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Publicado em: 01/11/2018
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Cartilha infantil auxilia no combate a doenças transmitidas por mosquitos

Nildimar Honório apresenta a cartilha em evento sobre
arboviroses em Recife 
(Fotos: Mexas/Icict/Fiocruz)

Juliana Passos

História em quadrinhos, espaço para colorir e outras brincadeiras. Assim foi pensada a cartilha para envolver as crianças no combate ao mosquito transmissor dos vírus da dengue, Zika e Chikungunya. A ideia partiu da necessidade de um material de apoio que acompanhasse as muitas visitas do Núcleo Operacional Sentinela de Mosquitos Vetores da Fundação Oswaldo Cruz (Nosmove/Fiocruz) às escolas e locais públicos para a divulgação, de uma forma lúdica, sobre doenças transmitidas por mosquitos.

Lançada em 2016 com o apoio do programa Jovem Cientista do Nosso Estado, a cartilha continua bastante solicitada, tanto na versão impressa quanto online (acesse aqui). “Estou muito feliz com essa repercussão. Nós não esperávamos tanto interesse", conta a idealizadora do projeto, Nildimar Honório, coordenadora do Nosmove. Pesquisadora titular do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), ela destaca a importância do trabalho em equipe. “Muitas vezes temos uma linguagem mais acadêmica e o trabalho em conjunto permitiu a criação de uma equipe interdisciplinar, capaz de colocar o conteúdo especializado de forma atrativa para o público infantil”, diz Nildimar.

Os personagens Ana, Chico e João formam os Três Mosqueteiros empenhados no controle dos mosquitos Aedes e, a partir do diálogo entre esses amigos, as informações essenciais para a prevenção da dengue, Zika e Chikungunya são apresentadas. O texto explora o ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti para explicar a importância de não deixar água acumulada em vasos, caixa d'água descoberta, pneus e em outros criadouros potenciais. Pois, locais como esses são os preferidos das fêmeas do mosquito para depositarem seus ovos, que posteriormente evoluem para larvas e mosquitos adultos. Em linguagem adaptada para o público infantil, os personagens explicam que, para colocar seus ovos, a fêmea precisa se alimentar de sangue e, caso pique alguém infectado com um desses vírus, ela estará apta a transmiti-lo após alguns dias em uma nova picada. Já os machos se alimentam de néctar das plantas. Na segunda parte, os autores abordam os sintomas que caracterizam a infecção por cada um dos três vírus transmitido pelo mosquito. 

Crianças participam de atividade durante a
15ª Semana Nacional de C&T 
na Fiocruz 

A espontaneidade e a curiosidade das crianças foi o motivador para a cartilha ser direcionada para o público infantil. “As crianças verbalizam sem hesitar se na sua própria casa há focos de mosquitos Aedes. Além disso, são muito receptivas às atividades lúdicas e de educação não formal”, conta a pesquisadora. Nesse momento, a equipe trabalha na elaboração do segundo volume da cartilha, com foco em outras espécies de mosquitos que possam estar envolvidas na transmissão de outros vírus, como, por exemplo, o da febre amarela. Para disseminar a informação de forma mais rápida, a equipe está produzindo cartões postais informativos, com os mesmos personagens apresentados na cartilha.

Além da cartilha para o público infantil, outros dois projetos na área de vigilância entomológica de Aedes aegypti foram desenvolvidos no âmbito do programa Jovem Cientista do Nosso Estado. Um deles foi uma dissertação de mestrado, de autoria de Mario Sérgio Ribeiro, superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, cujo objetivo foi avaliar concordância entre os indicadores de infestação tradicionais gerados pelo Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa) e indicadores baseados em dados de oviposição e de mosquitos adultos em dois municípios endêmicos do estado do Rio de Janeiro. Outro desdobramento foi um projeto de pós-doutorado, de autoria de Gerusa Gibson, atualmente professora no Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que analisou a receptividade socioambiental e indicadores de infestação do mosquito baseados em armadilhas para a coleta de ovos do Aedes. Ambos os projetos foram orientados por Nildimar Honório e discutem aspectos importantes a serem considerados na rotina dos serviços de vigilância entomológica dessas espécies.

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