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Publicado em: 12/08/2016
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Palestra no Espaço Rio discute os caminhos da inovação para o desenvolvimento estadual

Por Ascom FAPERJ

O subsecretário de C,T&I, Otakar Svacina: aproximar a academia
do setor privado é prioridade (Fotos: Gustavo Oliveira/Secti)

A inovação é o caminho para induzir a pesquisa e o desenvolvimento em ciência e tecnologia no Estado do Rio de Janeiro. Esse foi o fio condutor da palestra “Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Made in RJ – Da Bancada para a Indústria”, realizada na manhã desta sexta-feira, 12 de agosto, no Espaço Rio, instalado na Zona Portuária. De acordo com o subsecretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Otakar Svacina, a prioridade da atual gestão do Estado é aproximar o ambiente de inovação da produção científica e tecnológica das universidades.

“Nossa estratégia é estreitar a relação da academia com o setor privado. As inovações são movidas pelo mercado. Temos que trabalhar mais juntos para unir os Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs), os Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs) e todo o ecossistema de inovação, para os investimentos em pesquisa não ficarem restritos à academia e chegarem à sociedade. Na Noruega, por exemplo, o Ministério da Educação é integrado com o da Ciência e Tecnologia”, destacou Otakar. Ele citou como bom exemplo de inovação a parceria da Petrobras com a Coppe – o Instituto Alberto Luiz Coimbra, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Por sua vez, o diretor Científico da FAPERJ, Jerson Lima Silva, lembrou que não há como fazer inovação sem investir na pesquisa e destacou o papel da FAPERJ no fomento da Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I) fluminense. “As FAPs [Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa] têm sido muito importantes para o desenvolvimento regional. No Rio de Janeiro, a FAPERJ tem feito essa interligação entre a C,T&I e a sociedade. O estado representa 25% da produção de conhecimento no País. No caso dos estudos sobre a Zika, por exemplo, o Brasil contribui com cerca de 15% da produção científica mundial e o estado do Rio de Janeiro é responsável por quase metade desse número, visto que a FAPERJ já vinha financiando o estudo das arboviroses [transmitidas essencialmente por artrópodes, como os mosquitos] e lançou um edital específico para a formação de redes de pesquisa sobre a doença”, disse.

O diretor Científico da Fundação, Jerson Lima Silva, lembrou
da necessidade de investimentos constantes em pesquisa

Silva, que também é professor titular do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ, destacou a importância da manutenção do repasse dos 2% da arrecadação tributária líquida estadual à FAPERJ. “A crise de financiamento afeta diretamente a curva de ciência e tecnologia no Estado, que era ascendente até 2013”, disse. Ele citou ainda a frase da filantropa americana Mary Lasker, ativista das pesquisas em saúde e fundadora da Lasker Foundation, para justificar a necessidade de investimentos constantes na pesquisa fluminense: “Se você pensa que a pesquisa é cara, experimente a doença”.

A diretora geral do Departamento de Inovação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) –  o InovUerj –, Marinilza Carvalho, compartilhou a sua experiência na universidade. “O futuro passa pela inovação e pela sustentabilidade. Na Uerj, estamos trabalhando com o conceito de inovação aberta, que tem como base o modelo da hélice tríplice: academia, governo e sociedade”, disse. Ela ressaltou que uma das prioridades é o estabelecimento, na Uerj, dos respaldos legais para o bom fluxo dos processos de inovação. “Estamos alinhando o trabalho do Departamento de Inovação com o setor Jurídico da Uerj, para modelar acordos com as empresas associadas a projetos de inovação. Todos têm que ganhar, o pesquisador, a universidade e a empresa que vai desenvolver o produto inovador. Afinal, a inovação tem autor e titular patrimonial”, ressaltou.

O coordenador do Laboratório de Engenharia de Software (LES), da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), André Lucena, citou cases de sucesso. Subordinado ao Departamento de Informática da instituição, o LES desenvolve projetos inovadores de pesquisa avançada em áreas de engenharia de software que precisam da aplicação e análise de técnicas e soluções altamente complexas. “Entre os produtos inovadores desenvolvidos no LES estão aplicativos desenvolvidos exclusivamente para a área médica. Entre eles, estão o ‘B EPiD’, app que substitui o tradicional cartão do bebê, feito de papel, pelo acompanhamento digital dos exames de pré-natal; o ‘Amor de Mãe’, um aplicativo que reproduz a voz das mães para seus respectivos bebês prematuros, enquanto estão nas incubadoras, com o objetivo de acalmá-los; e o DocPad, que é um grande repositório virtual de exames médicos, onde o paciente pode armazenar e compartilhar seus exames digitalmente”, detalhou.

O diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe, Fernando Rochinha, falou sobre as inovações do instituto em pesquisa e aplicação no segmento de óleo e gás. “A questão a ser discutida é como fazer para o Estado continuar inovando, mais e melhor. O estado do Rio de Janeiro é um celeiro de oportunidades. Tem um ambiente de negócios, um acervo importante de instituições de ciência e tecnologia, de empresas de base tecnológica, como as abrigadas no Parque Tecnológico da UFRJ, e agências públicas de fomento, como a FAPERJ, a Finep [Financiadora de Estudos e Pesquisas] e o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]. O caminho para inovar é articulação entre a academia e as empresas, públicas e privadas, incluindo as de pequena e média escala”, afirmou. Ele também citou alguns produtos inovadores desenvolvidos na Coppe, como o Robô Veiculo de Operação Remota, criado para prospecção de petróleo e usado na observação oceanográfica; o Robô Doris, para inspeção e monitoramento de plataformas de petróleo, evitando acidentes e incêndios; e o dispositivo BSMF, para plataformas de exploração do pré-sal.

A diretora do InovUerj, Marinilza Carvalho, trabalha a inovação com
base no modelo de hélice tríplice: academia, governo e sociedade

Por último, a inovação estadual em biotecnologia esteve em pauta. A coordenadora do Polo Bio-Rio, Katia Aguiar, contou um pouco da trajetória do parque tecnológico, que ocupa uma área total de 120 mil metros quadrados no campus da Ilha do Fundão, da UFRJ. “Estamos empenhados em colocar o Brasil no mapa mundial da biotecnologia e em pensar como gerar novas start-ups [empresas nascentes de base tecnológica] nesse segmento. A biotecnologia é a área de pesquisa que vai trazer grandes soluções no futuro, possivelmente a cura de doenças como câncer e Alzheimer. O Brasil tem potencial para ser precursor no setor. Em breve, será o quarto maior mercado farmacêutico do mundo. Queremos que o Rio de Janeiro ocupe lugar de destaque. O estado tem 24% das empresas em biotecnologia do País, logo depois de São Paulo”, concluiu Katia.

O Espaço Rio, que teve início na quarta-feira, dia 10 de agosto, terá atividades até o dia 21 deste mês. Trata-se de uma iniciativa do Governo do Estado e do Sistema Fecomércio para discutir temas como inovação, tecnologia da informação e comunicação. O objetivo é apresentar internacionalmente, durante os Jogos Olímpicos, outras potencialidades econômicas fluminenses além do esporte e do turismo. Serão realizados seminários, rodadas de negócios e encontros com investidores, empresários, executivos e representantes de agências de desenvolvimento e fomento.

Serviço:

Local: Espaço Rio - Avenida Rodrigues Alves, 303, em frente ao Armazém 6 (entrada lateral).

Inscrições: http://espacorj.rio

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