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Publicado em: 26/08/2002 | Atualizado em: 31/03/2022
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Rio lança Programa Genoma

Rio lança Programa Genoma
Projeto pode gerar economia de R$ 600 milhões por ano

O Rio de Janeiro deu um passo decisivo na área da pesquisa genômica. O governo do estado lançou, no dia 9 de novembro, o Programa Genoma do Estado do Rio de Janeiro, o RioGene. A apresentação oficial do projeto, com a presença do governador Anthony Garotinho, foi realizada durante solenidade na Fundação Oswaldo Cruz, que fez parte das comemorações pelos 20 da FAPERJ e pelos 100 anos da Fiocruz.

A principal proposta do programa, orçado em US$ 5 milhões, é completar o seqüenciamento do genoma da Gluconacetobacter diazotrophicus, bactéria responsável pela fixação do nitrogênio em culturas de importância agrícola, como a cana-de-açúcar, o café e a batata doce, entre outras. O coordenador do programa, professor Paulo Cavalcanti Gomes Ferreira, do Departamento de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), destaca também como objetivos do projeto a criação de uma rede de laboratórios com competência nas áreas de Genômica e de Biologia Estrutural; a implantação de um laboratório de Bioinformática; e a formação de recursos humanos nessas áreas.

Entretanto, um dos maiores reflexos do seqüenciamento do genoma da Gluconacetobacter diazotrophicus, que retira o nitrogênio do ar e o transfere para as plantas, será na área econômica. Bactérias endofíticas diazotróficas, como a Gluconacetobacter, podem promover aumentos de produtividade em crescimento de grãos. Estes organismos têm um enorme potencial como biofertilizantes, e estima-se que o seu uso sistemático na agricultura brasileira pode representar uma economia anual da ordem de R$ 600 milhões em fertilizantes nitrogenados. "Com o aperfeiçoamento da bactéria, ela poderá ser utilizada de um modo que vai gerar aumento na produtividade da agricultura", explica o professor Paulo Ferreira. De acordo com estudos desenvolvidos pela Embrapa, primeiro núcleo de pesquisa a descrever a Gluconacetobacter diazotrophicus, em 1984, o potencial de fixação biológica de nitrogênio associado à cultura da cana-de-açúcar é de 65% do nitrogênio total retirado/tonelada colhida. Portanto, uma redução de apenas 30% na quantidade de fertilizantes nitrogenados aplicados em toda a área cultivada no país (4 milhões de hectares) levará a uma economia de cerca de R$ 59 milhões anuais.

FAPERJ faz repasse de R$ 1 milhão

Durante a cerimônia de lançamento do RioGene, a FAPERJ repassou, em uma primeira etapa, recursos no valor total de

R$ 1.003.500,00 para o Departamento de Bioquímica Médica, da UFRJ; o Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, da UFRJ; e o Centro Nacional de Agrobio- logia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que farão o seqüenciamento da bactéria; e para o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis, onde será implantado o Centro de Bioinformática.

O coordenador do RioGene acredita que o seqüenciamento do genoma da bactéria deverá estar finalizado em dois anos. Antes do prazo de 36 meses estabelecido para a conclusão do Programa. Segundo Paulo Ferreira, os recursos que estão sendo repassados serão utilizados para a compra de reagentes e de equipamentos para modernizar os laboratórios participantes. Novos repasses serão feitos em 2001.

Outro fator enfatizado pelo professor Paulo Ferreira é a importância do trabalho em conjunto que será realizado pelos núcleos de pesquisa envolvidos. Além dos núcleos já citados, participam do RioGene outros centros como o Laboratório de Genética Molecular Vegetal, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); o Laboratório de Biotecnologia da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF); e o Departamento de Bioquímica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

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