos – incluindo o que resultará na formação da rede de diagnóstico – em cinco áreas definidas como prioridades em saúde do Governo do Estado do Rio de Janeiro e na Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde, visando fortalecer a gestão do SUS e a melhoria das condições de vida da população.

As cinco áreas referem-se a pesquisas para avaliação e incorporação de tecnologias; para análise das condições de saúde da população fluminense; para avaliação da atual situação e das perspectivas de mudança nos sistemas municipais de saúde; para avaliação e monitoramento dos sistemas municipais de saúde; para pesquisa sobre dengue e leishmaniose; e para a implantação de uma rede de pesquisa em métodos de diagnóstico molecular.

O resultado do edital, lançado em novembro de 2004, foi divulgado dia 13 de junho. Após análise por consultores ad hoc e por uma comissão de especialistas em saúde, os 96 projetos apresentados inicialmente receberam avaliação final de um comitê Gestor – com representantes do Ministério da Saúde, do Ministério da Ciência e Tecnologia (representado pelo CNPq), da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro (representada pela FAPERJ) e da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro.

Para a realização deste programa, que tem como objetivo apoiar projetos de pesquisa que visem à promoção do desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação da área de saúde no Estado do Rio de Janeiro, serão alocados R$ 3 milhões – metade oriunda do Governo do Estado do Rio de Janeiro, através da FAPERJ, e metade do Ministério da Saúde. Cerca de um terço desta verba será utilizado na implantação de uma rede de pesquisa em métodos moleculares para o diagnóstico de doenças infecciosas, parasitárias e crônico-degenerativas.

O edital possibilitará a continuidade de estudos como a tuberculose na população de rua no município do Rio de Janeiro; avaliação de tratamento de doença renal crônica na população fluminense; contribuição da enfermagem para o SUS; avaliação de serviços de saúde mental e desenvolvimento de vacinas de DNA contra dengue.

Confira em http://www.faperj.br/boletim_interna.phtml?obj_id=2113 a lista completa dos projetos aprovados.

Uma rede de pesquisa em diagnóstico molecular

Na solenidade de entrega das outorgas do edital Pesquisa para o SUS, realizada no início de julho no auditório Hélio Fraga do Centro de Ciências da Saúde (UFRJ), na Ilha do Fundão, o diretor científico da FAPERJ, Jerson Lima, lembrou que os projetos selecionados no edital serão monitorados trimestralmente. "Já que se trata de um projeto de dois anos, vamos realizar um acompanhamento dos trabalhos, visando eventuais correções de rumo", disse.

A medida foi bem recebida por pesquisadores como José Mauro Peralta, pesquisador do Instituto de Microbiologia da UFRJ, designado para chefiar a rede de pesquisa que recebeu o equivalente a um terço dos recursos para investigar os métodos moleculares para o diagnóstico de doenças crônicas, degenerativas, infecciosas e parasitárias. Professor do Departamento de Imunologia daquele instituto, Peralta disse que a iniciativa de lançar o edital foi oportuna para garantir a melhoria em diagnósticos feitos na rede pública.

"Hoje, muitos desses procedimentos já são feitos na rede privada, mas a um custo muito elevado", avalia o pesquisador. "A rede deverá trabalhar, entre outros projetos, no desenvolvimento de kits de diagnóstico e de novas metodologias, a ser implantadas inicialmente nos hospitais universitários", adiantou.

Ele ressaltou que para que a rede funcione bem, será necessário um investimento contínuo, de longo prazo. "Vamos esperar que os recursos venham e o projeto não sofra interrupções", disse. A coordenadora do Laboratório de Bioquímica de Vetores de Doenças no Instituto de Química da UFRJ, Mônica Ferreira Moreira, contemplada com R$ 59 mil, elogiou a iniciativa do governo do estado. "O montante de recursos permitirá ao laboratório ir além dos gastos com ‘consumo’, com a compra de alguns equipamentos", disse Moreira.

A pesquisadora afirmou que tão logo os recursos estejam à disposição irá comprar uma máquina digital para acoplar à lupa de observações do laboratório. Moreira e sua equipe, em colaboração com a Fiocruz e a Secretaria Municipal de Saúde, trabalham em pesquisas relacionadas à dengue e a leishmaniose. "Não seria exagero dizer que sem a ajuda da FAPERJ dificilmente teríamos tido condições de manter o laboratório funcionando", disse a pesquisadora. Atualmente, integram o laboratório um aluno de mestrado e cinco de iniciação científica.

O secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Wanderley de Souza, afirmou ao final da cerimônia que "o objetivo é fazer com que a pesquisa médica avance e possa oferecer significativos benefícios à população, especialmente àquelas pessoas atendidas pelo SUS".

Também participaram da mesa diretora na solenidade o subsecretário do Sistema de Saúde da Secretaria Estadual de Saúde, Wilson de Mayo; o diretor do Instituto de Ciências Biológicas da UFRJ, Adalberto Vieira; o representante da Secretaria Estadual de Saúde no Comitê Gestor do programa, Nelson Souza e Silva; a diretora da Escola de Enfermagem da Uni-Rio, Beatriz Gerbassi; e o reitor da Universidade Santa Úrsula, Jorge Doyle Maia.

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