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Publicado em: 25/10/2004
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Fóssil de Tatu amplia importância da Bacia de Itaboraí

Ilustração de Marcelo LedáA conclusão de um estudo de ossos do esqueleto de um tatu encontrados na Bacia de São José de Itaboraí, realizado pela pesquisadora Lílian Paglarelli Bergqvist, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), lançou novas luzes sobre o único grupo de mamíferos nativos da América do Sul, os Xenarthra. O trabalho, que teve início em 1998, mereceu destaque na tradicional revista Geodiversitas publicada pelo Museu de História Natural de Paris. A FAPERJ apóia a pesquisa desde 2001.

 

 

A publicação do artigo deve servir de alerta às autoridades responsáveis pela defesa do patrimônio paleontológico do país, já que a Bacia de Itaboraí, situada próxima ao município fluminense de Niterói, é a única em território nacional que preserva fósseis dos primeiros mamíferos que surgiram após a extinção dos dinossauros. A FAPERJ, por meio de seu Instituto Virtual de Paleontologia, vem investindo recursos para o restabelecimento do Parque Paleontológico de Itaboraí. O objetivo é preservar os afloramentos remanescentes e conscientizar a população da região sobre a necessidade de conservação da área.

 

O estudo teve como co-autores Leonardo Avilla e Érika Abrantes, dos Programas de Pós-Graduação em Zoologia e Geologia da UFRJ, respectivamente. A investigação permitiu reconhecer a existência de duas formas distintas de tatus na bacia fluminense. Foi possível ainda determinar como viviam esses mamíferos de grandes habilidades cavadoras, bem como suas afinidades com formas norte-americanas. Os tatus estudados pertencem ao grupo dos Xenarthra um dos três grupos viventes nos dias de hoje juntamente com as preguiças e os tamanduás.

 

Os fósseis encontrados em Itaboraí são o mais antigo registro deste grupo, referentes ao Paleoceno Superior, há cerca de 60 milhões de anos. Os fósseis que estudamos foram descobertos na década de 40, explica Bergqvist. No final da década de 90 estes fósseis ganharam um novo nome Riostegotherium Yanei por representarem uma forma distinta de tudo o que se conhece, completa a pesquisadora, que desde 1991 tem apoio da Fundação no projeto de pesquisa intitulado Mamíferos fósseis brasileiros do K/T (Cretáceo - Terciário).

 

A Bacia de Itaboraí é o mais antigo registro continental brasileiro da fauna que sucedeu a extinção dos dinossauros. É a única bacia no Estado do Rio onde a paleofauna foi encontrada. Nas demais, de Resende e Macacú, somente fósseis vegetais foram descobertos. Desde a década de 1980 que a bacia se encontra inundada, impossibilitando novas coletas de material.

 

As centenas de fósseis anteriormente coletados foram depositados em instituições de ensino e pesquisa e ainda hoje revelam importantes episódios da história evolutiva dos mamíferos no Brasil e na América do Sul.

 

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