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Publicado em: 25/10/2004
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Caçadora de asteróides: Daniela Lazzaro busca ameaças celestes

Vinicius Zepeda

Astrônoma do Observatório Nacional, Daniela  Lazzaro foi contemplada no programa Cientistas do Nosso Estado da FAPERJ. Seu projeto foi o primeiro, e até hoje único, da área de Astronomia a receber esse prêmio. Nesta entrevista, realizada por e-mail durante sua estada na Europa no mês de setembro, a pesquisadora fala de seu trabalho e conta como se transformou numa caçadora de asteróides:. Entre suas atividades está a participação numa equipe internacional que busca identificar as órbitas de todos os objetos celestes que possam ameaçar a Terra. O Observatório Nacional, situado no bairro de São Cristóvão, Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro, foi criado por D. Pedro I em 1827. Ao longo do tempo, marcou presença no cenário mundial com trabalhos reconhecidos internacionalmente.

 

Sobre o que trata especificamente sua pesquisa?

 

Minha pesquisa é voltada para o estudo de processos físico-químicos de pequenos corpos celestes do Sistema Solar, mais especificamente, asteróides e cometas. Venho trabalhando há vários anos no assunto, tanto do ponto de vista teórico como observacional. A minha equipe recentemente concluiu o segundo maior mapeamento mundial da composição de asteróides. Ao todo foram observados 820 asteróides avistados pelo telescópio de 1,5 metro do European Southern Observatory (ESO) em La Silla (Chile), dentro de um convênio do Observatório Nacional com o ESO. Esse trabalho vem sendo desenvolvido desde 1996 e o artigo final sobre esse levantamento será publicado em breve na revista especializada Icarus

 

Que trabalhos desenvolverá durante sua estada na Europa?

 

Agora estou em Paris, trabalhando no Observatório de Paris-Meudon e participarei de uma reunião com pesquisadores do mundo inteiro que estudam diversos aspectos de asteróides em órbitas próximas da Terra. Neste encontro internacional, apresentarei um trabalho sobre observação e análise de asteróides de superfície basáltica em órbitas próximas de nosso planeta. No momento não existe nenhum asteróide com dimensão ameaçadora em rota de colisão com nosso planeta. Entretanto, não conhecemos a órbita de todos eles. A reunião de Paris servirá para aumentarmos os esforços para conhecer e detectar as órbitas de praticamente todos os objetos ameaçadores à vida em nosso planeta.

 

 

Você acha que a astronomia é pouco reconhecida no Estado do Rio de Janeiro? O que fazer para difundi-la mais?

 

Não acho que a astronomia seja pouco difundida em nosso estado. O problema é que a comunidade de astrônomos do Rio de Janeiro não é muito grande. Diversas atividades estão em andamento tanto no Observatório Nacional quanto em outras instituições, como o Planetário. No caso do Observatório Nacional/UFRJ, há vários anos promovemos cursos de atualização e divulgação da astronomia, geralmente nos meses de janeiro e fevereiro. Além disso, temos a revista eletrônica Café Orbital, totalmente dedicada à divulgação da astronomia, sob responsabilidade da divisão de atividades educacionais do Observatório Nacional.

 

Você foi a primeira pessoa da área de astronomia a ser contemplada com uma bolsa Cientistas do Nosso Estado. Como você vê hoje em dia a participação feminina nesta área?

 

De fato foi a primeira bolsa deste tipo concedida na área de astronomia. Eu acho que a participação da mulher nesta área é bastante boa e não muito diferente da dos homens, principalmente se considerarmos as gerações mais jovens.

 

Links úteis: 

Imagens e informações sobre cometas - Site Nine Planets

Imagens e informações sobre meteoros e meteoritos - Site Nine Planets

Cometas, asteróides e meteoros: o que são e por que caem - Reportagem da Revista Comciência, do Labjor/Unicamp/SBPC

Revista online de divulgação científica do Observatório Nacional

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