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Publicado em: 19/12/2016
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Secretários encomendam soluções tecnológicas a empreendedores

Lavinia Portella 

O presidente Raupp e Amure Pinho, da ABStartups, no painel
'O Estado Amigo das Startups' 
 (Fotos: Lécio Augusto Ramos)

Como criar um programa de pontos e prêmios para os consumidores que recebem a Nota Fiscal Eletrônica? Seria possível desenvolver um sistema capaz de reunir e avaliar os dados nutricionais da merenda servida em 1.300 escolas estaduais? Existe meio de fornecer ao requerente do Vale Social acompanhamento interativo de sua solicitação? As perguntas fazem parte do Desafio Startup Rio, lançado na Conferência Startup Rio 2016, que reuniu empreendedores e investidores, na manhã da última segunda-feira (19/12), no Museu do Amanhã, na Região Portuária do Rio. Durante o evento, que integra a programação do Startup Rio, projeto criado pela Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) com apoio da FAPERJ, foram apresentadas demandas das pastas de Segurança, Saúde, Educação, Transporte e Fazenda para que os empreendedores desenvolvam soluções tecnológicas que melhorem a qualidade e reduzam os custos do serviço público prestado ao usuário.

"Esperamos que o evento de hoje fique marcado como um dia dedicado à inovação no Rio de Janeiro. Estamos promovendo a importante conexão entre o poder público e a iniciativa privada", ressaltou o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Gustavo Tutuca.

Os empreendedores interessados em sugerir soluções tecnológicas para as situações apresentadas devem se inscrever até 19 de fevereiro (www.startuprio.org/desafio) no Desafio Startup Rio. No início de março, uma banca avaliadora irá julgar o mérito da proposta de cada start-up. Subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Otakar Guilherme Svacina explicou que as microempresas de base tecnológica participantes ganham a possibilidade de contratação da solução, além de outras vantagens como o acompanhamento e mentoria da equipe do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro (Proderj) para desenvolver a ideia.  

"O que estamos fazendo aqui é chamar as start-ups para as discussões porque é assim que está sendo feito no mundo. Com essa nova etapa do Startup Rio, o estado, além de prestar apoio, se torna cliente das microempresas de base tecnológica", disse Otakar.

O secretário estadual de Saúde, Luiz Antônio de Souza Teixeira Júnior, lançou um desafio aos empreendedores diretamente relacionado a um drama vivido por muitas pessoas que dependem da rede pública de saúde: como fazer para que os pacientes com diagnóstico de câncer possam ter acesso à disponibilidade de locais para iniciar seu tratamento em até 60 dias, conforme determina a lei?

"Muitas vezes um paciente do interior vem se tratar na capital, quando é possível ter atendimento perto de casa. Então, precisamos de um sistema que faça o controle de gargalos logísticos e operacionais geolocalizados. A ideia é criar um aplicativo para que o próprio paciente possa acessar a central de regulação das vagas e encontrar atendimento", afirmou Teixeira Júnior.

Na área de transporte, o desafio se refere a entraves relacionados ao Vale Social, programa que oferece gratuidade nos transportes estaduais a deficientes e doentes crônicos em tratamento. Segundo o secretário estadual de Transportes, Rodrigo Goulart de Oliveira Vieira, 125 mil pessoas foram beneficiadas pelo programa desde 2005 e, atualmente, há 13 mil cadastros em análise médica. Os solicitantes aguardam até 90 dias para obter o resultado do pedido e, durante este período, precisam telefonar ou comparecer pessoalmente a uma unidade de atendimento para obter informações sobre o andamento do pedido.

Secretário de Transportes, Rodrigo Vieira desafiou os
empreendedores a criarem um aplicativo para o Vale Social 

"Precisamos oferecer ao requerente um aplicativo que forneça um acompanhamento mais prático do status da solicitação e da quantidade mensal de créditos disponíveis. Esse sistema também precisa emitir uma notificação da expiração da validade do benefício", desafiou o secretário de Transportes.

Já a solução tecnológica encomendada pela pasta de Segurança se refere ao desafio de localizar os policiais militares em operações nas comunidades do Rio. Foi solicitado um sistema integrado disponível para desktop e dispositivos móveis capaz de geolocalizar os membros da corporação e de emitir mensagem de texto.

Um sistema georreferenciado também foi proposto pela Secretaria Estadual de Educação, que fez duas encomendas aos empreendedores. Para melhorar o controle da frota de transporte escolar e o atendimento aos estudantes, foi sugerido o desenvolvimento de um sistema de localização dos veículos. O outro desafio diz respeito ao desenvolvimento de um sistema que registre, avalie e monitore os dados nutricionais das refeições servidas a 800 mil alunos das 1.300 escolas públicas estaduais. A Secretaria Estadual de Fazenda, por sua vez, sugeriu o desenvolvimento de aplicações, principalmente mobile, para validação das Notas Fiscais Eletrônicas. O sistema ainda deve permitir a participação do consumidor em programas de pontos e prêmios.

Após o Desafio Startup Rio, o painel “O Estado Amigo das Startups: Qual é o papel do Estado no ecossistema de inovação do Rio de Janeiro?” reuniu o presidente da FAPERJ, Augusto C. Raupp; o gestor do Programa de Desenvolvimento de Empresas Startups do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Paulo César Andrade; o deputado federal Otávio Leite; Dina Rosman, da equipe da Confrapar, gestora de fundos para empresas de tecnologia; e Amure Pinho, presidente da Associação Brasileira de Startups.

"A tecnologia existe para criar novos produtos. Start-up é o futuro da economia. O papel do estado passa pela subvenção econômica, mas também deve contribuir para que essas empresas se desenvolvam, mitigando o risco do investidor anjo. Se as empresas não crescem, não aproveitam as oportunidades que surgem. A FAPERJ, como agência de fomento, também cumpre esse papel", disse Raupp.

Durante a tarde, o Demo Day, dia da demonstração, marcou a apresentação de dez microempresas escolhidas entre as 40 finalistas do programa Startup Rio. Eles tiveram a oportunidade de apresentar seus pitchs, uma demonstração de cinco minutos sobre a plataforma digital desenvolvida ao longo de um ano.

Uma das start-ups que fizeram a sua demonstração foi a Phygital, que utiliza sua plataforma de desenvolvimento de Internet das Coisas (IoT), utilizando uma infraestrutura aberta para a criação de um ecossistema. "O nosso objetivo é fomentar o desenvolvimento de novas aplicações e modelos de negócio com a criação de uma rede de dados colaborativa e sustentada por todos. Com aplicações nas áreas de cidades inteligentes, agricultura e saúde", disse o cofundador, Gustavo Nascimento.

Também se apresentaram o Shosp - “Soluções simples para clínicas eficientes”; Me Passa Aí - “O Netflix dos estudos”; Creatrix Hava - “Fazer a diferença pode ser tão simples quanto se divertir”; Opa! -“Registro de presença de alunos no celular”; Gero 60 - “O aplicativo para o cuidado com idoso”; Want2Play -“Um novo conceito de esporte coletivo”; Zapr - “Comunicação integrada, segura e inteligente”; e a DattaShield - “Protegemos sua reputação”.

O presidente da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), Amure Pinho, destacou a importância do Demo Day. Para ele, o evento reforça a expansão de startups nesse novo cenário de inovação. "A missão é pensar no futuro e no que deixaremos de legado. Hoje nós somos muito mais eficientes ajudando startups mais maduras a se tornarem grandes scale-ups. Estamos mirando alto para ter bons resultados, pois a base do ecossistema já existe", lembrou Amure.

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