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Publicado em: 25/10/2004
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Rosinha: soberania está associada a uma forte base de ciência e tecnologia

Consciente da posição de liderança do Rio de Janeiro em ciência e tecnologia no cenário nacional, a governadora Rosinha Garotinho detalha nesta entrevista de que modo o seu governo busca manter e ampliar esta vantagem estratégica, reconhecida por ela como alavanca fundamental para o desenvolvimento social e econômico do estado e do país. Para Rosinha, o sistema de ciência e tecnologia deve debruçar-se sobre temas estratégicos – caso da biodiversidade, meio ambiente, indústria eletrônica, telecomunicações e saúde.

 

Jornal da FAPERJ - Como a senhora vê o desenvolvimento da ciência e da tecnologia em nosso Estado?

Rosinha Garotinho - O Estado do Rio de Janeiro tem o segundo parque científico brasileiro. Aqui está a maior concentração de universidades públicas e centros de pesquisa. Em muitas áreas, nosso estado é líder tanto na pesquisa como na atividade de formação de pesquisadores. A manutenção e a ampliação dessa posição de liderança tem merecido atenção do governo do estado, desde o governo Garotinho. Em certas áreas, como a de saúde, o estado tem se destacado, por exemplo, em pesquisas com células-tronco, projeto que vem sendo apoiado desde o início pelo nosso governo e cujos resultados se tornaram muito conhecidos por já terem obtido sucesso em pacientes cardíacos.

 

Jornal da FAPERJ - Como seu governo prioriza a alocação dos recursos para C&T?

Rosinha Garotinho - A fixação de nossas prioridades em ciência e tecnologia decorre do interesse maior de promover o desenvolvimento econômico, social e cultural de nosso estado. Faz parte do interesse do estado a capacitação técnica das entidades acadêmicas, das prestadoras de serviços especializados ou de pesquisa pertencentes ao próprio estado. Nesse caso procuramos, mediante processos de descentralização financeira, fortalecer cada vez mais as instituições técnico-científicas vinculadas ao estado, como a Uerj, Uenf, Cecierj, Faetec, Proderj, Pesagro, Vital Brazil, Emater e Fenorte/Tecnorte, entre outras. Parte dos recursos que o governo aloca através da FAPERJ vai para a manutenção de grupos de pesquisa, organização de eventos e bolsas. Parte significativa também está sendo alocada em programas de cooperação com outros órgãos, principalmente aqueles vinculados ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

Jornal da FAPERJ - Como a senhora vê a importância da ciência na atualidade?Rosinha Garotinho - Não temos dúvidas, e os dados revelam bem isso, que nenhum país será soberano se não tiver uma forte base científica instalada. Não obstante, não nos parece que é suficiente possuir essa base, como tampouco apenas investir recursos financeiros. E necessário mobilizar esse importante instrumento — o conhecimento — para enfrentar os graves problemas sociais e econômicos de nosso país. Assim, acredito que nossa capacidade de C&T deva debruçar-se sobre temas estratégicos para nosso pais e nosso estado, como o nosso meio ambiente, as diversas formas de exploração de nossa biodiversidade para beneficiar a população, novas fontes de energias renováveis, como o biodiesel, o domínio de setores modernos da eletrônica, telecomunicações, fármacos etc. Por isso, precisamos universalizar a escolarização básica de nossa população, melhorar a qualidade do ensino e elevar a patamares cada vez superiores os níveis de formação de nossos profissionais. Nesse bojo inclui-se a ampliação do programa Cientistas do Nosso Estado.

 

Jornal da FAPERJ - Como atrair o setor privado a se engajar nesse esforço? E como fortalecer a indústria local?

Rosinha Garotinho - Estamos procurando estimular a ampliação das empresas existentes e atrair novas empresas, sobretudo aquelas que atuam na área da tecnologia. Há várias maneiras de atuar. Muitas vezes, lançamos mão de incentivos fiscais. Outras vezes atuamos na formação de quadros técnicos especializados, ampliando significativamente as vagas oferecidas pela Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec). Atuamos ainda no financiamento direto a projetos tecnológicos, razão pela qual foi criada a Diretoria de Tecnologia da FAPERJ. O Programa Rio Inovação, criado no início do meu governo, em 2003, em parceira com o MCT, investirá cerca de R$ 20 milhões no período 2004/2005, apoiando projetos de inovação tecnológica desenvolvidos diretamente nas empresas.

 

Jornal da FAPERJ - E o interior, como pode participar do desenvolvimento cientifico e tecnológico?

Rosinha Garotinho - Um dos eixos centrais do nosso governo é o de integrar o desenvolvimento econômico e social do estado como um todo, o que implica em atuar fortemente no interior. No que se refere à área de ciência e tecnologia, temos procurado ampliar a presença da Faetec, hoje presente em 32 municípios, sendo que esta fundação conta ainda com cinco institutos superiores de educação e quatro institutos superiores na área tecnológica — a maioria localizada no interior. O Centro de Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cederj), vinculado à Fundação Cecierj, conta hoje com seis mil alunos fazendo cursos de nível superior em pólos regionais localizados em 18 municípios. Apoiamos ainda a Universidade Estadual do Norte Fluminense, com cursos localizados em Campos e Macaé, o curso de Direito da Universidade Federal Fluminense em Macaé e os campi da Uerj localizados em Caxias, Nova Friburgo, Resende e São Gonçalo. Merece destaque, ainda, a iniciativa de se criar a Universidade Estadual da Zona Oeste que visa levar o ensino de qualidade a uma das regiões mais populosas do município do Rio de Janeiro. Estamos ainda priorizando apoio tecnológico a pólos como o de Rochas Ornamentais, localizado em Santo Antônio de Pádua, o de Fruticultura, em Campos e em Nova Friburgo e o de Tecnologia da Informação, em Petrópolis, todos eles caracterizados pela incorporação de alta tecnologia. Outra oportunidade para o interior é sua participação no Programa Biodiesel que lançamos o ano passado e que vem vencendo desafios importantes. Esse programa é feito em parceria com universidades, empresas fluminenses e entidades estaduais, além da cooperação com o Ministério das Minas e Energia. Já temos veículos movidos a biodiesel rodando pela cidade e a matéria-prima para o combustível poderá vir de nossa produção agrícola do interior, com assistência da Pesagro e Emater.

 

Jornal da FAPERJ - E quanto à Internet? Como a senhora vê esse setor para o desenvolvimento do Estado?

Rosinha Garotinho - O Estado do Rio de Janeiro conta com um dos maiores programas de inclusão digital do país. Nossa internet estadual já deu demonstrações que o nosso estado é líder nessa área. Temos desenvolvido projetos interessantes e inovadores, em diversas parcerias. Cito o Maré Digital — em parceria com uma organização canadense, que já foi exposto em Genebra durante a reunião da ONU sobre a Sociedade da Informação —, o programa Infovia no qual investimos, só neste ano, R$ 13 milhões, diversos Centros de Inclusão Digital, entre tantos outros. Um desses projetos, em parceria iniciada o ano passado entre a Prefeitura de Piraí e nosso governo, foi premiado com o prêmio Cidade Digital por organizações internacionais. Ainda através de ações da Faetec, do Cecierj e do Proderj oferecemos cursos básicos de informática e internet a cerca de 150 mil alunos por ano, atingindo cerca de 30 municípios. Nosso estado também tem grande vocação para a indústria de software, setor que precisamos apoiar cada vez mais para que não só atenda ao mercado interno mas também passe a exportar produtos de alta densidade tecnológica.

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