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Publicado em: 25/10/2004
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Muito mais do que simples espectadores

Se depender do governo federal, de governos estaduais, incluindo o do Rio, e de muitos pesquisadores brasileiros, em poucos anos o Brasil terá seu próprio sistema de TV digital, que além de ser um salto de qualidade em imagem e som, significará um enorme impulso no objetivo de incluir milhões de brasileiros na rede mundial de computadores.

 

Existem três padrões de TV digital em uso no mundo: o japonês, o americano e o europeu. Cada um tem prós e contras, sendo o alto custo para a população o maior problema. Para driblar este quadro, instituições nacionais e estaduais de fomento à pesquisa vêm apoiando pesquisadores brasileiros no intento de desenvolver um Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD).

 

A meta é fornecer aos brasileiros - a custo bem mais baixo do que se o país adotasse um dos três sistemas existentes - conexão à internet via televisão e serviços tecnológicos que promovam a cidadania, como a educação a distância.

 

A idéia é desenvolver decodificadores (set-top boxes) que façam uma TV comum funcionar como uma digital, com acesso à internet. Os aparelhos deverão custar até R$ 200 para o consumidor.    

 

Considerando que há no Brasil cerca de 54 milhões de aparelhos de TV, um sistema próprio de TV digital resultaria numa economia significativa com o não-pagamento de royalties a empresas internacionais  até US$ 25 por televisor, segundo dados da Finep.

FAPERJ apóia pesquisas

 

DeboraEm sintonia com este esforço, também a FAPERJ apóia pesquisadores na área de TV digital e internet. É o caso de Débora Christina Muchaluat Saade (foto), do Departamento de Engenharia de Telecomunicações da UFF. Selecionada no edital Primeiros Projetos da Fundação, Débora poderá equipar seu laboratório de comunicação de dados multimídia, o Mídia-Com, com set-top boxes (adaptadores) e outros aparelhos para testar os documentos hiper-mídia para TV interativa que desenvolve.

 

Débora, de 31 anos, criou e aprimora, desde o tempo de seu doutorado na PUC-Rio, a linguagem hipermídia NCL, baseada no XML, padrão usado na web. O objetivo da linguagem, que poderá ser ferramenta acessível ao cidadão comum, é integrar, de forma síncrona, num mesmo documento digital, objetos de mídias diversas, como áudio, vídeo, imagem e texto. A idéia é que a linguagem possa ser reconhecida por diversos aparelhos, como tevês com adaptadores, computadores e até palm tops e celulares. Esta é uma das várias pesquisas no Brasil que tentam proporcionar mobilidade ao SBTVD.  A falta de mobilidade é uma das principais críticas ao projeto governamental.

 

Desenvolver e implementar recursos para a transmissão de videoconferências, filmes, aulas e outros aplicativos para educação a distância é o trabalho de Edmundo Albuquerque de Souza e Silva, do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe/UFRJ - bolsista do programa Cientistas do Nosso Estado da FAPERJ. O servidor multimídia do projeto roda programas de código aberto que permitem, por exemplo, que alunos acessem, via computador, aulas pré-gravadas e consultem transparências que remetem a simulações, imagens, textos e até softwares. O servidor possibilita ainda o contato virtual do aluno com o professor. Os recursos de educação a distância também poderão servir à TV digital. “A base é a mesma, basta adaptar os algoritmos”, anima-se o professor.

 

O projeto já foi aplicado, por exemplo, num programa de educação na área médica que une a Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do RJ, a Faculdade de Medicina da UFRJ e a Secretaria de Saúde do RJ.

Vídeos comprimidos com alta qualidade

 

A FAPERJ também apoiou a pesquisa de Eduardo Antonio Barros da Silva, do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe/UFRJ e ex-bolsista do programa Cientista Jovem do Nosso Estado. Ele estuda técnicas alternativas para comprimir arquivos de imagem e vídeo para garantir alta qualidade e menos quantidade de dados. Essas técnicas permitirão uma transmissão mais eficiente - exigência básica da TV digital. “Não vamos reinventar a roda, mas aproveitar o que já foi feito e adaptar às nossas necessidades”, diz o especialista.

 

A infra-estrutura de redes para transmissão de dados para TV digital é a área do Bolsista Nota 10 da FAPERJ Antônio Tadeu Azevedo Gomes, cujo trabalho como doutorando do Departamento de Informática da PUC-Rio envolve o uso de redes programáveis que permitem a adaptação rápida de serviços de comunicação de acordo com novas demandas. “Enquanto a difusão da TV comum é uma via de mão única, a TV digital permitirá futuramente maior interatividade através de novos serviços, como os de internet”, explica Gomes.

 

Links úteis

 

Acompanhe a evolução do Sistema Brasileiro de TV Digital e saiba mais sobre os laboratórios com projetos apoiados pela FAPERJ
Especial da Anatel
Especial do CPqD (Campinas)
Mídia Com - UFF
Land - Coppe/UFRJ (Laboratory for modeling, analysis and development of networks and computer systems)
Laboratório de Processamento de Sinais - Coppe/UFRJ
Laboratório de Redes de Computadores e Sistemas Multimídia - PUC - RJ

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