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Publicado em: 10/11/2005
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Historiadores brasileiros e portugueses partilham informações

A mútua descoberta entre Brasil e Portugal, iniciada no século XVI, ganhou esta semana o reforço do seminário internacional A Emigração Portuguesa para o Brasil, que termina nesta sexta-feira, dia 11, no Hotel Mirasol, (Rua Rodolfo Dantas, 86, Copacabana).  Seis pesquisadores portugueses vieram ao Brasil especialmente para o seminário que contou também com  a participação de especialistas brasileiros.

Promovido pela Universidade Federal Fluminense (UFF), esse encontro de especialistas da área de história e documentação é um dos primeiros resultados do convênio de cooperação científica e tecnológica celebrado em julho entre a FAPERJ (Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro) e o Cepese (Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade), órgão vinculado à Universidade do Porto.

Pesquisadores brasileiros e portugueses vão partilhar seus esforços de pesquisa para aprofundar os estudos sobre o tema, mais especificamente entre os séculos XIX e XX, quando o fluxo migratório esteve mais elevado. Durante a semana, os pesquisadores debateram a questão no Hotel Mirasol, em Copacabana. Eles querem uniformizar a metodologia de pesquisa e definir um plano de trabalho conjunto entre as diversas instituições brasileiras e portuguesas.

 

A coordenadora do Programa de Editoração da FAPERJ, Ismênia de Lima Martins, disse que os pesquisadores portugueses já levantam todos os dados nos distritos que emitiam passaporte entre os séculos XIX e XX. No Brasil, a documentação de 1808 a 1842 já foi tratada por especialistas do Arquivo Nacional, mas para os períodos posteriores há muito por fazer.

 

O diretor do Cepese, Fernando Souza, está entre os pesquisadores portugueses que vieram para o seminário. “Nossa proposta é ultrapassar os estudos até hoje realizados sobre o assunto. Com isso, pretendemos criar um grande portal reunindo todas as informações colhidas nos dois países”, adiantou Souza.

A noite de abertura

Na abertura do evento, na segunda-feira, dia 7 às 18h, no Salão Nobre do Arquivo Nacional, o diretor-presidente da FAPERJ, Pedricto Rocha Filho, lembrou que, há 250 anos, Portugal viveu a maior catástrofe natural da humanidade influenciando a ciência e a tecnologia.  “Foi um terremoto com impacto significativo, que mudou o pensamento científico na Europa. A sismologia moderna nasceu dali”, disse.

Também presente na abertura, o cônsul de Portugal no Rio de Janeiro, Paulo Teles da Gama, fez uma declaração de amor à cidade do Rio de Janeiro. “Como cidadão luso-carioca quero ressaltar que o amor dos portugueses por esta capital é antigo e fez com que a emigração para cá fosse sucessiva”, opinou. O cônsul destacou ainda que o Rio de Janeiro tem uma história diferenciada do resto do país nas relações com Portugal. “Portugal trouxe sua capital para fora de suas fronteiras, criando uma relação muito particular com o Rio de Janeiro. É aqui que nos toca o Brasil”, observou.

 

O diretor do Arquivo Nacional, Jaime Antunes disse que a instituição tem uma quantidade expressiva de fontes sobre imigração. “Além de um imenso prazer em sediar a abertura desse encontro, o Arquivo Nacional tem enorme interesse em que essas fontes sejam sistematizadas”, disse.

Pioneira dos estudos sobre a imigração portuguesa no Brasil, a professora Eulália Maria Lobo (UFRJ) recebeu uma comovente homenagem prestada por Ismênia de Lima Martins na noite de abertura. Por mais de meia hora, Ismênia discorreu sobre a vida e obra de Eulália, referência para os diversos historiadores presentes. A importância de Eulália e a influência que exerce sobre eles ficaram evidentes pela emoção que a homenagem motivou.

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