O seu browser não suporta Javascript!
Você está em: Página Inicial > Comunicação > Arquivo de Notícias > Resgate da cultura Guarani
Publicado em: 08/09/2003
ATENÇÃO: Você está acessando o site antigo da FAPERJ, as informações contidas aqui podem estar desatualizadas. Acesse o novo site em www.faperj.br

Resgate da cultura Guarani

A vida dos índios Guarani, seus mitos, costumes e visão de mundo estão reunidos em “Museu de Arte e Origens – Mapa das culturas vivas guaranis”, novo livro da Contra Capa Editora, que conta com o apoio do Programa de Editoração da FAPERJ. A obra, que será lançada na quarta-feira (10/09), na PUC-Rio, foi organizada pela pesquisadora Dinah Papi de Guimaraens e traz textos de cientistas e de indígenas que atuam como educadores nas quatro aldeias da etnia na região da Costa Verde, interior do Rio de Janeiro.

 

Segundo Dinah Guimaraens, o livro é resultado de uma pesquisa nas áreas de Antropologia Cultural e História da Arte realizada pelo Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) e pelo Solar Grandjean de Montigny, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). “O projeto ‘Museu de Arte e Origens’ tem como objetivo investigar e divulgar a memória viva, a tradição oral, o modo de vida e o deslocamento histórico-geográfico dos índios Guarani através do território sul-americano e brasileiro enfatizando aqueles grupos tribais que ocupam aldeias fluminenses”, explica Dinah Guimaraens, que coordenou o projeto do Museu de Arte e Origens no MNBA.

 

“Museu de Arte e Origens – Mapa das culturas vivas guaranis” reúne textos de pesquisadores como Lucieni Simão, da Universidade Federal Fluminense (UFF), e de Werá Dkekupé, Tobi Itaúna e Doethyró Tukano, que fazem parte de um grupo de oito indígenas que desde 1999 recebem bolsas da FAPERJ para atuarem como educadores bilingüe (Português/Guarani) e de cultura indígena para as crianças nas aldeias Guarani.

 

“No passado, os antropólogos interpretavam a cultura indígena. Agora, os próprios integrantes é que falam pela etnia”, explica Dinah Guimarães, que atualmente é professora do Departamento de Comunicação Social da Universidade Estácio de Sá. Segundo ela, o conceito de culturas vivas, presente no livro e no projeto do Museu de Arte e Origens, foi criado pelo pesquisador Mário Pedrosa, um crítico de arte socialista, que morreu no início da década de 1980.

 

A língua Guarani, segundo Dinah Guimaraens, tornou-se um elemento de referência para outras etnias indígenas, que foram perdendo suas características ao longo do tempo. De acordo com a pesquisadora, o Brasil tem hoje cerca de 350 mil índios. Destes, 50 mil pertencem a  diferentes aldeias Guarani, a maioria delas localizada nos estados do Sul e em Mato Grosso. O Rio de Janeiro reúne cerca de 600 guaranis, que vivem em quatro aldeias: Bracuí, próximo a Angra dos Reis; Paraty Mirim e Terra Indígena Rio Pequeno, nas imediações de Parati; e Araponga, próximo a Patrimônio.

 

O Museu Nacional de Belas Artes abriga, em uma de suas galerias, o acervo do Museu de Arte e Origens com peças representativas das culturas indígena, africana e popular, além de imagens do inconsciente, arte moderna e contemporânea. Existe um projeto para a construção de uma sede própria para o Museu de Arte e Origens, em Parati. A pesquisadora Dinah Guimaraens está desenvolvendo um projeto, em parceria com o Núcleo de Tecnologia Avançada (NTA) da Universidade Estácio de Sá e o Comitê para a Democratização da Informática (CDI), para a criação de um portal na Internet sobre a cultura Guarani.

 

 “Museu de Arte e Origens – Mapa das culturas vivas guaranis” será lançado em 10 de setembro, às 15h30, no pilotis da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). No mesmo local, a partir das 10h30, será promovida uma feira de artesanato indígena e de ervas medicinais. Às 12h30, o Coral das Crianças Guarany fará uma apresentação e, às 13h30, será exibido um vídeo sobre a aldeia de Paraty.  A PUC-Rio fica na Rua Marquês de São Vicente 225, Gávea.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Compartilhar: Compartilhar no FaceBook Tweetar Email
  FAPERJ - Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro
Av. Erasmo Braga 118 - 6º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ - Cep: 20.020-000 - Tel: (21) 2333-2000 - Fax: (21) 2332-6611

Página Inicial | Mapa do site | Central de Atendimento | Créditos | Dúvidas frequentes