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Publicado em: 12/04/2007
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Bolsista Nota 10 é destaque com pesquisa de genética molecular

Divulgação

Aline apresentou sua pesquisa em Natal

Mônica Maia

Uma bióloga de 24 anos da UFRJ honra o título de bolsista Nota 10 como pesquisadora apoiada pela FAPERJ. Aline Banhara Pereira foi premiada no I Simpósio Nacional de Genética Molecular de Plantas, realizado em Natal (RN) em março - o primeiro a concentrar todos os grupos que trabalham com genética molecular vegetal no Brasil. Sua pesquisa foi um dos seis trabalhos selecionados do total de 86 trabalhos entre os melhores apresentados no evento. Para a jovem cientista a premiação no simpósio foi marcante: "Como foi o primeiro simpósio brasileiro que reuniu cientistas da nossa área, achointeressante ter um trabalho reconhecidonessa oportunidade chamando a atenção de outros pesquisadores", comemora Aline.

Suadescoberta pode levar a desenvolvimento de plantas cuja fertilidade seja controlada - importante característica agronômica para produção de sementes híbridas:"Outrautilização econômica da manipulação da fertilidade está no controle do fluxo gênico entre variedades transgênicas. Certas espécies, como as arbóreas – o eucalipto por exemplo, onde não é necessária a produção de sementes, poderiam ser manipuladas geneticamente para serem macho-estéril, o que impediria o fluxo gênico por grãos de pólen para espécies próximas impedindo um impacto ambiental" , comemora Marcio Alves-Ferreira, o orientador do mestrado da bolsista nota 10.

A trajetória de sucesso da jovem pesquisadora começou logo na graduação em Biologia, na UFRJ: "Fiz um trabalho na graduação sobre um legume - o feijão caupi, comum no Nordeste brasileiro. Essa planta faz simbiose com bactérias capazes de fixar nitrogênio, o que a torna resistente ao calor e facilita a sobrevivência em solos quentes. Nosso trabalho foi fazer uma ‘biblioteca’ CDNA, ou seja, um DNA feito a partir do RNA (os genes que são expressos). Queria identificar os genes que participam desse processo. O próximo passo nesse trabalho seria construir plantas transgênicas com esse gene".

Aline foi apoiada pela FAPERJa partir do segundo ano de seu mestrado na UFRJ, realizado entre 2006 e 2007. Agora ela aguarda o resultado de sua postulação ao Doutorado na Universidade de Munique, na Alemanha, na área de genética vegetal como bolsa do DAAD, do Consulado Alemão. O resultado sai em junho. Por enquanto ocupa-se em terminar alguns experimentos, e escrever um artigo relacionado ao trabalho desenvolvido no mestrado. "No doutorado desenvolverei um trabalho parecido com o trabalho que desenvolvi na graduação, e pretendo estudar a simbiose entre legumes e fungos. A aplicação na agricultura é ainda mais óbvia porque o objetivo é fazer com que a saúde das plantas melhores mesmo em solos degradados, o que servirá para aumentar a produção da agricultura", explica.

Pesquisa pioneira em genética vegetal

Sua tese de mestrado demonstrou pela primeira vez a função crucial da proteína fosfatidil Inosital cinase do tipo 4, durante o desenvolvimento reprodutivo de plantas. Segundo especialistas o grupo a que este gene pertence ainda não tem representantes caracterizados em plantas, e mesmo nos mamíferos o papel destes genes ainda é pouco conhecido. Além do conhecimento em pesquisa básica, essa linha de pesquisa esclarece como o processo leva a uma mutação que provoca esterilidade masculina quase total.

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Flores da Arabidopsis thaliana indicam redução drástica
de grãos de pólen alterando a fertilidade da planta



A dissertação premiada chama-se Desenvolvimento de anteras em Arabidopsis: identificação e caracterização de uma fosfatidilinositol cinase e um fator transcricional do tipo MYB envolvidos na microsporogênese. "A planta usada na pesquisa – Arabidopsis é uma planta típica do Norte da Europa e dos Estados Unidos. Utilizamos esta espécie porque ela já é bastante pesquisada e apresenta características especiais para isso: porte pequeno, tempo de germinação curto produzindo semente rapidamente e o seu genoma já foi seqüenciado. Além disso tem vários mutantes (variações de planta) que facilitam estudos genéticos", diz a bióloga.

"Ao manipular a função do gene podemos manipular a fertilidade e fazer plantas transgênicas que não produzem sementes, por exemplo. A vantagem é não produção de sementes que poderiam contaminar culturas naturais com grãos de pólen transgênicos. Esse gene está presente na cultura do arroz, por exemplo. Um dos objetivos seria evitar a contaminação com grãos de plantas transgênicas. Essas plantas que não produzem sementes não contaminariam culturas naturais", esclarece Aline.

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